Cap. 29 - Presente

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Camila Cabello

No dia seguinte

— Você ainda não se levantou. — Falo, depois de um bocejo, ainda de olhos fechados. Sinto o calor da sua pele em mim.

Estou morrendo de sono. Nós passamos o resto da madrugada em claro e meus músculos estão doloridos de uma maneira deliciosa. Viro o rosto para esconder um sorriso, ao lembrar do que aconteceu, mas de repente, surge também a memória do início da noite.

— Seu segurança foi atingido? — Pergunto, voltando-me para ela, subitamente em alerta.

— Bom dia. — Diz e me puxa para um beijo longo.

Quando nos separamos, o mini ataque de pânico que me acometeu, já está um pouco sob controle.

— Não. Ele é um soldado treinado. Todos os guarda-costas da Organização são, mas é muito cedo para falarmos daquela merda. Além do mais, eu não lhe dei seu presente.

— Você me deu um monte de presentes ontem. Mandou as mulheres do spa cuidarem de mim, as roupas, os sapatos, o jantar. Mas o melhor de todos, você me deixou falar com Dinah.

Ela me entrega algo muito próximo a um sorriso.

— Você a ama, não é?

— Sim, muito.

— E quanto aos seus pais?

— Eu não me importo com eles. Não mais.

— Por quê?

— Não quero falar sobre isso.

— Eu preciso saber.

— Que diferença faz para você se me dou ou não com meus pais?

— Quero conhecê-la melhor.

— E se eu quiser saber mais a seu respeito também?

— Contanto que não tenha a ver com a Organização, pode perguntar o que quiser.

— Ainda tem algum parente vivo?

— Sim, muitos primos pelo mundo, mas o único com quem tenho um vínculo real é o homem que está com Dinah na ilha. Grigori.

— Aquele cara mal-humorado é seu primo?

— Sim, ele é.

— Bom.

— O que isso significa?

— Dinah pode ser um pouco... geniosa às vezes, sabendo que ele é seu parente, fico mais tranquila. Ele nunca faria mal à minha amiga.

— Primeiro você precisa saber que Grigori é um dos homens mais honrados que eu conheço, ele nunca abusaria de uma mulher. Segundo, eu jamais deixaria Dinah com alguém que pudesse machucá-la novamente.

— Tudo bem. — Respondo, sem jeito.

Eu não quis ofendê-la, mas não posso deixar de me preocupar pelo bem-estar dela quando estou sendo tão mimada aqui.

— Agora responda à minha pergunta sobre seus pais.

Eu me afasto dela na cama, recostando na cabeceira. Meu problema com meus pais não é algo que eu deseje compartilhar, mas é justo que queira saber, depois de ter me salvado.

— Eles me venderam. — Falo, tentando aparentar indiferença.

— O quê? — Posso ver por sua expressão que a surpreendi, mas Lauren como eu, é mestre em não demonstrar o que está pensando. — Como pode ter certeza?

CAMREN: Proteção Na Máfia? (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora