Cap. 27 - Meu Presente

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Lauren Jauregui

Além dos guarda-costas de sempre, convoquei mais meia dúzia de homens de confiança.

Depois que o médico atestou que meu ferimento foi superficial, pedi que Dmitri ficasse de vigilância no apartamento.
A possibilidade de que Camila acorde é remota, mas não quero que se assuste, se for o caso, então será uma boa coisa ver um rosto conhecido.

Enquanto chegamos ao armazém para onde o filho da puta foi levado, não há qualquer dúvida em minha mente de que o maldito atirador não verá outro nascer do sol.

— Descobriram de quem partiu a ordem para o atentado?

Eu sei que eles já devem ter feito algum interrogatório preliminar com o homem capturado.

— Dos albaneses. Eles a querem morta. Não há mais interesse em pegá-la de volta. — Maxim diz.

— Como eles descobriram que ela estava comigo?

Ele dá de ombros.

— Quem sabe? Não fomos exatamente discretos ao levá-la no dia do funeral de Aleksander.

Maxim está certo. Talvez pudéssemos ter sido mais cuidadosos. O problema é que a janela de tempo de que dispúnhamos era muito restrita. Na verdade, eles pensaram que teriam que invadir o funeral, caso a fuga que ela planejava
desse errado.

— Isso significa também que eles estão mais próximos do que imaginávamos. — Digo. — Não estamos lidando com um traidor qualquer, mas com alguém que convivo no dia a dia, já que chegaram até mesmo à casa do Tennessee. Não é só com Oleg que temos que nos preocupar. Há mais gente trabalhando internamente contra nós. Agora precisamos descobrir se vieram por ordem direta dos albaneses ou através do próprio conselheiro.

— Faz diferença? Vindo diretamente de Oleg ou não, de qualquer maneira, não duvido que o dedo dele esteja no meio. Pense comigo. Ele poderia ter literalmente matado dois coelhos com uma cajadada só.

Maxim diz aquilo com sua impessoalidade habitual, mas pensar em minha Camila ferida ou coisa pior desperta a loucura que habita em mim desde o dia em que minha irmã foi assassinada. Uma fúria incontrolável.

Penso na felicidade dela durante toda a noite e isso só aumenta meu desejo por vingança.

— O que você quer fazer? — Leonid questiona.

— Primeiro, saber como ele chegou tão perto da minha mulher.

Se o guarda-costas não tivesse agido rápido, essa noite poderia ter um desfecho diferente.

— Concordo com Lauren. O ataque veio de dentro. Quantos sabiam do jantar? — Se Maxim está perguntando aquilo, é porque provavelmente já suspeita de alguém.

— Mantive tudo oculto. — Respondo. — As ordens para que a festa fosse organizada só foram dadas às vésperas.

— A quem?

Penso na mulher que é a minha secretária principal e trabalha comigo há pelo menos cinco anos. Ela também é russa e até onde sabemos, completamente leal à Organização.

— Nancy, mas ela não sabia muito. Apenas que era uma comemoração. Eu não confio em ninguém além de nós. Ela não tinha sequer ideia de que o jantar envolveria uma mulher.

— Não seria difícil de adivinhar. Bolo, flores, luz de velas.

— De qualquer modo, verifiquem-na. — Comando.

— E quanto às mulheres do salão de beleza? A vendedora que trouxe as roupas?

Eu também já havia pensado naquilo, mas acho improvável. Da mesma forma que a festa, a escolha de quem passaria o dia cuidando de Camila foi propositadamente feita quase em cima da hora.

CAMREN: Proteção Na Máfia? (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora