Cap. 37 - Você Acredita em Mim?

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Tá bom... Esse é o último! 😂😂

Lauren Jauregui

Eu pensei que já tivesse vivido todos os tipos
de merda até aqui. Superei a morte da minha irmã e anos mais tarde, a dos meus pais. Assim, minha família próxima, aqueles que realmente me conheciam, já não existe mais.

Caí em uma sensação de segurança confortável, achando que nada mais seria capaz de me atingir de verdade, mas agora, enquanto espero
para que decida se confia ou não em mim, todos os meus nervos saltam sob a pele.

Eu me conheço o suficiente para saber que,
por mais que eu esteja louca por ela, não ficarei
com uma mulher que me considera uma mentirosa.

Nunca precisei provar nada a alguém. Minha
palavra sempre bastou. Camila não está só
duvidando de mim, mas de nós duas, mesmo depois de tudo o que aconteceu.

Eu a solto e dou um passo para trás. Não
porque temo machucá-la, mas porque seus olhos mais uma vez me afogam e não posso recuar no que eu falei.

Sei que há uma grande diferença de idade
entre nós, mas desde que começamos a nos
relacionar, não lhe dei motivos para que pensasse que a estou traindo.

— O que importa no que eu acredito? Ambas
sabemos que não há qualquer futuro para nós duas.

Eu não sei de nada disso. Na minha cabeça,
você já é minha mulher.

— Responda à pergunta, Camila. Você
acredita quando digo que nunca a enganei?

Ela está abraçando o próprio corpo,
fragilizada, todas as máscaras arrancadas.

Lembro do que Dinah contou, mas principalmente, vim da Grécia pensando no que ela não disse.

Ambas foram levadas de casa quando eram duas garotinhas. Não tiveram chance de viver.

Estou sendo uma filha da puta egoísta querendo mantê-la comigo? Porque eu já decidi que é isso o que desejo.

Cheguei morrendo de saudade. Determinada
a jogar as dúvidas sobre ela não pertencer ao meu mundo para o inferno. Pedir que aceitasse ser minha esposa. E então, como se o destino estivesse me dando um aviso, surgiu a maldita reportagem e em um passe de mágica, toda a confiança que construímos nesses meses virou pó.

O silêncio dela me impele a falar.

— Não preciso mais de uma resposta.

Talvez, o melhor no momento seja nos
afastarmos um pouco. Minha cabeça está fervendo e a dela também e se continuar aqui, a chance de que tudo exploda de vez é maior.

Tomo ainda mais distância, mesmo que o que eu deseje seja trazê-la para os meus braços e mostrar que nós duas somos certas juntas. Ela ainda se mantém impassível, então continuo:

— Vou para o meu outro apartamento. Quero
que você fique morando aqui até que seja seguro sair. Só voltarei quando estiver pronta para conversar.

Jamais desacelerei em relação a algo que eu
quisesse, mas por ela, abrirei uma exceção.

Na entrada da porta envidraçada, paro mais
uma vez.

— Sei que está com raiva de mim, mas
prometa que não se colocará em risco por conta disso. Vou lhe dar espaço como prometi, mas não se exponha. Se acontecer algo a você, eu incendiarei o estado da Geórgia, a porra do país inteiro até encontrar quem a machucou.

— Por que você faria isso?

Sacudo a cabeça e volto a andar.

— Boa noite, Camila.

CAMREN: Proteção Na Máfia? (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora