CAMREN: Proteção Na Máfia? (G!P)

Epílogo I - Camila Cabello

Camila Cabello

Um ano e meio depois

"Era uma vez uma menina de um reino muito distante que sonhava com uma princesa encantada."

É assim que as pessoas imaginam que
deveria começar um conto de fadas.

Ao longo da história, a mocinha é posta à
prova por uma gama de eventos desafiadores, mas mantém sua bondade infinita e no fim, é salva por uma maravilhosa dama de armadura brilhante. Depois disso, o casal viverá uma relação perfeita e serão felizes para sempre.

Só que a minha história é real.

Nela há uma princesa — ou rainha como minha esposa prefere me chamar — que veio de um
reino distante e que teve sua vida subitamente
revirada por capricho de vilões.

Sim, porque no meu mundo, que não é
aquele protegido pelas páginas de um livro, a maldade espreita a cada esquina.

Claro, também existe uma princesa, mas não a
encantada. Uma com um lado obscuro, alguns — ou muitos defeitos — e que carrega diversos pecados nas costas.

Não há a promessa de um felizes para sempre.

Ao invés disso, um relacionamento apaixonado em que as vezes a princesa tem vontade de arremessar algo na outra princesa e em outras, mal consegue esperar para arrancar suas roupas e ouvi-la gemendo seu nome enquanto a possui.

— Sonhando acordada? — Meu amor,
heroína e melhor amiga pergunta.

— Sempre. Acho que nunca conseguirei
amadurecer nesse sentido.

— Não mude. Eu amo tudo em você. Até os
defeitos.

— Eu não tenho defeitos.

Ela ri.

Lembra do que eu falei sobre Lauren não ser
uma princesa perfeita? Em um conto de fadas, ela deveria concordar comigo.

— Não defeitos muito óbvios, em todo o caso.
— Completo, sorrindo de volta.

— Tudo bem, minha menina perfeita. Qual é
o sonho do dia?

— Não era um sonho. Estava pensando em
nós duas.

— Coisas boas? — Pergunta, me puxando
para o seu colo.

Estamos na varanda de nossa casa de férias.
Agora, graças ao vovô Ruslan, temos uma ilha
particular. Não na Grécia, mas no Caribe, mas
ainda assim, uma ilha.

— Sim.

— Poderia compartilhar esses pensamentos?

Olho para a mulher que eu amo e mama da
minha filha.

É difícil acreditar que uma mulher tão poderosa possa soar insegura às vezes, mas Lauren já me confessou que não se sente digna de mim.

Nos primeiros meses de casamento, quando
recuperei minha liberdade graças à morte de Gjergj, não era incomum ela ficar ansiosa se eu me atrasava para voltar depois de uma ida ao shopping ou até mesmo uma consulta médica.

Um dia, ela me confessou que temia que eu desistisse dela e fosse embora para sempre.

Depois que Innessa nasceu — nós conseguimos encontrar um nome para nossa filha que tem origem russa e grega ao mesmo tempo — seus medos mudaram. Ela despertava na madrugada para ter certeza de que ambas
estávamos seguras.

Apesar de nunca ter conversado comigo sobre toda a história de Taylor, eu conferi em
primeira mão o que o avô dela havia me contado: que a morte de sua irmã a modificou para sempre.

Confiar para Lauren não é uma tarefa fácil e acho que ela jamais relaxará em relação à nossa segurança.

— Não é nada que já não saiba. — Por fim, volto ao presente. — Você torna cada vez mais
difícil sonhar. Eu tenho a vida que desejo.

— Você é uma sedutora, menina.

— Por dizer que a minha mulher me satisfaz
de todas as maneiras, Pakhan? — Sorrio e dou uma piscadinha.

Ela me dá uma palmada, em resposta à minha provocação por tratá-la como os membros
da Organização fazem. Só que as coisas entre mim e Lauren pegam fogo muito rápido, então logo após, sua mão está massageando minha bunda e em seguida, seus dedos tateiam minha lingerie.

— Ela está dormindo? — Pergunto, já com o
corpo aceso pelo desejo.

Em Atlanta, com meus estudos e tudo o mais, precisamos da ajuda das babás, mas quando
viajamos para cá, queremos estar a sós com a nossa filha — ah, e com pelo menos uma dúzia de seguranças, claro.

— Sim. E acho que não acordará mais até de
manhã — Diz, sorrindo.

Eu sei o significado daquele sorriso sexy. Ela
tem planos para nós duas.

— Mesmo? E o que faremos para ocupar o
resto da noite?

Seu sorriso aumenta.

— Eu tenho uma imaginação muito fértil, minha linda!