Cap. 33 - Não Mexam No Que é Meu

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Camila Cabello

Le Crépuscule Nightclub

— Eu entendi o que você falou.

Olho para a mulher que parece tão natural quanto uma Barbie, com vontade de esganá-la.

— Você não parece latina. Como compreende espanhol? — Debocha.

— Sou grega, mas entendo seu idioma natal.

— E o que vai fazer a respeito?

— Cindy, afaste-se. — Leonid se intromete.

— Não, esse assunto é meu. — Quase rosno para ele. — Trabalhar em uma boate faz de você uma prostituta? —Pergunto à loira oxigenada.

— O que você disse?

— Exatamente o que ouviu. Trabalhar em uma boate como dançarina exótica faz de você uma prostituta?

— Claro que não.

— Então pode me explicar como ser a namorada de Lauren poderia me dar tal rótulo?

— Namorada? — Ela gargalha e eu sinto vontade de tirar aquele sorriso à tapas. — Ela não namora, garotinha. Você não sabe o que está falando. Quer um conselho? Volte para o jardim de infância de onde saiu.

Noto que um pequeno grupo se forma à nossa volta e vagamente percebo que a música parou.

— Camila, não perca seu tempo. — Agora é Dmitri quem tenta intervir. Leonid não está mais por perto como se manteve desde que cheguei.

— Deixe comigo. Posso dar conta dela. — Respondo com desejo por sangue. — Em que ponto meu relacionamento com a sua patroa é da sua conta? — Volto minha atenção à mulher de corpo espetacular.

— Em nenhum, bonitinha. Leve isso apenas como um aviso de alguém que já nadou por aquelas águas.

Sinto meu rosto esquentar enquanto ouço algumas risadas dos homens que nos cercam.
Levo somente alguns segundos para processar o que ela disse, mas a seguir, minha raiva volta com força total.

— O que quer que tenha acontecido entre vocês, tenho certeza de que acabou. Se a conhecesse bem, saberia que caso
Lauren a quisesse, você estaria com ela.

— E quem disse que não estou?

De tudo o que ela falou, foi aquilo que atingiu um nervo exposto. Por mais que eu diga a mim mesma que Lauren não me trairia, já que isso simplesmente não se encaixa com quem ela é, o bichinho do ciúme se espalha em minha corrente sanguínea.

— O que está acontecendo aqui?

Ouvir sua voz no exato momento em que estou decidida a esfolar a mulher que diz que possui o que considero como meu, não ajuda.

Viro-me para encarar o pivô da discussão. Por uns segundos, nós duas não falamos e me pergunto se ela está percebendo o quanto estou louca. Porque definitivamente estou e também disposta a torná-la o alvo da minha ira.

Ela se aproxima e segura meu rosto com ambas as mãos.

— Hey, o que há de errado, baby?

O silêncio dentro da boate é absoluto e não duvido que todos os olhos estão em nós.

O problema é que agora que chegou, o mundo deixou de existir. As palavras da outra mulher, esvaziadas diante do que enxergo nos olhos dela.

A loira pode espernear o quanto quiser. Ela é meu.

CAMREN: Proteção Na Máfia? (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora