Cap. 19 - Conte-nos Tudo

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Lauren Jauregui

Horas depois

— Foram os albaneses que vieram atrás de nós nas montanhas?

— Sim. Capturamos três deles e mais tarde os... interrogaremos. Talvez se continuarem agindo sem qualquer planejamento, tudo o que precisamos fazer é sentar e esperar. Eles são tão estúpidos que morrerão sozinhos. — Leonid fala, em uma tentativa de piada.

Estamos reunidos há quase duas horas, organizando um contra-ataque.

— Eles não terão tempo. Como eu disse antes, se não formos nós, acabarão nas mãos de Juan Angel ou dos italianos. Tanto quanto eu gostaria de assisti-los serem dizimados, não posso deixar para lá. Suas ações exigem uma retaliação ou nos tornaremos um alvo para todos aqueles que desejarem o que é nosso.

— O que você quer fazer? — Dmitri pergunta.

— Para começar, explodam o principal armazém onde eles mantêm as mercadorias. Foquem na cocaína que é mais valiosa. Se for possível, um dos laboratórios de sintetização das drogas também. Eles precisam entender que estou falando sério, mas além disso, temos que enviar um recado para quem estiver pensando em atravessar o nosso caminho.

— O armazém em troca do nosso navio e o laboratório como bônus? — Maxim questiona.

— Sim, mas não pararemos por aí. Eu quero a cabeça de todo o primeiro escalão. Não poupem ninguém, mas não matem Gjergj. Tragam-no para mim.

— Isso não é sobre as armas somente, é pessoal. — Maxim pondera. — Não acho que seja uma boa coisa misturar nossos problemas com os albaneses com seu desejo por vingança por causa da sua mulher. — Acredito que ele esteja esperando que eu o desminta sobre sua referência à Camila, mas fico em silêncio. — Você está querendo fazê-lo pagar por tê-la mantido prisioneira. Pode acabar intercruzando caminhos e transformando um simples acerto de contas em uma guerra.

— E qual é o problema? Não seria a primeira vez que mataríamos rivais. — Dmitri se intromete.

— Mantê-la é estupidez. — Maxim fala novamente. — Nem sabemos se podemos confiar nela, para início de conversa. Ao que me consta, ela poderia repassar as informações que obtiver aqui para qualquer outra organização. Temos inimigos em tantas frentes que não saberíamos nem de onde viria o ataque.

— Eu nunca atraiçoaria quem me ajudou. — Camila diz para todos, mas depois vem até onde estou e se ajoelha. — Mas principalmente, eu não trairia sua confiança em mim.

Não a vimos entrando e percebo a tensão tomar conta dos outros homens.

Meu primeiro pensamento, é que ela não combina conosco. Principalmente agora que trocou o vestido por um shorts e um top de malha, parecendo mais doce e inocente do que nunca.

Todos os presentes estão cem por cento concentrados nela.

Estudo o rosto perfeito, tentando afastar o quanto ela me afeta, analisando-a como faria a um inimigo. Ela me olha diretamente nos olhos, sem piscar, as mãos pousadas em minhas coxas e completamente alheia ao resto do grupo.

— Não vou pedir que acredite em mim. Também não sou boa em confiar nas pessoas, como já deve ter percebido, mas darei uma prova de que estou falando a verdade.

Ela tenta se levantar, mas eu não permito.

— Não quero me meter nos negócios de vocês, mas posso contar algo que talvez a interesse. — Continua.

CAMREN: Proteção Na Máfia? (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora