Cap. 42 - Segunda Chance

11.1K 953 66
                                    

Camila Cabello

No dia seguinte

Já fiz de tudo para me distrair e não consigo.

O celular dela está desligado.

Sei disso porque já tentei umas dez vezes. Eu nem sei o que direi quando a vir. Dinah conhece mais da minha alma atualmente do que os meus pais.

Ouço passos na escada e quando ergo a
cabeça, Maxim aparece.

O homem é definitivamente estranho. Sempre se mostrou distante e já até me questionei se não tinha algo contra mim, mas de uns tempos para cá, ele é aquele que está constantemente me verificando. Comentei isso com Lauren e perguntei se a ordem partiu dela. Minha noiva
disse que não. Que Maxim cria as próprias regras em sua cabeça e as segue à risca. Aparentemente, então, tomou para si a tarefa de conferir meu bem-estar.

— Você tem visita.

Em um segundo estou de pé.

— Visita?

— Sim. Está curiosa para saber quem é?

Apesar da ansiedade para rever minha amiga, não resisto em provocá-lo.

— Você está brincando com jogos de
adivinhação, Maxim? Porque isso é um pouco fofo, sabe? O problema é que pode arruinar sua
reputação.

Na mesma hora seu rosto retorna à indiferença habitual, mas eu não compro sua atuação.

— Você é uma bruxinha, Camila.

— Tudo bem, vou me comportar. Prometo.

— Venha comigo. — Diz oferecendo a mão,
mas eu passo direto e começo a descer as escadas correndo.

— Pare. Não deveria fazer isso. — Fala, passando à minha frente.

Eu congelo, encarando-o.

Ele sabe.

Como diabos pode saber se não contamos a
ninguém?

— Estou grávida e não com problema nas
pernas. — Jogo, só para ter certeza.

Alguma coisa em seu olhar me faz querer
engolir as palavras de volta, mas antes que qualquer um de nós fale, noto Dinah parada na sala, no andar de baixo.

— Camila, por que não me contou que já
teve a confirmação da gravidez? — Pergunta,
parecendo muito chateada.

Sei que deveria começar a me explicar. Dizer
que preferi revelar pessoalmente, mas quando
enfim estou em frente à minha melhor amiga, tudo o que consigo fazer é chorar.

Nenhuma de nós se move e após sua explosão inicial, ela parece esquecida da pergunta,
enquanto anda até mim.

— Eu não acredito que é você mesmo. — Abro os braços e não sei por quanto tempo ficamos
assim. Ambos os corpos sacudidos por soluços.

— Desculpe, eu não quis contar por telefone.
Você vai ser tia. — Começo. — Mas não vamos
atropelar as coisas. Venha comigo. Lauren disse que prefere ficar em seu próprio lugar, mas apenas por hoje, poderia dormir aqui?

Ela hesita e olha para trás. Somente então percebo que além de Maxim, há um outro homem loiro na entrada do elevador, que lembra levemente minha Lauren.

Grigori, suponho.

Seus olhos estão em Dinah e a energia entre os
dois é tão intensa que quase pode ser tocada.

CAMREN: Proteção Na Máfia? (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora