Cap. 20 - Fique

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Uffa... A maratona foi grande, hein?!
Este é, provavelmente, o último capítulo de hoje, tá?!
Mas vamos concluir amanhã ou depois.

Então vamos...

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Lauren Jauregui

— Puta que o pariu! Seis idiomas, sério? — Leonid parece conversar consigo mesmo, após Camila sair.

Ela nos contou que pode compreender e falar meia dúzia de línguas e se a situação não fosse tão séria, a cara deles seria engraçada.

— Não é só isso. Ela aprendeu sozinha. — Maxim sacode a cabeça. — E aquele imbecil achando que a garota era lenta. Foi esse o termo que usou, não é?

Eles ainda estão atordoados com a sagacidade de Camila. Eu não. Ela parece ter desistido das máscaras, ou de uma delas, ao menos — a de garota pouco capaz de aprender.

Eu nunca comprei aquela história.

Claro que me surpreendeu que compreendesse tantos idiomas, principalmente o nosso e também como guardou detalhes importantes das conversas que ouviu, mas eu nunca tive dúvidas sobre sua inteligência. Ela não sobreviveu por sorte. Planejou e esperou. É assim que os fortes superam adversários às vezes até mais capazes: aprendendo tudo ao seu respeito e a seguir, vencendo-os em seus próprios jogos.

— O que vamos fazer em relação a ela? Camila não tem a menor ideia, mas fez de si mesma uma bomba-relógio. — Dmitri coloca em voz alta o que todos nós estamos pensando. — Você sabe que se a pegarem, não há maneira de a deixarem viva.

Agarro a pulseira de couro em meu punho, girando-a sem parar, mas dessa vez, ela não é suficiente para me deixar calma, então me levanto e vou até a parede de vidro que me mostra uma Atlanta ao crepúsculo.

— Se antes você já não pretendia deixá-la ir, agora é que não há a menor chance mesmo. Enquanto Gjergj estiver respirando, haverá um preço sobre a menina.

— Ela não irá a lugar algum por enquanto. — Não é um assunto que eu precise pensar a respeito. No instante em que sair pela porta da minha casa, estará morta. — Reforcem a segurança do Pakhan também. Eu quero o passado de todos os funcionários que o servem virado do avesso.

— Eles já foram verificados.

— Façam de novo e diminuam o número de pessoas que trabalham diretamente com ele. Convoquem os melhores para protegerem o meu avô.

— Nós precisamos mais do que a elite. Com todo o respeito, o Pakhan é teimoso e não pára em casa. Além dos riscos que seu cargo atrai, a saúde dele também nos dá motivos para preocupações.

Eu sei que o que Maxim está expondo não é nada além da verdade, o problema é convencer Ruslan a ser menos orgulhoso. Na cabeça dele, ainda vive na velha guarda, onde havia respeito em relação à elite da Organização. Na realidade, porém, atualmente em Moscou, garotos de doze anos podem acertar uma bala na sua cabeça na calada da noite e aceitar um par de tênis como pagamento.

Claro que a Organização ainda detém o poder sobre a vida e a morte em nosso país natal e em várias partes do mundo, mas a cada ano surgem pequenas gangues de ruas, moleques sem qualquer perspectiva de futuro que matariam a troco de nada.

Não há muito o que fazer em relação ao meu avô além das precauções que sempre adotamos. Fora isso, precisamos ir atrás de Oleg. É primordial que ele não desconfie de nada. Duvido que esteja atuando sozinho e agora mesmo pode haver na Rússia alguns de seus cúmplices somente aguardando ordens para pôr um fim à existência do Pakhan.

CAMREN: Proteção Na Máfia? (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora