Por Scorpius
Finalmente o último dia deste ano tinha chegado. Abri os olhos e vi-o, lindo como sempre a dormir junto a mim. Beijei a sua testa e tentei levantar-me da cama sem que ele acordasse. Desci até à cozinha onde os meus pais estavam encostados na bancada a agarrarem-se, literalmente.
A minha relação com os meus pais, como obviamente já deu para ver, é muito aberta. Sorri com a cena e entrei na cozinha. Eles pararam e largaram-se, o pai Draco virou as costas um pouco envergonhado e o pai Harry pegou na chávena de café, deu um gole e mexeu no cabelo do meu outro pai.
O Justin foi embora ontem, ele não tem estado muito bem estes dias e eu entendo o lado dele e só quero ver o meu melhor amigo bem, nem que não seja com o Teddy e com o Hugo. Eu só o quero ver feliz, coisa que ele não tem estado nestes últimos dias que cá esteve.
-Não tem um quarto para fazer essas coisas? - disse na brincadeira.
-Queres mesmo falar sobre isso Scorpius Malfoy-Potter? - o meu pai Draco perguntou e olhou para mim com cara de chateado. Comecei a rir alto, não sei se pela cara de zangado que ele estava, da cara de confusão do meu pai Harry ou de me lembrar de todas as vezes que o meu pai Draco apareceu mesmo na altura.
-Posso saber o que é que se passou? - o pai Harry perguntou para o pai Draco com um biquinho fofo na cara.
-Aí Harry Potter! Vais começar a vir mais cedo para casa do que eu, aviso-te já.
-Eu quero Harry Malfoy-Potter... - o meu pai Draco olhou sério para o meu outro pai, mas logo de seguida a sua face amenizou um pouco. - É tão sexy quando dizes o meu nome TODO assim zangado.- e de novo eles começaram a agarrar-se e beijar-se na minha frente. É por momentos a minha cara de palhaço devia estar ótima porque acho que eles se esqueceram de mim. (🤡)
-Vocês sabem que eu ainda estou aqui certo? - mais uma vez eles separaram-se e respiraram fundo.
- Ainda estou à espera que me digas o que se passou meu amor- novamente o meu pai Harry perguntou para o pai Draco.
-O que é que se passou? Acho que é demasiado óbvio lerdinho... Nesta última semana eu já os apanhei quase a fazer sexo na sala, aqui na cozinha... já entrei na sala dele em momentos que... pronto. Harry, amor, eu não quero chegar mais a casa em primeiro lugar. Eu sinto que estou a criar um tarado e agora vejo a quem é que ele sai. - A cara de pânico do meu pai era a melhor, mas acho que era verdade.
-Claro, o meu apetite sexual tem de vir de algum lugar... mas também vocês já olharam bem para o meu namorado? Como não ter um apetite sexual destes?
-Não fales de mim assim Scorpius...- o meu loirinho entrou na cozinha, corado ainda de pijama. Que visão, coisa mais linda.
-Ok ok... Draco, tem calma eles são novos e eu acho que a solução é tu deixares de entrar nos sítios sem bater e os meninos começarem a ir para sítio apropriados quando forem fazer amor.
-Por amor de Merlim. Fala-se todos os dias em sexo nesta casa. Chega!- o pai Draco disse chateado e bateu com a mão em cima da bancada de pedra- logo à noite a família dos teus padrinhos vem cá jantar. Eles ainda não conhecem o Thomas por isso tens de o apresentar e não faças coisas indecentes na frente deles por favor...- o meu pai fez uma pausa e bebeu um pouco do seu café- Ahhhhh!! É para não falar da cena no Natal! Vocês pensam mesmo que ninguém notou a vossa "saída para ir buscar a sobremesa"?- fez sinais de aspas com as mãos-Ninguém demora tanto tempo para isso. E para não falar que vocês vieram sem nada nas mãos!- eu ri com a situação é levantei-me da cadeira onde estava sentado, agarrei a mão de Thomas e puxei-o para o meu quarto.
Tranquei a porta e sentei-me na cama puxando-o para o meu colo e beijando-o.
- Estou feliz amor... Acordar contigo todos os dias ao meu lado, apresentar-te à minha família toda, sentir o teu cheirinho doce sempre que chegas à minha beira... Se eu já sou o homem mais feliz do mundo por te ter imagina quando formos casado, vivermos juntos e tivermos os nossos filhotes todos... eu vou morrer de felicidade. - Thomas estava corado e apenas enterrou a sua cabeça na dobra do meu pescoço.
-Eu amo-te Scorpius. Agora e para sempre meu homem.
O dia passou rápido e a noite já começava a cair. Os meus padrinhos chegaram, o padrinho Snape com a Padma e a Lilly e o meu outro padrinho Tom com o Rab e o Apus. Sentámo-nos à mesa como fazemos todos os anos nesta época e falamos alegremente. Apresentei o Thomas e eles gostaram todos muito dele principalmente as crianças que não largavam o meu namorado.
Sentei-me no sofá e o meu padrinho Tom sentou-se do meu lado e sorriu enquanto olhava para mim a observar o Thomas e as crianças a brincar animadas.
-Estás tão crescido meu afilhado... eu sei bem qual é a sensação que tens neste momento. Sabes? Foi a mesma coisa comigo quando o Rabastan disse que queria um bebé. Ele também era assim, como o teu namorado. Ele brincava com vocês todos e vocês adoravam-o, riam muito com ele e eu sentava-me e pensava na probabilidade de um dia termos a nossa família. E hoje temos... um menino lindo de 7 anos... acho que com o teu outro padrinho foi igual. - Fiquei ainda mais feliz com a história do meu padrinho e sorri para ele.
-Eu amo-o muito... ele é incrível e acredita, padrinho, se depender de mim eu vou passar a vida toda ao lado dele e vamos ter muitos bebés.- Tom riu com a minha insinuação.
-Olha... eu não estive aquilo no Natal, mas não deixo de ter uma prenda para ti meu afilhado. Sei que pode parecer exagerado, mas olhando para ti agora, um homem feito que sabe bem como quer viver no futuro, eu sei que fiz a escolha certa- O meu padrinho colocou a mão no bolso e tirou de lá uma chave. Uma chave normal como a de qualquer casa. Casa? Olhei para o meu padrinho e ele sorriu e confirmou com a cabeça.
-Mas padrinho...- falei um pouco alto e as atenções viraram-se para nós.
-O que se passa filho?- eu estava sem fala, não sabia se chorava de felicidade, se pulava e agarrava no Thomas para festejar comigo. Fiquei completamente estático com a chave na mão.
-Eu dei a minha casa da montanha ao teu filho Harry. Ela não é longe daqui, é ampla, bonita... tu sabes, já lá estiveste. Acho que ele será uma boa pessoa para ficar com ela. - os meus pais cobriram a boca com a mão, mas sorriam. Toda a gente naquela casa estava perplexa.
-Padrinho... eu não sei se posso aceitar... isto é muita coisa.- ele levantou-se à minha frente e sorriu para mim.
-Fica com ela, afinal eu e os meus amores já temos uma fixa, aquela foi apenas uma para nós refugiarmos um pouco. É tua. Ou melhor- olhou para o meu namorado- é vossa e espero que sejam muito feliz juntos. Como padrinho, dou-vos a minha benção.
-Acho que não preciso de dizer que tem a minha também...- o meu outro padrinho colocou uma mão no meu ombro e sorriu de novo.
Caminhei para eles e abracei-os, após isso caminhei até Thomas que estava distraído com os meninos e abaixei-me ao lado dele dando-lhe um beijo e depois abraçando-o. Abri a minha mão para ele e mostre-lhe a chave, ele olhava confuso para mim.
-É a nossa casa amor...- ele olhou sério para mim e passou alguns segundos saltou para mim dando-me um abraço apertado.
Todas as atenções que antes estavam em nós foram para o Apus que se virou para o pai e disse:
-Vais me dar uma casa para eu viver com a Lilly pai?- o meu padrinho Tom ficou branco como papel e olhou para o meu outro padrinho que estava igual. Ambos começaram a rir da situação, só os dois meninos é que não entendia qual era o motivo da piada.
Após aquela noite terminar eu deitei-me ao lado de Thomas que já dormia pesado na minha cama. Passei a minha mão na sua face e sorri. Eu amo-o tanto e quero tanto passar a minha vida toda com ele. Pensar num futuro com ele é maravilhoso. Só falta completarmos a maior idade, para eu o pedir em casamento e nós mudarmos para a NOSSA casa.
Daqui a pouco tempo iremos voltar para Hogwarts e vamos andar demasiado ocupados com todas as coisas extra, para acabarmos Hogwarts mais cedo. Espero que tudo corra bem.
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Com todo o meu amor 2
FanfictionEsta fanfic é uma continuação do "Com todo o meu amor", espero que gostem. Draco e Harry estavam casados e desde que o seu filho nascera tudo parecia perfeito, até que uma acontece algo que pode mudar o rumo todo da história.