Capitulo 11

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Hoje parece Natal para vocês, nunca postei tantos capítulos num dia. Mas estou completamente inspirade.

Por Thomas

Virei-lhe costas e chorei, chorei enquanto caminhava ao ouvir as palavras da minha amiga na minha cabeça a dizer para que não me entregasse logo. Eu estraguei o que eu próprio queria porque não soube ouvir os conselhos de quem o conhecia a mais tempo.

Senti uma grande corrente de energia passar por mim, uma energia descontrolada e logo a seguir uma onde de força passou por mim empurrando-me para a frente.

Fiquei ajoelhado no chão e senti o gosto de sangue na minha boca. "mas que porra?" O meu nariz sangrava e a minha boca tinha aquele sabor metálico.

Um mau pressentimento passou por mim e algo me fez olhar para trás.

Quando olhei arregalei os olhos e não consegui ter nenhuma reação. Scorpius flutuava no ar, virado de costas para mim e o outro rapaz olhava para ele estático. Ele não se mexia nem 1 centímetro.

Caminhei apressado até eles e logo em seguida começaram a chegar todos os alunos que devem ter sentido a onde de energia.

Todos ficaram parados a olhar para Scorpius, mas eu não entendia. Era por ele estar a flutuar? Caminhei lentamente até ao lado de Rosa que estava com a mão na boca a tentar perceber.

Quando olhei para ele não consegui acreditar no que estava a ver e senti novamente as lágrimas virem-má aos olhos.

Ele estava com os olhos totalmente brancos, um branco puro, as veias no seu pescoço e testa parecias querer saltar para fora. Uma aura negra insistia em sair dele e na sua expressão via-se uma aparente luta interna.

A direta Minerva chegou à nossa beira e olhou para Scorpius.

-Alunos eu preciso que saiam todos daqui! Professores eu preciso urgentemente que tentem mandar todos os alunos de volta para casa ou então que os fechem nas masmorras. Não é seguro ninguém ficar aqui. O senhor Potter e o senhor Malfoy avisaram-me que isto podia acontecer. Eu vou chamá-los e vou tentar que ele se acalme. Agora vão por favor!

Todos os alunos seguiram, menos eu que fiquei lá estático com a mão a frente da boca a chorar. Tentava não gritar mas eu era o culpado daquilo. "O que é que eu tinha feito?"

-Senhor Scamander vá imediatamente atras dos seus colegas! - disse a diretora para mim.

-Não, eu não vou. Eu sei o que se está a passar com ele e a culpa é minha.- a diretora olhou para mim com cara de interrogação- Ele está a lutar contra um Obscurial, mas porque? Como é que é ele tem um Obscurial dentro dele? - tantas perguntas que se formaram na minha cabeça.

À diretora lançou um patrono é mandou-o chamar o senhor Potter e o senhor Malfoy com muita urgência.

-Eu tenho de falar com ele, tenho de me aproximar. Ele tem de saber que eu não queria dizer aquilo e que eu o quero mais que tudo.

A diretora olhou para mim de novo e acredito que ela tenha percebido.

Os pais de Scorpius apareceram de repente naquele corredor. Ambos ficaram admirados com a cena que viram.

-O que aconteceu professora?- perguntou o senhor Potter uma vez que o senhor Malfoy não conseguia falar.

-Não sei bem.- O senhor Potter olhou para mim assim como a professora. Eu estava ajoelhado no chão ainda a pensar no que fazer- Aquele é Thomas Scamander, Harry, ele estava aqui quando tudo aconteceu.

O senhor Malfoy aproximou-se de mim e ajoelhou-se ao meu lado, colocou a mão no meu ombro e perguntou:

-O que se passou meu jovem?- eu suspirei e olhei para ele.

-Eu não sei se devo contar senhor Malfoy, eu tenho de falar com ele- disse apontando para Scorpius- eu preciso mesmo que ele me ouça.

O senhor Malfoy sorriu e por momentos pareceu ler o meu olhar e ter uma ideia daquilo que se tinha passado.

-Professora, amor? Vamos deixar eles falarem.- ambos se afastaram um bocado. Eu não me importava que eles estivessem aqui. Eu só quero ver o Scorpius bem.

-Scorpius?- falei alto- Eu sei que me estás a ouvir aí dentro! Eu... -suspirei- desculpa ter-te dito aquelas coisas! Eu não tenho nojo de ti. Eu só fiquei com ciúmes por aquilo que ele disse. - as minhas lágrimas começaram a cair de novo- eu gosto à tanto tempo de ti... desde o primeiro momento que te vi quis ser teu e queria que fosses meu. Eu estava tão feliz contigo agora à pouco, eu entreguei-me completamente a ti. Eu sei que tu já estiveste com muitas pessoas, mas não me importa. Foste o meu primeiro e eu quero que sejas o único, mas se não der eu só peço que voltes é que fiques bem, como estava tudo antes. Por favor não deixes esse Obscurial te dominar, volta para mim...- tapei a minha cara com as mãos e desabei completamente num choro intenso- Eu sei que eu não sou grande coisa, não sou todo definido como aquele rapaz que estava aqui, sou muito magro e eu entendo que não me queiras, eu posso fingir que nada aconteceu. Por favor Scorpius, volta e fica bem, eu não quero deixar de te ver sorrir todos os jantares, nem de poder rir da tua cara de mau humor todos os dias ao pequeno almoço...- Eu não consegui falar mais, estava a engasgar-me no meu próprio choro.

Um silencia foi feito e de repente senti dois braços fortes me apertarem e a minha reação foi me envolver naquele corpo e chorar fortemente. Eu sabia que era Scorpius, era o seu cheiro, eu podia sentir.

-Nunca mais digas que não és grande coisa Thomas, tu és perfeito. E não é por seres mais magro ou mais isto ou menos aquilo que eu não vou-te querer. Porque eu estava a falar a sério quando disse que gostava de ti e que te queria. Porque sabes? Eu quero-te mais que tudo. Hoje, amanhã e nos próximos anos.

Desviei o meu rosto do ombro dele e olhei nos seus olhos. Eles estavam mais claros do que o costume e uma fina lágrima escorria deles.

-Eu era pegador sim, e eu fiz aquilo com o Alex no comboio, mas eu só te conheci a umas horas, literalmente. Eu conheci-te quando entrei naquele salão e apaixonei-me por ti quando os nossos olhares se cruzaram. Thomas não vai haver mais ninguém daqui para a frente. Vais ser apenas tu. -Ele beijou-me desesperadamente e eu agarrei-o com força e colei o meu corpo ao dele. Ele estava tão quente que eu achava que me ia queimar.

Fomos interrompidos por um barulho debuta tosse falsa. "Puta merda, os pais dele estão ali atrás"

-Scorpius? Os teus pais estão ali- sussurrei e senti a minha pressão cair. Scorpius levantou-se e caminhou até ao lado dos pais. A esta altura a diretora já se tinha retirado ao se aperceber que já não era necessária.

-Pais... eu.... eu... desculpem eu descontrolei-me, não queria deixar isto acontecer eu juro. Eu...

-Cala-te Scorpius, eu disse que te ia deixar vir para a escola, mas que quando isso acontecesse de novo que ias voltar imediatamente para casa!- disse o senhor Potter aparentemente zangado.

-Cala-te tu Harry Potter!- disse o senhor Malfoy- Achas que isso são formas de se falar com o nosso filhos depois disto que se passou e ainda por cima à frente do nosso genro?- ambos olharam para mim e eu corri violentamente. - Então, Scorpius amor, não nos vais apresentar aquele menino bonito?- disse o senhor Malfoy a sorrir.

Com todo o meu amor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora