Capitulo 6

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Por Scorpius

Olhei para o espelho do meu quarto e suspirei. Era o meu último dia em casa, pois ia começar mais um ano em Hogwarts. Não que durante os outros anos tivesse sido mau, mas vamos ser sinceros aborrece-me muito estar lá. São todos muito mesquinhos, muito de seguir as regras e estão sempre à espera de eu ser um exemplo para toda a gente só porque sou filho do famoso Harry Potter, a criança que sobreviveu e que juntamente com o seu amado e também meu pai, Draco Malfoy, conseguiram mudar o mal de lado. E depois haviam outros que esperavam mal de mim, porque era filho de Harry Potter que traiu a luz e fugiu dos amigos para passar tempo com o Lord das Trevas e juntar-se a ele, e de Draco Malfoy, puro sangue, comensal da morte, racista...

Tudo teorias e sinceramente não me importava muito.

Eu estou com 15 anos no 6 ano em Hogwarts, e modéstia à parte eu sou do mais lindo que pode haver. Não sei se falo do cabelo, loiro quase branco, liso e bem tratado, dos meus olhos verde esmeralda ou do meu corpo meio branco e um pouco mais definido do que é normal para a minha idade. Não me chamem convencido, porque eu não o sou, eu estou apenas a apresentar factos. Muitas miúdas da escola são loucas por mim, todos os anos tentam me dar poções de amor, ou então conquistar-me de formas que eu absolutamente não ligo e até chego a achar ridículas.

Fazem quase 2 anos que me assumi gay para os meus pais. Pai Draco não reagiu, só disse que homens eram mesmo melhores que mulheres enquanto olhava para o meu outro pai com cara de "tipo este homem que tenho ao meu lado, melhor que as mulheres todas". Já o pai Harry ficou com medo de que tivesse sido influência deles que mostravam muito o afeto um pelo outro, principalmente nos últimos anos, mas eu sabia que não era porque não se influenciam essas coisas.

Nunca me apaixonei, não é fácil para mim. Não consigo ficar preso a ninguém porque para namorar só se pode ficar com aquela pessoa e eu gosto de estar com pessoas diferentes, experimentar corpos e coisas novas. Mulherengo? Não, não gosto de mulheres para ser chamado disso. Mas é o que toda a gente me chama na escola porque pensam que vou ter com alguma quando apareço no salão comunal com marcas estranhas ou no meu pescoço ou em qualquer outra parte que mostre sem querer para os meus colegas de casa.

Quanto a isso. No meu 1º ano cheguei a Hogwarts cheio de medo, pelo simples facto de que o meu pai Draco queria muito que eu fosse para a Slytherin, já o pai Harry gostava muito que eu fosse para a Gryffindor. Não queria desiludir nenhum e tinha medo que eles ficassem chateados. Quando a diretora Minerva (NOTA: VOU MANTER ALGUNS DOS PROFESSORES QUE LECIONAVAM NA ÉPOCA DE HARRY E DRACO...) colocou o chapéu seletor na minha cabeça a minha mente baralhou-se ainda mais, aquele chapéu sabe mesmo mexer com a cabeça de uma criança.

Flashback on

-Olhem só o que temos aqui... um Malfoy e um Potter? Tudo isso numa pessoa só? Eu sempre soube que aqueles dois iam dar alguma coisa.- suspirei- Mas vamos ao que interessa. Respira criança, acalma-te e deixa a tua verdadeira aura surgir. Nenhum dos teus pais vai ficar chateado por não ires para a casa que eles quiserem, eles só querem a tua felicidade.

Dentro da minha cabeça pensei:

-Estas me a por mais nervoso, diz logo!- o que eu não estava à espera era que o chapéu me respondesse.

-Deixa-me só pensar mais um bocado talvez SLYTHERIN!- gritou o chapéu para que todos os alunos de Hogwarts ouvissem. A mesa da Slytherin estourou em aplausos.

A Rosa e o Hugo tinham a mesma idade que eu e assim como eu também estavam a celebrar com os membros da sua casa, ou seja, a Gryffindor. Eu gostava dele, eram os meus melhores amigos e sinceramente tinha medo que eles me pusessem um pouco de parte por não ter ido para a mesma casa que eles.

Naquela noite no meu quarto escrevi uma carta para os meus pais:

" Olá pais,

Cheguei bem a Hogwarts e estou a gostar de tudo por aqui. Os meus colegas de casa receberam-me bem e tratam-me como se já me conhecessem à semanas. Quanto à seleção que o chapéu fez espero que não fiques triste pai Harry, mas ele pôs-me na Slytherin. A Rosa e o Hugo ficaram na Gryffindor e estou com medo que eles se esqueçam de mim, mas espero que não. Hogwarts também está diferente daquilo que vocês me tinham contado que era no vosso tempo. Agora não há muito aquele preconceito entre casas, porque quando eu entrei no grande salão vi meninas com uniformes diferentes sentadas todas numa mesa, assim como um grupo de rapazes noutra.

Acho que são essas as únicas novidades que tenho. E com vocês está tudo bem?

Com muito amor, Scorpius."

Enviei aquela carta pela coruja que o meu pai Harry me tinha dado, a Bartemius. Ela era linda, branca com algumas penas meias cinzentas e grandes olhos amarelos.

No dia seguinte, recebi a resposta à minha carta. o que não estava à espera era de que quando abrisse o envelope saltassem de lá duas cartas. A primeira que abri vinha com as iniciais "D.M", que obviamente era do meu pai Draco, não pelas iniciais mas sim pelas letras, pela extrema perfeição nos traços.

"Olá meu amor,

ainda bem que chegaste bem a Hogwarts e que te estas a adaptar. Estou tão orgulhoso de ti por teres ficado na Slytherin. Quanto a isso aí estar a funcionar diferente posso-te dizer que acredito bem porque nunca na vida nenhum Slytherin iria dar confiança assim de primeira a um novato e nem trata-lo como tu dizes que te estão a tratar. Mas acho melhor assim, e talvez tivesse sido melhor no nosso tempo se fosse assim também. Espero que me estejas a contar a verdade sobre isso de te estarem a tratar bem Scorpius, sei que deve haver crianças de famílias de "puro-sangue" que são capazes de implicar contigo por minha causa e espero bem que se algum dia alguém te fizer alguma coisa tu me digas.

Não te preocupes que a Rosa e o Hugo não te vão por de parte, eles são teus amigos desde crianças, e sabes que aqui em casa vocês vão estar sempre juntos. Amo-te muito meu filho.

Com amor, Draco"

O pai Draco tinha razão, existiam aqui famílias com a ideologia de "puro-sangue", mas eu acho que eles foram os que mais falaram comigo por isso acho que não me devo preocupar muito.

"Olá meu anjinho,

Não fiques nervoso a pensar que vou ficar chateado por teres entrado na Slytherin, e vou-te contar uma segredo, mas espero que não contes ao teu pai. Quando eu soube da existência do mundo bruxo sempre me puseram na cabeça que os maus da fita estavam todos na Slytherin. As primeiras pessoas que eu gostei foram todas para a Gryffindor e por incrível que pareça o teu pai também influenciou o facto de eu não querer mesmo ir para a Slytherin. Ele tratou mal o tio Ron quando nos conhecemos e eu fiquei chateado com ele que até acho que não queria estar junto a ele. Quando chegou ao momento da seleção o Chapéu Selecionador queria colocar-me na Slytherin, disse que eu ia ter futuro e que ia ser um grande bruxo. Mas eu olhei para o teu pai e pedi ao chapéu para não me meter lá e ele então meteu-me junto aos meus amigos. Eu acho que já estava à espera que ele te colocasse na Slytherin, desde que eras pequeninho eu achei isso.

Espero que esteja mesmo tudo bem contigo meu amor, e se alguém implicar contigo diz-me. Ninguém se mete com o meu filho e sai do problema como se não se tivesse passado nada. Não te preocupes com a Rosa e o Hugo amor, eles não te vão abandonar, vocês são melhores amigos.

Amo-te muito meu amor e espero que nos escrevas todas as semanas a contar como tens estado.

Com amor, Harry"

Flashback off

Sorri com a lembrança desse momento.

Com todo o meu amor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora