My Everything

Incertezas

Oi amores, tudo bem?Voltamos com mais um capítulo para aquecer o coração de vocês, não desistimos dessa estória então por favor, não desistam da gente. Continuem teorizando e devorando a fic, amamos a interação de vocês e vê-las envolvidas com a estória não tem preço. Precisamos ressaltar um fato, nossa narrativa se baseia APENAS no primeiro livro da saga, A rainha vermelha, usamos do universo e de alguns personagens de autoria da tia Vic, mas nem tudo vai ser descrito ou justificado da mesma forma que foi nos livros, tenham sempre isso em mente.Muito obrigado pelo carinho e esperamos que gostem do capítulo de hoje.Boa leitura.

Maven's point of view

   Caminho em passos incertos até o quarto de Evie, um turbilhão de pensamentos invadem a minha cabeça perturbada e me fazem hesitar, mais uma vez.

   Passei a semana inteira evitando a todos, passei no quarto de Evangeline algumas vezes para conferir como estava a sua recuperação mas a mesma não quis me ver, e eu escolhi respeitar o seu espaço.

   Amanhã noivamos. Estou noivo da minha melhor amiga. Meu irmão está noivo da mulher que amo. Meu irmão beijou a mulher que amo. Estou fadado ao fracasso. Meu destino estava traçado desde o dia em que nasci, não importa o quanto eu acerte ou tente mudar o rumo das coisas, minhas decisões parecem fadadas ao fracasso.

   Me permiti afundar nesse pensamento de miséria durante a semana, porém, não mais. Não posso me lamentar pelo resto da vida, o destino de Evangeline foi atado ao meu e não quero levar minha melhor amiga ao fundo do poço. Ela merece mais.

   Com esse pensamento, escolhi um anel para Evangeline. Uma semana se passou desde o fatídico dia que mudou as nossas vidas para sempre, não tivemos tempo de conversar ou discutir nosso futuro, não tivemos tempo de nos apaixonarmos um pelo outro. Estamos feridos.

   Não vou cometer os mesmos erros, esses que ainda custam caro para mim, esses que não saem da minha cabeça e como poderiam? Me lembro deles todas as vezes que olho para o jornal e vejo Cal e Mare estampados na capa, quando os vi passear pelo jardim todos os dias da semana ou quando os criados insistem em me olhar com pena diante da situação que comprei para mim mesmo.

— Mav? - Evangeline se assusta ao abrir a porta de supetão e me encontrar pronto para bater.

— Eu só pensei que... talvez precisasse de uma companhia - Sorri amigável e ela me olha desconfiada, até demais para o meu gosto.

   Ela abre espaço para que eu entre aos poucos, percebo que está receosa e retraída. As mãos estão tensas atrás do corpo e os pés inquietos. Os olhos frenéticos evitam encontrar os meus.

— É uma boa hora? - Pergunto antes de avançar mais e ela finalmente me olha, não posso deixar de notar que ela morde o lábio inferior de maneira discreta, uma mania relacionada aos nervos, talvez.

— É sim, eu só tinha um pequeno compromisso mas pode esperar. Você quer entrar? - Ela se adianta, não espera resposta e apenas avança pelo quarto.

Evie está trajando um pijama de seda preto, um vestido simples com detalhes de renda preta nas pontas, a peça é longa e acompanha os movimentos do corpo esguio da magnetron.

   Não posso deixar de reparar no bom trabalho dos curandeiros, parece que injetaram a vida novamente ao corpo dela. Os músculos parecem mais tonificados e o rosto voltou à simetria de antes, os cabelos dourados esvoaçantes e a pele prateada brilha com o sol. Evangeline é esplêndida mas sua dor é visível. Consigo perceber como a forma que se isola ou a falta de seus sorrisos ensolarados.