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Maven's point of view

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Maven's point of view

Acordo com a luz do sol a iluminar meu quarto, levanto-me ainda preguiçoso e caminho até a janela, sinto uma alegria invadir meu peito ao ver o lindo dia que está lá fora, um dia lindo demais para ser desperdiçado. Arrumei-me depressa e desci as escadas para o café, graças a minha ansiedade fui o primeiro a chegar. O dia estava lindo e eu não queria vê-lo passar dentro de uma sala de reuniões, precisava fugir, queria ver o céu, ouvir o cantar dos pássaros e eu conhecia um lugar perfeito para isso.

Meus pensamentos se desfazem ao ver meus pais se aproximarem da mesa, preciso de uma boa desculpa para fugir de meus deveres, mas qual?

— Bom dia - meu pai é o primeiro a falar, ainda que seja um tanto seco

— Bom dia querido, dormiu bem? - diz minha mãe de forma carinhosa

— Bom dia - falo me referindo aos dois - sim mãe, muito bem.

Cal chega segundos depois comprimenta a todos e senta-se calado. Evangeline chega em seguida, usando um vestido longo e preto, simples eu diria se não fosse pelos detalhes prateados nas mangas e no meio do vestido. Detalhes prateados são a marca de Evangeline, todos os seus vestidos tem algum detalhe de prata, mostrando que ela está sempre pronta para batalha, mostrando a todos que ela é uma guerreira, que é alguém a se temer. Ela passa pela mesa com uma postura impecável e um semblante sério, mas antes de sentar ao lado de Cal, me dirige um sorriso tímido e delicado.

Mare chega minutos depois, atrasada, chega a mesa quase correndo e a julgar pela expressão em sua face diria que está nervosa.

— Uma princesa nunca se atrasa para seus compromissos, Mareena - minha mãe fala por entre os dentes e posso sentir o seu desprezo, mesmo que esteja escondido atrás de um sorriso gentil

— Ainda bem que eu não sou uma princesa, não é mesmo? - fala em pé ao meu lado puxando a cadeira para sentar-se e encarando minha mãe com um sorriso sínico, mas minha mãe não responde.

De repente vejo Mare se sentar bruscamente ao meu lado como se alguém tivesse a empurrado, olho para ela que parece tão assustada quanto eu e depois para minha mãe que a observa com um sorriso maligno no rosto.

— Ah querida, eu entendo que ainda esteja confusa com tudo que aconteceu, mas assim que se casar com meu filho - engole seco tentando disfarçar a expressão de desgosto - você será uma das princesas de Norta, assim como nossa adorável Evangeline - termina direcionando um olhar doce para Evangeline.

Qualquer um diria que a rainha está sendo doce como sempre, mas eu a conheço e sei exatamente o que está fazendo. Ela fez Mare se sentar e ficar calada, e mantém seu jeito doce e gentil com ela para que Evangeline não descobrisse quem Mare realmente é, uma vermelha.

Percebo que a respiração de minha noiva fica levemente mais rápida, ela está com raiva, com ódio, não a culpo, mas ela precisa se acalmar ou minha mãe pode não ser mais tão paciente com ela. Toco em sua mão por baixo da mesa, para acalmá-la e evitar que ela tente falar algo mais, ela olha para nossas mãos unidas e depois para mim e por alguns segundos sinto que ela se sente bem com aquilo, mas ela logo puxa sua mão para longe da minha e desvia o olhar com um semblante confuso em seu rosto.

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