Casa - Parte 2

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Oi amores, tudo bem?
Desculpem a demora para atualizar, a gente acabou demorando para finalizar.
O capitulo de hoje tá um pouco maior que o normal mas era necessário, usamos alguns trechos do livro original novamente.
Boa leitura.

Boa leitura

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Mare's point of view

Quando faltam oitocentos metros, Cal para a moto no acostamento. Só então me dou conta da nossa proximidade, meus braços estão travados ao redor da sua cintura como se a minha vida dependesse disso, ele levanta com dificuldade e isso me traz um frio súbito. Odeio admitir mas o seu calor era no mínimo conveniente, as nuvens alojadas no céu assustam, um grande temporal se aproxima.

— Divertido, não é? - Ele diz ao desligar o motor e eu não tenho coragem de proferir uma só palavra.

— É divertido estar viva - Desço da moto e sinto minhas pernas e costas doerem por causa do assento estranho e desconfortável.

— Espere até ter que andar de jato. Acho que depois só vai querer motos. - Ele responde enquanto esconde a moto na floresta próxima do acostamento, usa alguns galhos e folhas e em um passe de mágica a moto desaparece na escuridão.

— Com que frequência você faz isso? - Pergunto ao perceber o quão habitual aquilo parece para o herdeiro.

— O palácio às vezes é... sufocante.

— Onde você costuma ir? - Ele me olha com a testa franzida e eu sinto meu rosto esquentar diante do vento frio. - Eu quis dizer...

— Está tudo bem, Mare - Apenas ri enquanto andamos em direção vilarejo. - Vou para diversos lugares, onde o meu povo está eu também estou.

— Tipo bares, tavernas e feiras? - Ele assente - Não são tão sufocantes quanto?

— Esse não é o ponto...

— Então o ponto é sair do palácio ao léu e torcer para que ninguém perceba? Maven sempre te cobriu dessas coisas? - O príncipe para e se vira com tudo. Sem querer, acabo dando com a cabeça contra o seu peito. Por um instante sinto o peso daquele corpo. Só depois ouço as gargalhadas.

— Sim e você acabou de falar "ao léu"? - Ele diz, rindo.

Sinto meu rosto corar por baixo da maquiagem. Dou um leve empurrão em Cal, em reprovação. Que inapropriado.

— Não faço por mim - Explica - Você precisa entender. Mare. Um dia serei rei. Não posso me dar ao luxo de ser egoísta.

— Para mim, o rei era a única pessoa a ter esse luxo.

Quem dera isso fosse verdade. Um rei deve conhecer seu povo. É por isso que saio às escondidas - Ele cochicha - Faço o mesmo na capital e na frente de batalha. Gosto de saber como o reino está ao vivo, e não pelas palavras de diplomatas e conselheiros. É o que um bom rei faria. - Pelo seu modo de falar até parece que ele tem vergonha de querer ser um bom líder.

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