Eu estou aqui

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Oi meus amorecos, voltamos, queríamos primeiramente agradecer os surtos de vcs, a gente ama muito ler os comentarios. Nós não achávamos que vcs iam ficar tao chateadas só pq a gente matou a Mare. Tipo... que que tem? kkkkk brinksEsperamos que gostem desse, e por favor comentem bastante a gente ama, beijokas 

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Mare's point of view

Com os olhos ainda fechados sinto um impulso involuntário que me faz acordar em desespero, vejo duas mãos me entregarem um recipiente preto, onde vomito enquanto uma das mãos acaricia minhas costas.

Seu toque é quente e aconchegante, faz com que me sentia melhor. Deito na cama, que nem sabia que estava, e encaro Cal, que me dirige um olhar de alívio e felicidade. Sinto algo gelado em meu peito e só assim reparo na quantidade de fios que me conectam à máquina que apita atrás de mim. O acesso em meu braço, por onde passar o líquido que acredito ser soro, traz um desconforto tão grande quanto o fio em meu pescoço ligado a outra máquina.

Olho em volta e tento identificar o cômodo em que me encontro, mas não consigo, nunca estive aqui antes. Continuo a olhar e finalmente algo ganha minha total atenção, a janela, na verdade o que tem atrás dela, água.

— Estamos na ala hospitalar de um de nossos barcos, voltando para Archeon - Cal explica com a voz suave - Meu pai não quis passar mais nenhum minuto no Palacete, não depois de tudo aquilo.

Flashes começam a surgir em minha mente, Maven se afastando, o apagão, fogos, algo em meu pescoço e depois, nada. Já estamos indo para Archeon? Quero levantar e correr sem destino, mas sinto meu corpo mole, fraco, como se cada molécula de energia tivesse sido arrancada de mim, cada um de meus órgãos doem, especialmente meu estômago e minha cabeça.

— O médico disse que você se sentirá fraca por alguns dias e sua cabeça pode doer um pouco - ele se aproxima e tira uma mecha de cabelo que acabara de cair em meu rosto - e..- hesita - você ficará sem poderes por algum tempo, não sabemos ao certo até quando.

Suas palavras me atingem de uma forma que eu jamais podia imaginar. Sem meus poderes? Sem meus raios. Reúno o último resquício de força que tenho e tento sentir algo, o motor do barco, as câmeras, mas não sinto nada além de uma dor, em minha cabeça, tão forte que me faz querer chorar.

Com a dor acabo projetando meu corpo para frente enquanto levo as mãos até meu rosto, Cal vem ao meu encontro e sinto suas mãos me segurarem com delicadeza.

— Você não pode fazer esforço. Descanse - pede com sutileza - o médico lhe explicará melhor depois e estarei aqui quando acordar.

[...]

Estou de volta a área externa, assistindo os fogos nos braços de Maven. Ele me solta de repente e começa a se afastar sem olhar para trás. Todos ao nosso redor também saem, estou sozinha. Já não escuto o som dos fogos, sinto frio e desejo Maven mais do que nunca.

A atmosfera ao meu redor começa a escurecer e o único som que consigo escutar é o do meu coração batendo acelerado. Não vejo quase nada que está ao meu redor, estou sozinha. Minhas pernas falham e vou ao chão, sinto lágrimas surgirem em meus olhos no mesmo instante que escuto passos atrás de mim. Me viro com velocidade, mas não é o suficiente, um vulto cinza surge e sinto novamente a dor em meu pescoço.

Acordo quase sem ar, olhando desesperada para todos os lados, estou sentada em minha cama, sozinha.

— Maven. Maven! - grito em desespero enquanto as lágrimas deslizam suave pela minha face - MAVEN!

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