Estou perdendo-a?

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Oiii meus amores, voltamos!! Sentiram falta? Esperamos que sim. Desculpem nossa demora, mas antes tarde do que nunca ne? kkkk Sem mais delongas tá ai um cap novinho em folha pra vcs, beijos, aproveitem.

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Maven's point of view​

1 semana e meia depois.

— Não ouse fazer nada estúpido, querido - a voz suave de minha mãe ecoa em minha mente e sinto calafrios

— Preciso de um minuto, com licença - digo alto para que todos em volta me ouçam - Mãe - digo indicando a porta a nossa direita

Atravesso-a com minha mãe em meu encalço, ando pelo corredor bem iluminado e entro na primeira sala que consigo encontrar, à procura de um pouco de privacidade.

— Nunca mais entre em minha cabeça - exclamo irritado - não sou mais uma criança que você pode fazer de fantoche - me arrependo instantaneamente de minhas palavras quando vejo um sorriso sarcástico no rosto de Elara e sinto meu corpo endurecer por completo

— Não importa quantos ano você tenha, nem quão maduro ache que é, eu serei sempre a sua mãe e sua rainha - meu corpo relaxa ao mesmo tempo que ferve de ódio - Você está muito estressado ultimamente querido, acalme-se e volte para a sala do trono - ela diz com uma feição pacífica mas com a voz carregada de autoridade.

— Não posso voltar lá e condenar um idoso que pegou um agasalho no lixo apenas para se proteger do frio a noite - minha indignação é tanta que preciso me controlar para não gritar

— Ele roubou o agasalho da Sra. Gawley - fala por entre os dentes - Ela o encontrou quando ele estava tentando fugir de sua propriedade com a peça em suas mãos.

— Ele disse que ela havia jogado o agasalho no lixo minutos antes dele pegá-lo - tento intervir pelo idoso

— E vai acreditar num vermelho? Ou na Sra. Gawley? Uma das prateadas mais bem conhecidas de Archeon.

— Aposto que ela tem milhões de outros agasalhos como esse, poderia muito bem doar para o pobre coitado - digo já sem paciência.

— Essa não é a questão, Maven. Ele cometeu um crime e deve ser punido - sua autoridade parece gritar comigo enquanto sua voz permanece calma, mas não me dou por vencido.

— Não posso prendê-lo por tentar sobreviver nesse sistema ridículo em que vivemos - me esforço ao máximo para não me exaltar ainda mais - não posso prendê-lo e mandar que quebrem suas mãos por isso, mãe. Não posso.

— Não só pode como vai! - seu tom de voz aumenta pela primeira vez - a lei é a lei, Maven e você, como regente, deve segui-la - travo o maxilar e lhe dou as costas.

Por mais que eu ache injusta algumas de nossas leis não posso mudá-las, não sou o rei nem nunca serei, sou apenas um príncipe e como príncipe não posso fazer nada.

— Está bem - respiro fundo - vamos voltar.

Quando mais novo sempre quis ir a um julgamento, lembro de pedir à meu pai algumas vezes, sempre obtendo um bom e redondo não como resposta. Queria saber como é sentar no tão majestoso trono de meu pai e ter o poder de levar pessoas, que eram ruins para nosso reino, para prisão.

Agora vejo que a minha visão de criança não poderia estar mais errada, as pessoas que eu julgava serem ruins, não passam de pobres desesperados para suprir alguma necessidade. Mas para nossas leis não importa se alguém roubar um pedaço de pão para alimentar crianças famintas, ou se um idoso roubar um agasalho para se proteger do frio, a lei é a lei e eu devo cumpri-la.

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