Capítulo 3

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— Megam, convidamos Carlos; ele torce muito por você. 
Ouço elas suspirando. 
— Meninas, parem com isso! — falo, sorrindo de canto. 
Cumprimento a todos e subo rapidamente para tomar um banho. Tomo uma ducha, pois estava repleta de suor e pelos do garanhão. Vou ao closet e visto um vestidinho básico. 
Desci as escadas, encontrando as meninas já animadas na sala, com música alta e a mesa farta de comida e bebidas. 
— Nossa, você tá linda! — exclamou Júlia, me olhando de cima a baixo. 
— Obrigada! — sorri, sentindo minhas bochechas corarem levemente. 
— E aí, gata, preparada pra comemorar? — perguntou Clara, erguendo uma taça de champanhe. 
— Mais do que nunca! — respondi, brindando com elas. 
A festa seguiu animada, com muita música, risadas e histórias engraçadas. As meninas me presentearam com um cartão lindo, cheio de mensagens carinhosas e desejos de sucesso na faculdade. 
— Você merece tudo de bom, amiga! — disse Júlia, me abraçando forte.
— Obrigada, meninas! Vocês são as melhores! — respondi, emocionada. 
— Durante a festa, Carlos chegou com um sorriso largo no rosto, carregando um buquê de flores. 
— Parabéns, Meguinha! — disse, entregando as flores. — Fiquei muito feliz com a sua aprovação. Você vai brilhar na faculdade! 
— Obrigada, Carlos! — sorri, sentindo meu coração aquecer. — Você me incentivou muito, e eu não poderia ter feito isso sem você. 
— É claro que eu te incentivei! — respondeu, com um brilho nos olhos. — Você é uma pessoa incrível, com um potencial enorme. Tenho certeza de que você vai realizar todos os seus sonhos. 
Passamos o dia conversando, relembrando momentos da igreja e compartilhando sonhos e expectativas para o futuro. Carlos era uma pessoa tão especial, com uma fé inabalável e um coração bondoso. Ele me inspirava a ser uma pessoa melhor, a lutar pelos meus sonhos e a servir a Deus com todo o meu coração. 
A festa foi um sucesso, e eu me sentia radiante.
A aprovação na faculdade era um sonho realizado, e a companhia das minhas amigas e de Carlos tornava tudo ainda mais especial. 
— Essa tarde foi perfeita! — disse, suspirando de felicidade, enquanto as meninas me ajudavam a guardar as coisas. 
— Foi mesmo! — concordou Júlia. — E você merece toda essa felicidade. 
— E agora, vamos começar uma nova fase! — completou Clara, com um sorriso. 
— É verdade! — respondi, com um brilho nos olhos. — E eu mal posso esperar para viver essa nova aventura!
Não tarda muito e Júlia começou a falar: 
— Meg, como você vai fazer? Tem que ir lá, né? Pra poder finalizar a matrícula! 
— Sim, semana que vem irei. Tenho também que procurar trabalho pra poder pagar o aluguel, aff, e tanta coisa! E tenho que passar a liderança da turma de adolescentes pra alguém. Fico pensativa até Clara falar.

 Fico pensativa até Clara falar

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E o Carlos, Meg? O que você vai fazer? Eu vi o olhar dele todo bobo e o abraço de vocês. 
— O Carlos? — digo, a voz quase um sussurro. A imagem do abraço, do olhar dele, me invade. Um sorriso bobo se instala no meu rosto, mas logo se dissolve em um nó na garganta. 
— Não sei, Clara. A gente não conversou direito sobre isso. Ele sabe que eu vou para Nova York, mas... 
Clara me olha com um olhar penetrante, como se pudesse ler meus pensamentos. 
— Meg, você não pode fugir dos seus sentimentos. Você precisa conversar com ele, ser honesta. 
Suspiro, sentindo o peso da verdade nas palavras dela. 
— Sei, Clara. Só que... É complicado. A vida aqui é tão diferente da vida em Nova York. E eu não quero machucá-lo. 
— Mas você não pode deixar de viver a sua vida, Meg. Se você quer ir para Nova York, vá. E se o Carlos realmente gosta de você, ele vai entender. 
Clara se levanta e coloca a mão no meu ombro, seus olhos cheios de compreensão.
—  Você precisa confiar em si mesma, Meg. Confie no seu coração e no seu futuro. 
As palavras de Clara me acalmam um pouco. Sinto que ela está certa. Eu não posso deixar de realizar meus sonhos por medo de magoar alguém. Mas como dizer isso ao Carlos? Como explicar que a minha vida está prestes a mudar completamente? 
— Preciso pensar, Clara. Preciso de tempo para organizar tudo na minha cabeça. 
— Tempo você tem, Meg. Mas não perca tempo demais. A vida é curta demais para ficarmos presos a dúvidas. 
Clara me dá um abraço apertado e sai, deixando-me sozinha com meus pensamentos. Olho para a janela, observando o sol da tarde se pondo. O futuro me espera, cheio de incertezas e oportunidades. E eu, com medo e esperança, me preparo para enfrentá-lo.

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