06 | Monitorada

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—— A M É L I A ——

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—— A M É L I A ——

Engoli em seco quando percebo que ele estava me analisando sem tirar seus olhos do meu rosto e inclinou a cabeça para o lado arqueando a sobrancelha fazendo o meu coração acelerar ainda mais e depois de um silêncio extremamente constrangedor vejo seus lábios se esticaram para o canto formando um sorriso zombeteiro.

— Isso é meio irônico, não acha?

— O que faz aqui? — Pergunto neutra tentando não expor a minha surpresa.

— Eu estudo aqui, não é óbvio?

— Merda! — Resmunguei baixo.

— Já você nunca a vi por aqui, devo me preocupar? Talvez esteja me perseguindo. — Falou me fazendo revirar os olhos.

— Sou nova na escola. — Guardei o livro na prateleira. — E não se preocupe, ninguém te seguiria, você não tem nada de interessante. — Disse colocando-o em seu devido lugar diminuindo o seu ego antes que tivesse a chance de se expandir.

— Você nem me conhece, como poderia saber? — Questionou mordaz.

— Tais coisas só se basta analisar para descobrir. — Dei de ombros pegando os livros de suas mãos.

Vejo-o levantar a cabeça de súbito me olhando levemente surpreso pela minha resposta e deu um sorriso se apoiando no armário à sua frente com um braço observando atentamente os meus movimentos sem tirar seus olhos de mim.

— O que aprontou para te mandarem organizar a biblioteca? — Perguntou curioso.

— Nada, eu mesma me ofereci para ajudar.

— Quem em sã consciência viria por vontade própria?

— Eu? — Abri um sorriso satisfatório colocando os livros na prateleira ao lado.

— Quando acho que nada mais pode me surpreender você me aparece com uma dessa.

— Precisamos terminar esses dois corredores ainda hoje, então chega de perder tempo.

— Minha disposição é zero.

— Estou começando a me arrepender de ter vindo. — Disse suspirando fundo.

O moreno abriu a boca na intenção de se defender, mas foi interrompido por uma silhueta masculina surgindo do nosso lado, era um dos rapazes que também estava organizando o lugar.

— Amélia, a diretora Ross pediu para deixar as chaves com você. — Falou me entregando. — Poderiam pegar algumas caixas lá no fundo?

— Obrigada, sim e onde colocamos?

— Perto da entrada, vamos doar alguns livros.

— Tudo bem.

— Por que você mesmo não faz isso? Tudo é a gente agora? — Afrontou o moreno impaciente.

Under StormOnde histórias criam vida. Descubra agora