09 | Presos

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—— A A R O N ——

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—— A A R O N ——

Estávamos presos naquela sala frente a frente e minha única visão era o rosto de Amélia tão nervosa quanto o medo que estava sentindo. Suas expressões tensas me deixavam curioso para saber o motivo do seu trauma, mas sinto que não seria um bom momento para essas perguntas.

— Tem certeza que o seu amigo Kevin vai aparecer?

— Sim, não se preocupe.

— Você é apreensivo, não parece ser a pessoa que me descreveram. — Falou com a voz falha, talvez envergonhada.

— Odeio todo mundo, por isso falam essas coisas. — Disse fazendo-a rir e confesso que somente o som de sua risada era suficiente para aquecer o meu coração, pois sabia que ela já estava se sentindo bem melhor.

— Vai me dizer que não existe uma pessoa especial? Talvez uma garota que não odeie e lutaria contra o mundo só para tê-la?

— Você andou lendo muitos romances fictícios. — Zombei rindo. — Mas e você Amélia, quem faz o seu coração bate mais forte?

— Ninguém.

— Você já leu tantos romances e...

— A vida real é bem diferente, não vai ter um cara que lute por você ou que te acorde de madrugada só para dizer que te ama. — Suspirou fundo. — Isso não passa de uma ilusão.

— Acabou de me ofender. — Levei a mão no peito fingindo estar ofendido.

— Você não parece ser uma pessoa que se apaixona.

— E por que não?

— Pensa bem, você é popular, vai sempre as festas e parece ser desejado por muitas garotas, enfim, pode ficar com quem quiser e não dá chance para alguém sério.

— Já parou para pensar que talvez eu que não quero? — Disse fazendo-a erguer seu olhar sobre o meu e parecia tentar adivinhar as minhas expressões faciais.

— Quem foi a garota que deixou o seu coração exausto?

— Isso é um interrogatório? — Usei o tom sarcástico.

— Esse lugar está ficando cada vez mais gelado, estou começando a achar que é o seu coração.

— Ha ha, muito engraçado. — Revirei os olhos me levantando e tentei abrir a porta novamente e nada. — Acho que desligaram o aquecedor da biblioteca.

— Então nos trancaram aqui? Como seu amigo vai saber que estamos presos? — Perguntou mais nervosa que o normal.

— Droga, vou perder o jogo.

— Se você não aparecer para o jogo eles podem te procurar e nos achar.

— Não acho que sou tão importante assim. — Suspirei fundo.

Under StormOnde histórias criam vida. Descubra agora