13 | Agarre firme

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"Você sorriu por cima do ombroe por um minuto eu estava completamente sóbrio

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"Você sorriu por cima do ombro
e por um minuto eu estava completamente sóbrio."

James Arthur

—— A A R O N ——

Depois que saímos da delegacia meu pai ainda parecia estar sobre o efeito do álcool já que resmungava algumas coisas sem sentido, mas não o levamos a sério. Quando chegamos em casa fui direto para o meu quarto tomar um banho na tentativa de me sentir melhor.

Sinto a água fria escorrer pelo meu corpo e meus músculos se contraem me despertando de vez. Minha ressaca melhorou quase por completo depois do banho, isso sempre me deixava mais relaxado.

Depois de me arrumar passei pelo corredor vendo pela fresta da porta meu pai dormindo e minha mãe ao seu lado. Suspirei fundo e desci para a cozinha me deparando com Maggie sentada à mesa. Ela parecia cansada já que virou a noite resolvendo as merdas do nosso pai.

— Pode me explicar o motivo de pedir para os rapazes não me contarem o que havia acontecido?

— Só não queria ouvir você jogar na nossa cara que tinha razão. — Indagou em tom baixo. — E o pior de tudo é que você tinha.

— Então preferiu passar por isso tudo sozinha com a nossa mãe?

— Iria adiantar alguma coisa te avisar? Depois do jogo da garrafa você parecia ser outra pessoa, não estava mais sóbrio e racional.

— Porra Maggie, eu vi quando você saiu, só não imaginei que era por esse motivo e naquele momento eu ainda estava sóbrio. — Questionei me mantendo calmo. — Sua decisão foi me deixar fora disso.

— Você estava com uma garota e...

— Quer saber, vai se foder com suas desculpas. — Levantei as mãos em sinal de redenção. — Você sabe muito bem que eu sempre priorizo a família, mas agora tanto faz.

— Aaron...

— Não Maggie, você preferiu pedir ajuda ao Kevin do que a mim e estou farto disso. — Dei de ombros pegando o meu capacete e comecei a caminhar em direção da saída.

— Aonde você vai?

— Pra qualquer lugar, não pretendo ficar aqui quando o nosso pai acordar e começar a se lamentar.

Após sair batendo a porta me deparei com minha moto estacionada em frente à minha casa. Dylan não era tão inútil, afinal, trouxe a minha moto enquanto estava ocupado resolvendo a papelada do processo que meu pai levou por danos ao estabelecimento do bar.

Coloquei o capacete arrancando com a moto pegando a avenida em alta velocidade, sempre gostei de desfrutar do lado bom da adrenalina, só que hoje era diferente. Quanto mais eu acelerava desviando dos carros, ônibus e caminhões como um louco desesperado mais eu me sentia melhor.

Under StormOnde histórias criam vida. Descubra agora