𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑣𝑖𝑛𝑡𝑒 𝑒 𝑡𝑟𝑒̂𝑠

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"Segredos que tenho mantidos em meu coração, são mais difíceis de esconder do que eu pensei, talvez eu só queira ser seu, eu quero ser seu, eu quero ser seu"
Arctic Monkeys– I wanna be yours

Narrador

Stéfany adentra ao seu quarto, fecha a porta e analisa o mesmo por alguns segundos, estava exatamente como ela havia deixado. Ela respira fundo, soltando todo o ar que estava preso em seus pulmões, aliviando o seu corpo do dia cansativo que foi hoje, ela precisava de um descanso e sabia exatamente como relaxar e esquecer dos pensamentos que atormentavam a sua mente.

O seu corpo foi em direção às cortinas que estavam abertas mas com um simples movimento das suas mãos, elas se fecham, deixando apenas algumas brechas de luz da linda tarde que estava se formando lá fora, aquela abertura deixaria as possibilidades de alguém vê-la baixíssima, assim pensava Stéfany.

Ela se deita sobre a cama macia, abre as pernas e fecha os olhos, deixando a sua mente fluir para imaginar cenas sexuais que iria satisfazer o seu desejo carnal, a sua mão desliza devagar sobre a sua blusa, indo cada vez mais para baixo até chegar no lugar ideal que ela almejava naquele momento, os seus dedos tocam o pequeno botão dourado da calça mas o impacto da porta se abrindo fez com que os seus dedos pararem ali mesmo.

– Oh Stéfany, você viu o meu... - o seu primo abrindo a porta inesperadamente, faz com que Stéfany abrisse os olhos.

– Mais que merda Peter, você não sabe bater não? - diz Stéfany olhando para o garoto que estava indignado com a cena que ele havia acabado de ver.

– Desculpa, eu volto depois - ele vira o rosto e fecha a porta devagar enquanto Stéfany olhava para o canto do quarto enfurecida com o que Peter havia feito, tirando-a de todo o clima que ela estava naquele momento.

Stéfany nunca concordou com Peter morando na sua casa, os pais dele achava realmente que ele vai sair de A vergonha da família para O filho brilhante só morando com os tios ricos? Mas é claro que não, e Stéfany sabia muito bem disso. Porém ele ainda era útil para ela, ele era tudo o que ela precisava naquela ocasião, a inteligência agravada sobre tecnologia que Peter tinha desde mais novo poderia ajudá-la bastante.

– Não Peter, volta aqui - fala levando-se da cama após uma idéia surgir na sua cabeça, ela abre a porta novamente indo atrás de Peter que estava na frente do quarto dele.

– Se for pra pedir número de algum amigo meu, pode esquecer

– Não, não é nada disso, você sabe como restaurar um vídeo do celular?

– Sei, é a coisa mais fácil de se fazer é só...

– Ótimo - Stéfany abre a porta do quarto de Peter e senta-o na cadeira que estava a frente do seu computador, tira o celular do bolso enquanto o garoto de cabelos ruivos a encarava sem entender– Eu preciso da sua ajuda, quero que você recupere um vídeo de Jack e de uma garota que estava aqui no meu celular e que magicamente sumiu

– O que?!

Jack

Olho para o meu relógio de pulso que estava marcando quinze minutos a mais do horário exato que eu havia combinado, olho para os lados do pequeno cômodo que eu estava, havia alguns sofás e computadores preenchendo o local praticamente vazio. Minha impaciência aumentou então decido ameniza-la movimentando o meu corpo de um lado para o outro, levando minha atenção para a porta que abria, revelando Peter entrando no ambiente.

– Está atrasado - digo olhando para ele

– Desculpa, tive um imprevisto com Stéfany - as suas palavras me deixaram curioso, já imaginando o que, provavelmente, Stéfany havia pedido para ele.

– Que tipo de imprevisto?

– Ela pediu para que eu restaurasse um vídeo seu e de Anne

– Você chegou a ver esse vídeo? - digo um pouco preocupado

– Relaxa, eu não vou contar para ninguém, só não sabia que você era capaz de fazer isso - as suas palavras era como uma piada para os meus ouvidos que ao escutar aquilo, fez com que uma gargalhada sarcástica surgisse em mim.

– Estamos no mesmo barco caro Peter - digo me aproximando do seu corpo e dando leves batidinhas nas suas bochechas rosadas– Agora trate de não dizer isso pra ninguém, caso contrário, você é um homem morto - ameaço o garoto que estava  me olhando sério, talvez ainda estava processando o que ele viu no vídeo.

– Os seus segredinhos estão bem guardados

– Acho bom - digo me distanciando de onde ele estava e me sentando em um sofá– Mas você restaurou o vídeo?

– N-Não, claro que não! - fala se sentando na cadeira e encarando a tela do computador enquanto eu o olhava– Disse que o sistema do computador havia dando defeito bem na hora que eu estava salvando o vídeo, você acha que ela acreditou?

– Burrinha daquele jeito, claro que sim - digo revirando os olhos e me lembrando da personalidade de Stéfany

– Mas e você com a Anne? Não acha que uma hora ou outra ela vai saber o que você está fazendo?

– Não, Anne já está nas minhas mãos, acha que eu sou o príncipe encantado dela. Ela é como Stéfany, qualquer pessoa que dá a ela um pouquinho de amor e algumas risadas, já é tudo para ela. Uma é cópia da outra, as duas se merecem.

– Você quer acabar mesmo com a vida dessa garota, não é? - diz me olhando com um sorriso de lado enquanto acendia um cigarro.

– Ela viu coisas que não era para ver - digo me lembrando do dia que Anne me viu tranzando com aquela garota.

Se ela contar isso pra polícia, eu vou fudido.

– Percebi que esse dias Stéfany tem andado meio triste

– E quem se importa? Stéfany não é mais problema meu - digo me levantando do local que eu estava e indo até a porta– Vou sair

– Pra onde você vai?

– Resolver umas coisas, só faz o que você tem que fazer - digo abrindo a porta e batendo a mesma, deixando Peter sozinho naquela sala.

My Angel | ⁰¹Onde histórias criam vida. Descubra agora