Capítulo 26

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Maratona 4/10

S/N MILLER

Acordo com a luz do sol batendo em meu rosto, abro os olhos lentamente me acostumando com a claridade, tento me levantar mas sou impedida pelo braço de Marcus que estava em volta da minha cintura, pego meu celular na cômoda ao lado da cama, e vejo que já era mais de seis da manhã.

- aí caralho - falo e tiro o braço de Marcus o fazendo acordar.

- O que foi? - ele pergunta com uma voz rouca.

- Estamos atrasados, Marcus - falo indo até a porta.

- Qual é, é só um dia - ele diz se levantando e parando atrás de mim.

- As pessoas vão perceber Marcus - falo e me viro para ele.

- Só hoje - ele diz.

Respiro fundo mas acabo sedendo.

- Tá legal, me espere aqui.

Olho o corredor antes de sair do quarto, então saio e entro no meu quarto e vou para o banheiro, escovo os dentes e lavo o rosto, depois troco de roupa e volto para o quarto de Marcus.

- Então, o que vamos fazer? - falo vendo ele já trocado de roupa, arrumando a cama.

- O que vamos fazer? - ele diz com um sorriso malicioso no rosto me fazendo rir.

- Que isso Marcus? - falo rindo e me jogo na cama que ele estava arrumando.

- Você não fez isso - ele diz.

- Isso o que? A isso, nada demais, é só você arrumar de novo - falo dando um sorrisinho.

- Não mesmo - ele diz e me pega no colo me tirando de cima da cama.

- Isso é trapaça - falo quando ele me coloca no chão

- Trapaça foi o que você fez - ele diz rindo - Deveria fazer você arrumar.

- Eu não arrumaria - digo e cruzo os braços.

- A arrumaria sim - ele diz se virando para mim.

- Não arrumaria não - continuo e ele caminha até mim me fazendo correr pelo quarto.

É claro que ele era muito mais rápido e conseguiu me alcançar me derrubando sobre a cama e ficando sobre mim sem depositar o seu peso. Ele sorri e começa a fazer cosquinha em mim me fazendo rir e me contorcer em baixo de seu corpo.

- Isso...Isso é golpe...baixo - falo rindo tentando recuperar o fôlego.

Quando ele vê que eu já estava vermelha de tanto rir ele saí de cima de mim ainda rindo.

- isso não valeu - falo quando minha respiração volta ao normal e eu consigo conter a risada.

- Se quiser que eu faça de novo é só pedir.

- Não Obrigada - Eu falo ainda rindo e me levanto da cama caminhando até a janela.

Nunca tinha parado para observar a vista daqui do quarto dele, era realmente muito bonita, agora entendo porque ele gosta tanto de ficar em frente a janela. Olhar o céu pela janela me fez lembrar da minha família, do meu pai, me fez pensar onde ele poderia estar agora, o que ele poderia estar fazendo agora, e me fez pensar mais ainda, se ele ao menos se lembrava de mim.

Lembrei de minha mãe e de Austin também, e percebi o quanto eles estavam me fazendo falta, sentia falta dos momentos em que nós saíamos para ir ao parque, das noites em que nos sentávamos no sofá para assistirmos um filme, das nossas viagens juntos, isso tudo acontecia antes de eu começar andar com pessoas erradas que me afastaram da minha própria família.

𝗡𝗢 𝗤𝗨𝗔𝗥𝗧𝗢 𝗔𝗢 𝗟𝗔𝗗𝗢 ᵐᵃʳᶜᵘˢ ᵇᵃᵏᵉʳ [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora