𝗡𝗢 𝗤𝗨𝗔𝗥𝗧𝗢 𝗔𝗢 𝗟𝗔𝗗𝗢 ᵐᵃʳᶜᵘˢ ᵇᵃᵏᵉʳ [✓]

Capítulo 32

Maratona 10/10

⚠️Esse capítulo aborda um assunto delicado (tentativa de suicídio) então se não se não se sentir bem, peço que não leia⚠️

Leiam com a música da capa, se quiserem é claro.

S/N MILLER

Depois de um tempo ali, Marcus consegue conter o choro e me olha.

- Me desculpa - ele diz - não queria que você me visse assim.

- Tá tudo bem, Marcus, é bom colocar os sentimentos pra fora as vezes - falo sorrindo - vem vamos para o quarto, você precisa descansar - digo me levantando e estendo a mão para ele.

Ele segura e então se levanta, caminhamos para o quarto juntos, nos deitamos na cama, e Marcus ficou fazendo carinho em meus cabelos, uma hora ou outra ele falava alguma coisa, mas logo silêncio se instalou no quarto anunciando que ele dormiu.

Me levanto cuidadosamente e beijo sua testa, logo depois pego uma caneta e um papel que tinham ali, ligo o abajur e escrevo um bilhete.

"Posso finalmente ser eu mesma agora, na verdade, não há nada que eu não possa ser quando estou com você, eu quero que o mundo veja você ficar comigo.

Ass. S/N"

Coloco o bilhete sobre o criado ao lado da cama, apago o abajur e saio do quarto voltando para o meu.

☁️𝙌𝙪𝙚𝙗𝙧𝙖 𝙙𝙚 𝙩𝙚𝙢𝙥𝙤☁️

Já era noite do outro dia, eu estava na praça de alimentação sozinha, só estava lá pra pensar, hoje eu não comi, de novo, sinto que tudo está voltando a estaca zero, minha pouca felicidade acaba quando vejo Zoe se aproximar.

- Olha só, finalmente está sem seus cães da guarda - ela fala e se senta na minha frente.

- Não enche - falo.

- É incrível como você acha que alguém aqui gosta de você, olhe para você S/N, você é estranha, você não se encaixa aqui, esse não é, e nunca vai ser seu lugar - ela diz e eu tento falar, mas o que eu falaria? Ela está certa - Você é feia, gorda e estranha, acha mesmo que o Marcus gosta de você? Logo logo ele te larga por aí e te esquece.

- Você é uma idiota - falo me levantando.

- Nem pai você tem - ela fala, naquele momento, foi como se ela tivesse arrancado meu coração - Nem ele aguentou você e foi embora, e logo logo seus amiguinhos vão fazer o mesmo - ela diz e eu tenho um choque de realidade, eu odiava saber que ela estava certa.

Foi como se toda a dor que eu tentei esquecer voltasse de uma só vez, apenas me virei e sai de lá, as lágrimas começaram a cair e eu não conseguia parar de derrama-las, vou para a enfermaria e pego duas cartelas de remédio, e uma tesoura, já que não tinha nem uma lâmina, depois vou para o quarto que estava vazio, o de Marcus.

Ele estava em algum outro lugar, mas não estava lá, o vi sair hoje mais cedo, entro no banheiro do quarto e fecho a porta, eu não quero fazer isso, mas estava difícil de controlar, as palavras de Zoe não paravam de se repetir em minha mente, porque eu sabia que ela estava certa, eu não pertenço a este lugar, e nem a este mundo, por isso, eu vou embora, para sempre.

Ainda chorando, pego todos os remédios da cartela, e coloco todos na boca, engulindo logo em seguida, sem água, queria os sentir rasgando minha garganta, agora, só faltava a tesoura, enquanto lembrava de todos os piores momentos da minha vida e de todas as palavras da Zoe, corto meus pulsos, depois de cinco ou seis cortes, tudo fica escuro, e eu caio no chão.