A magia de ceder

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boa noite meus lindx, vim encerrar as postagens de hoje com um capítulo até boiolinha pra vcs, com entrada de novos personagens

os coletes ainda estão aí, né? Pq ces vao precisar


Rafaella não demorou muito para encontrar a esposa e a filha em frente a secretaria da escola. As duas conversavam animadamente, rindo e gesticulando diversas vezes. A loira ainda estava afetada pela cena que Bianca tinha feito na recepção da sala da diretora e por mais que estivesse irritada com o garoto, a mulher não podia aceitar aquele tipo de violência. Não estava criando alguém instável.

— O celular!

Esticando a palma da mão em direção da adolescente, Rafaella ordenou com a voz irritada e olhar sério. Franzindo as sobrancelhas confusa com aquele pedido, Lua olhou para Bianca num pedido de ajuda, mas antes que a mãe pudesse fazer alguma coisa a respeito, Rafaella cruzou os braços olhando sério para Bianca.

— Eu resolvo isso depois, filha. Entrega o celular.

— Resolver? Bianca, nossa filha socou um garoto!

— Que estava importunando ela.

— E quantas vezes os homens foram desrespeitosos conosco? Ela vai bater em todos eles?

— Se ela conseguir, por que não?

Incrédula na resposta da esposa, Rafaella respirou profundamente pedindo aos céus força e paciência para lidar com Bianca. Não gostava daquele tipo de exemplo, nunca gostou, era uma mulher diplomática, que resolvia tudo numa conversa amigável ou incisiva.

Violência nunca. A não ser entre quatro paredes com a sua esposa.

— Bianca, eu estou tentando educar uma adolescente.

— E eu também estou!

— Olha, se você não ajuda, não...

— Chega vocês duas! Me dá a chave do carro, vou buscar o Thony na sala dele e esperar vocês lá fora.

Afetada pela discussão iniciada por sua causa, Lua resolveu intervir antes que pudesse escutar mais os ataques de suas mães, lhe afogando em um mar profundo de culpa. Como se não bastasse as brigas pelo trabalho, agora as duas brigavam por sua culpa. Lua queria se socar por ter sido tão idiota.

— Antes de ir, o celular.

Bufando, mas se dando por vencida, a adolescente buscou o aparelho no bolso da calça entregando para a mãe sem a encarar. Depois de ter a chave do carro de Bianca nas mãos, Lua saiu pelo corredor até o bloco do irmão.

— Precisava disso, Rafaella?!

— Precisava. Eu não estou criando uma filha pra socar o filho dos outros. É respeito, Bianca, você devia procurar saber o que é.

Abrindo a boca desacreditada na resposta da esposa, Bianca riu sarcástica cruzando os braços.

Era claro que a loira ia jogar aquilo para cima dela. Rafaella era sempre tão controladora, sempre tão impositiva, não aceitava nunca os erros dos outros. Incapaz de ser flexível, o exemplo perfeito de ser humano.

— Por mais que eu queira dizer algumas coisas, vou praticar o respeito esperando a gente chegar em casa. O que acha?


Depois de dividir o carro com a morena, Lua sentou-se na sala de jantar esperando o sermão de Rafaella. O irmão se entretia na TV assistindo um episódio qualquer de Power Ranger totalmente alheio à confusão que se instalou após o seu pequeno ataque de fúria. O garoto estava animado por ver as duas mães juntas lhe esperando para levar para casa, na inocência infantil do menino nem passava a possibilidade de ser um mal sinal.

A escolha de Andrade - RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora