Refúgio fraternal

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vcs ainda estão com os coletes, né? pq vão precisar

já peguem o lencinho, meus anjos, que a autora não teve dó de vcs


Bianca chegou em casa depois de buscar os filhos na escola e passar em um mercado para comprar alguns ingredientes para o jantar que faria na companhia dos filhos.

Depois de ver Anthony assustado e negando seu colo, a médica decidiu fazer algumas mudanças efetivas. Se conseguiu se formar com honrarias mesmo se tornando mãe com dois anos para se formar, Bianca daria conta de se preparar para a decisão do pai e de fazer dar certo com Rafaella. Era Bianca Andrade, não qualquer pessoa.

— O que eu faço agora, mamãe?

Estufando o peito e ajeitando a postura, o menino perguntou no meio da cozinha assim que Lua terminou de colocar as sacolas na ilha de mármore. Achando graça do filho, Bianca o pegou no colo enchendo o menino de beijos e cócegas. A gargalhada alta e infantil de Anthony só fazia Bianca se encher de alegria e amor. O que seria dela sem os filhos?

— P-para, mamãe!

— Ah, mas eu não paro não!

Com um grito agudo assim que sentiu os dedos da mãe lhe fazer cócegas no pescoço, Anthony se remexeu nos braços da morena, tentando escapar do aperto forte.

— Lua! Me salva, irmã.

Clamou por ajuda o pequeno balançando os braços no ar, mas a irmã mais velha não cederia tão facilmente.

— Ih, será que eu salvo?

Acariciando o queixo em uma falsa expressão de dúvida, Lua encarou o teto segurando a risada ao ouvir as gargalhadas do irmão se intensificarem.

— Por favor, maninha.

— Pedindo desse jeito, eu não tenho como negar, né? Você entende, não entende, mamãe?

Se aproximando da mãe, a garota a questionou levantando uma sobrancelha em desafio. Deus, a garota era parecida demais com Rafaella. E foi pensando nisso que Bianca afrouxou o abraço em Anthony sentindo o garoto fugir para atrás da irmã.

— Dois contra um, Andrade. Quer comprar essa briga mesmo?

Desafiando a mãe com os braços cruzados, Lua questionou segurando novamente a risada ao sentir o irmão abafando o riso com uma das mãos.

— Não! Eu me rendo!

Levantando as mãos no ar dando pequenos passos para trás, Bianca ia sendo acompanhada pela dupla querendo vingança. Lua e Anthony sabiam que Bianca era mais forte e mais ágil, mas a falsa sensação de estar no poder deixava os irmãos extasiados.

— Mas você não teve piedade do Tony, não é, maninho?

— Isso mesmo!

— Então, eu vou deixá-lo escolher. Damos o perdão à mamãe ou atacaremos até vencê-la?

Agachando até ficar da altura dos olhos do menino, Lua encarou com seriedade o irmão enquanto acompanhava os passos da mãe.

— Imóvel, Andrade! Estamos esperando a decisão do prejudicado. E então, Tony?

Ficando em silêncio numa pausa dramática, o menino se virou para a mãe que apelava com um olhar suplicante. O garoto não conseguiu resistir. Suspirando pesadamente em um drama teatral, Anthony deu de ombros voltando os castanhos para a irmã.

— A mamãe está perdoada.

— Arrasou, filhão! Vem cá com a mamãe.

Abrindo os braços convidando o menino a se aproximar, Bianca calculava outro ataque de cócegas, mas o que a morena não esperava era que Lua já tinha pegado no ar as intenções maldosas da mãe.

A escolha de Andrade - RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora