A escolha de Andrade - Rabia

Anos de ouro em São Paulo

A luz fraca que vinha da sala de estar iluminava o casal em meio aos beijos contra a porta de entrada. Bianca segurava com força sua esposa, não deixando espaço para Rafaella ganhar o domínio e virar o jogo. Estava no comando, e ao menos durante o sexo poderia tê-lo sem muitos esforços. No fundo, Rafaella gostava de ser dominada. Como estava adorando ser pressionada contra a madeira, recebendo a língua da esposa em sua boca com tanta paixão que era impossível conter o desejo.

As mãos da doutora passeavam pelo corpo da mais alta, contornando as curvas deliciosas e acentuadas. Se demorou nos seios, espalmando e apertando sob os suspiros pesados de Rafaella contra sua boca. Queria a esposa o quanto antes. Não conseguiria esperar até chegarem ao sofá da sala, tão pouco ao quarto. Iria sentir Rafaella ali mesmo.

Quebrando o beijo com uma mordida forte, Bianca soltou o corpo da esposa, desferindo outro tapa estalado em sua bunda. Rafaella conteve o gemido que queria escapar. Apesar de estar sendo delicioso, não poderia ser tão escandalosa.

Ao sentir o corpo da morena se afastar do seu, Rafaella tentou se virar para acompanhar o que Bianca iria fazer, mas foi impedida. A esposa a pressionou novamente contra a porta, dessa vez levando uma das mãos até o meio de suas pernas. Sua intimidade pulsava por Bianca. O tecido do pijama completamente encharcado, denunciando o desejo latente que lhe consumia.

Os dedos deslizaram lentamente, e Rafaella não aguentou segurar o suspiro pesado. Tombou a cabeça para trás, agarrando como dava a nuca de Bianca para se segurar ali. Teve que morder o lábio para conter os gemidos ao sentir os dedos da esposa circulando o clitóris. Bianca não se demorou na masturbação deliciosa para o desespero de Rafaella. Estava gostoso demais para que a morena ousasse parar. E a mulher iria reivindicar o seu direito, mas sentiu a esposa se afastar.

— Onde você está indo, Bianca?! — perguntou assim que a mão abandonou onde mais precisava do toque.

— Calma, minha gostosa. Prometo que você ainda vai gozar muito essa noite. — prometeu Bianca deixando um beijo molhado no ombro de Rafaella. E sem esperar por mais nenhum questionamento, a morena se agachou levando junto o pijama da esposa. Suspirou deixando vários beijos na bunda que batia no peito ao chamar de sua. — Empina pra mim, amor. Vou chupar você até perder a força das pernas.

Rafaella estremeceu. Estremeceu e atendeu ao pedido da morena, empinando como fora pedido. Tinha as mãos espalmadas na porta de casa e a mulher da sua vida ajoelhada aos seus pés pronta para levá-la aos céus. Não precisou de mais nada para se deixar levar pelo momento.

Fechou os olhos e aproveitou cada segundo da boca de Bianca em sua boceta. Gemia baixo, com vontade de gritar, mas sabia que não podia. Cada vez que a língua da mulher circulava o clitóris, Rafaella sentia vontade de agarrar os fios negros entre os dedos e os puxar. Não pôde em nenhum momento tocar em Bianca devido a posição, mas isso não impediu que tivesse um orgasmo delicioso.

Gozou sentindo os lábios da esposa sugando com vontade. Bianca não parou em nenhum momento, se deliciando com os espasmos de Rafaella. Pensou em continuar, mas sabia que não poderia deixar a mulher cair. Se levantou, com os lábios escorrendo o orgasmo da esposa, e abraçou Rafaella pela cintura.

A mais alta nem esperou se recuperar do orgasmo para agarrar Bianca como podia e lhe beijar os lábios. Explorava a boca da morena com a língua, sentindo o próprio gosto na língua da esposa. Um gosto delicioso e lascivo. Como Bianca.

Ainda agarrada à morena, Rafaella finalizou o beijo com selinhos, sorrindo genuinamente. Bianca também sorriu, acariciando a pele com as pontas dos dedos. Apesar das cócegas, Rafaella não reclamou. Entrelaçou os dedos nos de Bianca e acariciou a aliança dourada que a morena ostentava.