O anúncio da exaustão

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Rafaella não estava blefando quando prometeu acabar com a esposa. Assim que Bianca estacionou na garagem de casa e abriu a porta para se retirar, Rafaella avançou sobre a mulher impedindo que ela o fizesse.

— Eu disse no banco traseiro.

— Você está falando sério?

— Como nunca. Vá pra trás.

Obedecendo o pedido da mulher, Bianca foi para o banco traseiro sem muita dificuldade, e pela sorte do destino a cadeirinha do filho não estava ali.

Estranhando a atitude de Rafaella ao sair do carro sem avisar, Bianca foi contestar, mas antes que o fizesse, Rafaella já abria a porta de trás tomando o seu lugar junto da morena. Não era como se nunca tivessem feito aquilo antes, mas todas as vezes que transaram no carro foi quando não estavam em casa, o que não era a situação atual.

— Isso tudo é por ciúme?

Péssima escolha de pergunta, Bianca se arrependeria de dizer aquilo, e o arrependimento veio logo após fechar a boca em um tapa certeiro em sua bochecha.

— Você precisa urgentemente aprender a calar a boca, Bianca.

Sem dar chance da morena responder, Rafaella avançou sobre os lábios que tanto desejava iniciando um beijo urgente e lascivo. Tudo que Rafaella fazia tinha tendências sexuais, principalmente o seu beijo.

Mas a loira não queria prolongar aquela demora, estava clamando por um toque mais íntimo, o toque da sua mulher. Seus dedos não eram a mesma coisa de ouvir Bianca sussurrar putarias em seu ouvido enquanto lhe entregava o melhor do prazer. Precisava daquilo. Teria aquilo.

Levantando a saia que usava para se sentar no colo da morena, Rafaella nem deu tempo de Bianca agir, e afastando a calcinha para o lado usou dois dos dedos da mulher para encaixar em sua entrada molhada.

— Primeiro você vai me fazer gozar gostoso nos seus dedos, depois eu vou te chupar até você gritar meu nome. Assim está bom pra você, amor?

Assentindo várias vezes com a cabeça, Bianca encarou os verdes banhados pelo desejo enquanto a loira empurrava o seu corpo para deitar contra o banco de couro.

Assim que Bianca se ajeitou, Rafaella movimentou o quadril sendo preenchida pelos dedos da esposa em uma sensação gostosa e aliviante. O tesão preenchia todo o carro, e mesmo com o ar condicionado ligado o calor começava a se fazer presente criando uma fina camada de suor na testa de Rafaella.

Bianca estava hipnotizada pela sensualidade da mulher. Os olhos se conectaram imediatamente e a cada vez que Rafaella movimentava o quadril, seu rosto contorcia em prazer inundando ainda mais a calcinha da esposa. Bianca sentia que poderia gozar mesmo sem se tocar, apenas encarando a mulher sentando com toda a vontade que tinha, a qual não era pouca.

— Vem cá, fala no meu ouvido que eu sou sua.

Bianca não precisou de um segundo pedido. Levantando o tronco para alcançar a orelha da mulher, a morena prendeu com força os fios dourados entre os dedos puxando-os para trás, obrigando Rafaella a inclinar a cabeça com um sorriso satisfeito no rosto.

— Você adora que eu te trate assim, não é?

Mordendo o lábio para conter o sorriso safado, a loira concordou com a cabeça intensificando os movimentos dos quadris nos dedos da esposa.

— Você não vale nada, Rafaella, não vale nada.

Soltando o cabelo da mulher apenas para usar a mão no pescoço convidativo, Bianca aproximou a boca da orelha de Rafaella sentindo a mulher se arrepiar com a aproximação. Em resposta, apertou com força o pescoço ouvindo Rafaella suspirar pesadamente.

A escolha de Andrade - RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora