Disputa acirrada

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mds que saudade de aparecer por aqui! espero que vocês estejam com tanta saudade quanto eu pq esse capítulo está bem gostosinho e é só isso
boa leitura, meus amores


Os passos eram arrastados, contornava os móveis à medida que um se colocava em seu caminho. Bianca mantinha as mãos para trás, onde guardava as anotações, e encarando a parede oposta a si, recitava todo o conteúdo que havia estudado horas antes. Pensou em dar uma espiada, quando gaguejou, mas se condenou logo em seguida. Não aprenderia daquela forma.

— Droga! Mas que inferno! — praguejou desistindo de andar para longe dos livros abertos sobre a mesa do jantar. Deu meia volta, se assustando ao encarar a namorada parada na porta de entrada do apartamento de braços cruzados. — Caralho, Rafa! Que susto!

— Desculpa, amor, você estava tão linda estudando. Fiquei admirando.

O sorriso de canto e o brilho no olhar de Rafaella refletiram de imediato na morena. Era no meio da tarde, Bianca estava ansiosa pela chegada da amada, mas sua imersão nos estudos estava tão intensa que tinha se perdido no tempo.

Jogou as anotações na mesa, se aproximando de Rafaella só para beijá-la com toda a saudade que sentia. Não tinha muitas horas que não se viam, mas para uma apaixonada Bianca já era o suficiente para começar a incomodar.

— E a Lua?

— Cochilo da tarde. — respondeu antes de tomar os lábios novamente. Rafaella até tentou se esquivar, mas as mãos da morena rodearam o corpo com posse impedindo que Rafaella se movesse para longe. — Para de fugir de mim! Vem aqui, tô com saudade.

— Eu preciso tomar um banho, amor. Acabei de chegar, me dê vinte minutos. Prometo que sou toda sua. — Bianca até tentou não acreditar nas falsas palavras que escorreram pelos lábios convidativos da namorada, mas quando percebeu Rafaella já se desvencilhou do abraço caminhando para o quarto que dividiam. — Como foi o seu dia?

— Foi bem, meu pai veio me ajudar durante a manhã. Você sabe como a Lua fica agitada com ele, mas nos viramos bem.

Enquanto assistia Rafaella se despir, Bianca contava por cima do seu dia longe da namorada que tinha todas suas aulas de manhã. Às vezes não conseguiam se ver quando Bianca possuía um plantão para fazer, mas em dias como aqueles, o casal dividia boas horas juntas em família.

— E as vertigens? — questionou a mais alta jogando a blusa na cama, para direcionar as mãos no botão do jeans. Mesmo sem querer, a morena acompanhou o gesto arqueando uma das sobrancelhas com o pensamento pecaminoso que veio como um flash. — Bianca! Estou falando de um assunto sério, para de me olhar assim.

— Assim? Defina assim, minha gostosa. — Bianca utilizou do que sabia que era sua carta na manga. Rafaella se deixava levar quando a morena carregava o sotaque e chegava mansinha.

— Assim, ué. Com cara de quem quer me comer.

— Mas eu sempre quero isso. — dando de ombros, a mais baixa substituiu as mãos da namorada pela sua desfazendo-se do zíper do jeans. — Respondendo sua pergunta, não houve nenhuma vertigem hoje. Não desmaiei, não fiquei enjoada nem mesmo tive outra crise de ansiedade. Está tudo bem. Não precisa se preocupar.

Rafaella queria acreditar, mas seu sexto sentido dizia que devia sim. Amava Bianca e por amá-la tinha um receio de perde-la, por menor que fosse a ameaça. No entanto, se deixou levar pelos beijos molhados que a morena depositava em seu pescoço seguidas vezes.

— Você devia ir ao médico. Isso não deve ser normal, amor...

— Meu amor, eu sou médica, não precisa se preocupar. Se houver algum sinal de alguma coisa errada, prometo buscar ajuda médica. Combinado? — como Rafaella poderia negar se tinha Bianca de joelhos em sua frente, deslizando a língua perigosamente até o cós de sua calça. Suspirou, levando uma mão até os fios negros, segurando com força o aperto. — Agora, posso fazer amor com a minha esposa?

A escolha de Andrade - RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora