capitulo 2

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>>Luiza

Vitor- já lhe disse, uma visita - fiz careta - não me respondeu desde a escola. Era de manhã.

Eu- teve uma invasão - disse enquanto o encarava, aquilo me incomodou de alguma forma.

Vitor- e eu fiquei preocupado, e se tivesse acontecido alguma coisa contigo?

Eu- se tu não estivesse sabendo talvez seria porque eu não queria que soubesse. Você não poderia me ajudar em nada e eu tenho quem cuide de mim, muito obrigada.

Vitor- nossa, desculpa então - ironizou - por me preocupar.

Eu- você veio na minha casa Vitor, as 11 da noite em dia que teve invasão. Minha mãe cançada teve de ficar te fazendo companhia e se meu pai tivesse em casa tenho certeza que teria te jogado a ponta pés ou tiros, pra fora daqui - estou séria, mas com voz calma.

Vitor- onde foi?

Eu- shopping.

Vitor- com quem?

Eu- te devo satisfação agora?

Vitor- estamos ficando a algum tempo, não significa nada?

Eu- continuo dando em cima de outras pessoas. Estamos ficando dia ou outro no colégio, tu nem anda com a gente.

Vitor- vocês não me dão espaço pra isso, quando chego no meio do grupo sei que não é o mesmo.

Eu- claro, esperava o que? Você chegou a uns 4 ou 5 meses e quer entrar no nosso grupo? Ninguém quer isso do nada e é super estranho, nosso grupo é fechado por única razão. Chance de traição.

Vitor- não faria isso!

Eu- pode ser que não, eu até poderia te confiar muita coisa, mas eles eu sei que precisaria de anos. Escuta, odeio assunto sério e tu já deve saber, então vamos acabar logo com isso, pode crê?

Vitor- qual vai ser agora? - revira os olhos.

Eu- não estamos namorando então não tem e não deve ter controle algum sobre mim. Quer vir aqui? Ok, mas eu preciso responder sua mensagem antes para mim lhe dizer se pode ou não vir em tal hora.

Vitor- beleza - bufa e eu fico mais tranquila - só fiquei com saudade, linda, desculpa mesmo.

Ele estende a mão e dessa vez eu a seguro também, ele da um puxãozinho de leve e eu fico em meio a suas pernas para o abraçar.

Vitor- ainda vou conseguir te conquistar - eu nego meio rindo. Não sei se gosto disso - duvida? Tô te falando, esse corpinho ainda vai ser só meu.

Carioca- podem se largando - eu solto rápido - você. Vaza!

Eu- qual é pai, só não mata ele.

Carioca- então vaza! - vocifera.

Vitor- é.. - fica em dúvida se me dá tchau, um beijo, mas decide só por alto - então tchau.

Meu pai o observa até eu escutar a porta batendo. Ele assente para si mesmo como se lhe parabenizasse por um bom trabalho de expulsão, um concurso contra si mesmo do quão rápido o Vitor iria sair por um costumeiro medo.

Carioca- se pegando na minha cozinha, Luiza? - diz parecendo não acreditar.

Eu- na verdade...

Carioca- não quero saber tuas nojeira - dou risada com sua careta.

Eu- pensei que ia gostar de saber que estava impondo limites.

Carioca- quais? - me olhou com uma pontada de interesse.

Os HerdeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora