capitulo 7

169 9 1
                                    

>>Luiza

Eu- mãe, por favor! - ela negou - paii! Fala pra ela me deixar ir!

Carioca- desculpa, filha, mas acho que não vai rolar.

Eu- só hoje, estudei a semana toda, vou estudar essa próxima também..

Kaique- eu ajudo ela estudar.

Gustavo- eu também se for o caso.

Helena- não vai ir, Luiza! - me olhou furiosa.

Carioca- sem contar que hoje tem churrasco e vai vir o Diogo.

Eu- quem? - perguntei com uma voz aguda pro Gu, não entendendo. Faço nem ideia do que ele está falando.

Gustavo- Diogo é o dono do Vidigal, novo aliado.

Carioca- é bom eles pelo menos verem vocês também.

Eu- vamos estar aqui ainda, é só no final da tarde que saímos então fica tudo certo..

Helena- EU JA DISSE QUE NÃO, LUIZA - Eu me assustei, ela baixou o tom da voz mas ainda falando entre-dentes, o seu olhar ainda me assustava - você tá a cada dia passando mais dos limites! Primeiro é a escola, então como nosso combinado você foi afastada de muita coisa por tempo indeterminado, apenas duas semanas direto sem contato algum além da escola e pessoas desta casa e você fez o que? Saiu numa QUINTA-FEIRA com o Vitor pra uma festa no asfalto deixando um simples bilhete, mais uma vez quebrando a minha confiança, então minha resposta é não pra esse racha, e SIM, LUIZA, você vai continuar, sim, deixando de fazer muita coisa se continuar do jeito que tá!!

Eu fiquei paralisada. Ela voltou a dobrar a roupa como se não tivesse berrado comigo a poucos segundos. Até meus irmãos e meu pai estavam impressionados.

Voltei pra realidade e saí do quarto deles pra ir pro meu. Ela me deixou com medo, não aquele que uma mãe causa efeito, mas realmente assustada como se uma invasão estivesse dando errado.

Kaique- ei..

Eu- não.. - tentei afastar ele - só não me toca agora - eu estava tremendo e queria muito chorar.

Kaique- para de doideira - mesmo eu me debatendo um pouco, ele me puxou pra ele e me abraçou com força - tá tudo bem..

Ele falava tentando me acalmar enquanto eu escutava murmúrios de conversa do Gu e meus pais.

Eu- não era minha intenção - funguei, eu já estava mais calma - mas ela..

Gustavo- ela passou dos limites - entrou e eu abracei ele - nunca vi ela assim, talvez tenha dito a coisa errada pra ela agora, mas percebi você assustada.

Eu- o que disse?

Gustavo- não importa - me olhou - te defendi ali por ela ter se passado na maneira que falou contigo, mas sabe que ela tem um pouco de razão né?

Eu- talvez, mas sabe como eu sou, o jeito que ela foi comigo agora.. perde a razão que tinha.

Minha mãe da medo quando quer e isso não é segredo algum, tem a Helena toda gentil que mesmo brigando é tranquila e outra que faz parte do diabo. Essa é quem ela é, mas nesse momento eu não senti o medo de levar mais uma semana trancada em casa, ou perder sua confiança, senti o mesmo medo de quando já estive frente-a-frente com o inimigo, não a reconheci quando gritou.

É sábado já, então quando chegou 11:00 horas e já tinha me acalmado, coloquei um biquíni e passei protetor.

(Biquini)

Peguei uma toalha vermelha e desci sem olhar pra ninguém, nem meus pais e nem meus irmãos. Adam ja corria pela casa, Arthur e meus tios Gab, Isa, Pri e Mg conversando na cozinha, Kaue ajudando meu pai arrumar a carne. Puxei uma espreguiçadeira numa boa distância da piscina para que eu não fique encharcada caso os meninos pulem fazendo bombas.

Os HerdeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora