Capítulo 13

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>> Gustavo
> 09:58

Cinthia- devemos fazer isso mais vezes - diz ela ofegando quando deita ao meu lado.

Eu- já fazemos.

Cinthia- mas devíamos fazer como forma para acordar de um jeito melhor, aliviados - eu mordo o lábio, assentindo.

Foi ela quem me acordou, mas da melhor forma. Praticamente em cima de mim pedindo para aliviá-la. Eu entendo, já fiz isso com ela também.

Penso em poder fazer isso todos os dias, logo em que acordar ou no meio da noite, transarmos. Mas não moramos juntos, ainda, e talvez não seja o momento, por mais que em vezes ela durma lá em casa comigo ou como hoje que foi eu quem durmi na casa dela.

A ida e volta, é o que nos dá saudade, ainda é o que está nos fortalecendo. O ter que decidir quem dorme com quem.

Agora eu não iria, nunca, querer passar um dia sem vê-la, não sei até quando vou aguentar ter dias que não vou dormir com ela.

Cinthia- teu celular está apitando - diz tirando a coberta de cima dela, mostrando seu corpo nu.

Eu- deixa ele - me virei pra ela, lhe abracei e distribuí beijos por seu pescoço - eu escolho você - sorri e a senti sorrir também. Me ergui um pouco mais pra vê-la e comecei a beijar sua boca.

Ajeitei minha perna direita entre as dela, de modo em que eu ficasse quase totalmente por cima para beijá-la melhor. Fiz isso até nos faltar ar e eu descer para seu pescoço novamente.

Cinthia- am.. Gustavo.. seu celular - ela ofegava as palavras.

Eu- deixe ele pra lá - resmunguei.

Cinthia- o que custa? - me fez parar, o barulho a encomoda, eu sei, o celular dela vive no silencioso, mas eu nem escutando tava. A visão que eu tenho me faz ser surdo para coisas banais.

Eu- pegue você então, mas acho que deveria se concentrar mais em nós, sabe? - disse em tom sarcástico. Ela levantou e a vi caminhar, senti meu pau pulsar com a perfeita visão.

Resmunguei afundando o rosto no travesseiro.

Ela ficou quieta por um instante, virei para ela que estava mexendo com os dedos frenéticos na tela, sua expressão confusa, apavorada, sua testa franzia.

Eu- quem é? - lógico que eu fiquei com uma pontinha de preocupação. Aqui é pá pum e um pode estar com tiro na testa.

Cinthia- seu pai - disse com a voz suave e fraca - resolver papelada na boca.

Resmunguei, novamente, enfiando o rosto no travesseiro. Odeio papelada.

Eu- Cinthia.. - Mal termino de falar seu nome e sinto a cama afundar num baque de quando ela pula. Eu a olho e a mesma está sorrindo de orelha a orelha - que foi? - perguntei sorrindo junto. Ela parece feliz né? Isso me deixa feliz.

Ela franziu a testa quando me questionou:

Cinthia- apagou aqueles contatos? - mordeu seu lábio inferior. Respondi um "sim" simples antes de afundar meu rosto no travesseiro novamente. Dessa vez com vergonha, admito.

Eu- apaguei.

Fiz isso ontem. Apaguei os contatos de todas elas, quero de verdade que tudo dê certo com a Cinthia, quero que ela sinta confiança em mim sem ela nem precisar implorar para algo ser feito.

Ela diz o que a magoa e eu faço de tudo para resolver e não repetir o mesmo erro e vice-versa.

Cinthia- eii - quando virei para ela, a mesma me beijou e quando parou ficamos nos encarando - eu te amo, sabia? - escutei sua voz sair com insegurança.

Os HerdeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora