Capítulo 21

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>> Kaue
> 21:30

Dia em que os pais da Amanda saem para trabalhar a noite, significa mais uma noite com ela. eu e ela, em sua casa.

Uma vez por semana isso acontece e é o dia que por esse horário eu chego na casa dela. Geralmente não trocamos muitas palavras além de comentários de the walking dead que combinei com ela de olharmos juntos e quando ela me alcançou nos capítulos.. Não olha mais sem mim, eu não deixo.

Por isso ela começou a olhar outra série da qual não lembro o nome, assim consegue segurar a tal da ansiosidade até o dia da semana em que venho para sua casa, em questão de não deixá-la sozinha.

Hoje veio bem a calhar, tô meio na merda.

Eu- AMANDA! TA CAGANDO?! - já bati umas mil vezes antes, agora e, caralho! Tô sem ânimo algum pra ficar plantado na frente de sua casa. Prometo a mim mesmo que vou contar até 3 e se não abrir vou embora dessa merda.

No entanto, não cheguei até 3, ela abriu a porta antes disso. O peito subindo e descendo, ofegante. Seus olhos demonstrando sono.

Amanda- foi mal - caminhou para dentro de casa, olhei pra sua bunda que está coberta por um short de pano, grudadinho mesmo no frio dessa noite, mais frio que ontem, e nem isso me alegrou, normalmente funciona.. ela tem uma bunda gostosinha, só falta poder sentir - eu dormi.

Eu- só podia - resmunguei e ela me olhou com cara de sono - quase fui embora.

Amanda- tá tudo bem? - perguntou cautelosa. Dei de ombros deitando no sofá e colocando as pernas em seu colo.

Eu- tranquilo e você? - ela resmunga um:

Amanda- bem - sei que ela não estava fazendo a pergunta desse tipo, sabe que tem algo errado.

Eu- sabe de uma coisa? - abro um sorriso pra ela.

Amanda- la vem, diz.

Eu- a gente devia repetir aquele beijo - sorrio presunçoso para ela, lembrando daquele momento. Quando ela não responde, tiro os pés de seu colo e sento mais perto dela - aah vai, Amandinha, só mais uma vez.

Tá bom. Não deixei com que falasse, no momento em que abriu a boca para falar, eu a puxei rápido para mais perto. Beijei ela e sim, ela cedeu de início, envolveu língua mas não deixou por muito tempo. 4 segundos depois já tinha me empurrado.

Amanda- tá maluco? Você namora, seu idiota! - não a puxei novamente. Mas minha mão tentou chegar entre seus cabelos, cheguei mais perto novamente.

Eu- foda-se ela - falei baixo - tô com vontade de beijar essa boca agora - meu olhar se voltou para sua boca e passei meu polegar em cima de seu lábio inferior. Ela nem sequer tentou se afastar - porque segurar a vontade quando não precisa? - mais devagar, a beijei de novo, durou mais tempo que o primeiro mas não mais que um minuto.

Foi eu quem parou dessa vez. Apoiei minha cabeça em seu ombro com uma das mãos ainda entre seus cabelos.

Eu- não consigo - sussurrei, enfim me sentindo derrotado. Foi tão baixo que pensei que ela não teria escutado.

Amanda- o que aconteceu? Cara, sério, me conta, pra mim.. seila, poder tentar ajudar.. tu assim é muito esquisito.

Eu nego com a cabeça. Não chego nem perto de chorar se é o que ela está pensando que vou fazer, isso é exaustão e culpa.

Amanda- fale quando quiser, mas fala pra mim, beleza? - não nego e nem concordo. Ela vai deitando no sofá e me deixando ir junto com ela, quando paramos, estou deitado completamente por cima dela pensando na ideia de que posso estar a sufocando.

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