Capítulo 17

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1 semana e 6 dias depois.
>> Luiza
> 11:10

Vitor- vem aqui - sorri travesso me puxando pra um beco pequeno, escuro e sem saída. Do lado da sua casa que ele não quer que eu entre.

Luiza- calma, Vitor - tropeço com a rapidez com que me puxou, me apoio nele para não cair. Sinto minha cabeça latejar, por causa do estado de como acordei hoje, quando ele me prensa na parede.

Vitor- caralho, a quantidade de vezes que te falei pra não usar esse tipo de roupa - praticamente rosna e me toma em beijos.

Estou usando um top amarelo, um short jeans e chinelo. Estava um vento quente quando saí de casa, mas agora está um frio do caralho.

Devia ter escutado minha mãe quando disse que ia chover.. porque mãe sempre sabe dessas coisas?

Hematomas. Os que marcavam minha coxa saíram totalmente por terem sido mais fraco. Os da minha cintura.. bem, o chute pegou onde levei o tiro, que estava se curando, quase fechando e se abriu novamente. Mas eu eu tapo com o curativo e ninguém desconfia.

Eu- ai, Vitor, cuidado - tirei rápido a mão dele, quando apertou minha cintura.

Vitor- para de merda.

Eu- foi você quem fez isso.

Vitor- beleza, desculpa - sinto ele deixar um chupão no meu pescoço - eu pego em outros lugares bem melhores.

Desce as duas mãos agarrando minha bunda. Suas mãos, aos poucos, vão entrando por baixo do short, uma mão sobe e levanta o top, para conseguir pegar nos meus peitos, mas ele é pequeno então literalmente tirou eles para fora.

Empurrei o Vitor com força, arrumando minha roupa.

Vitor- tá louca?!

Eu- olha o que faz no meio da rua!

Vitor- você quer isso - eu nego quando ele se aproxima - quer sim - fala em tom baixo - você quer tudo isso, ao contrário, não estaria aqui hoje.

Não. Era pra mim estar em casa, só por dores esquisitas que estou sentindo hoje.

Vitor- não se faz, Luiza, isso pode custar muito caro. Eu já estou aguentando por meses.. tá na hora de me dar algo em troca - sua mão traça um caminho por minha barriga - sou seu namorado, o que tem de errado?

Eu- não é o melhor dia. Hoje não acordei bem, já te disse sobre isso - quando levantei hoje de manhã me senti tão mal que repensei sobre vir, mas Vitor insistiu então.. cá estou.

Vitor- isso faz tu se sentir melhor, eu prometo - me prensa na parede novamente, com mais força que antes e me faz estremecer de dor.. e frio com a rajada de vento e a repentina chuva forte.

Eu- por favor - sussurrei - eu tô mal de verdade, Vitor.

Ele soca a parede fazendo com que eu me sobressalte, assustada. Faz isso mais uma vez e me diz com a voz contida.

Vitor- sai - quando eu dou um passo a frente, sinto ele me agarrar, sua mão desce pressionando onde está ferido e eu choramingo de dor - não te esquece, Luiza, você está presa em mim, você não merece ninguém além de mim. Sabe os motivos.

Ele me solta. Saio caminhando sob a chuva e penso em possibilidades: se eu correr neste estado, vou cançar e muito, talvez desmaiar por aí.. então decido por apenas caminhar que talvez consiga aguentar até a minha casa.

É lógico que sei os motivos por não ter ninguém a mais que eu mereça. Vitor.. me ajuda a entender um pouco disso, ele é o único que aguenta o jeito que sou.

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