Capítulo 1 - O primeiro dia no colégio

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Olá.

O meu nome é Lucy, e mudei-me recentemente para a cidade de Magnólia. É de facto uma cidade extraordinária, com vistas lindas, população simpática e várias festas ao longo do ano.

Agora vou falar um pouco sobre mim: o meu pai é um dos homens mais ricos de todo o continente. Geralmente, ele usa-me para negócios importantes, para atrair pretendentes que queiram casar comigo, selando assim contratos de milhões.

Obviamente que me recuso a casar. Afinal, eu tenho apenas dezassete anos. É muito cedo! E eu nem sequer conheço o meu suposto noivo...

"E o que acha a tua mãe disso?", perguntam vocês. Em relação à minha mãe... Infelizmente, ela já não está entre nós.

Mas isso agora também não interessa.

Mudei-me recentemente para Magnólia como um castigo por ter arruinado um grande contrato entre a minha família e uma outra quase tão rica quanto a minha. Estou a viver sozinha num apartamento, e sou obrigada a frequentar um colégio público com fama de ser uma grande algazarra.

O meu pai espera que eu lhe implore para voltar para casa, por causa "do colégio ser horrível", como ele disse. Mas se ele acha que vou fazer isso, então que espere sentado.

Fiquei sem a minha empregada, a Virgem. Ela era uma das pessoas mais próximas de mim, e acho que o meu pai me afastou de casa precisamente para sentir falta da minha única e verdadeira família...

Hoje era o meu primeiro dia de aulas, e confesso que estava com um pouco de medo do colégio. Dizem que os alunos são todos uns indisciplinados. Não é que eu ligue muito a isso, mas pelos comentários na Internet sobre o colégio, este é mesmo um desastre...

Decidi ir de comboio no primeiro dia. Afinal, ainda não conhecia a cidade muito bem, e seria terrível se chegasse atrasada logo no primeiro dia de aulas.

Entrei numa das carruagens e quase fui esmagada por um sujeito com cabelo cor de rosa.

– Cuidado! – Dirigi-me a ele, que acabou por se afastar de mim.

– Peco imensa desculpa, Miss Aborrecimento... – Ele respondeu sarcasticamente.

– Desculpa? – Ripostei zangada.

– Pelos vistos és a novata de Fairy Tail. – O rapaz dirigiu-se a mim como se já me conhecesse.

Tirei alguns momentos para o analisar: ele tinha o mesmo uniforme que eu.

– Wow... Até que és gira, miúda. – O mesmo comentou enquanto me olhava de cima a baixo.

– H-Hey! Que tarado! Para de olhar assim para mim! – Berrei-lhe, tapando-me a mim própria com os braços.

– Vai-te habituando... – Gozou ele.

– Pervertido... – Deixei escapar baixo, furiosa.

Por momentos achei que devia dar razão ao meu pai e voltar para casa, mas rapidamente sacudi esse pensamento da minha cabeça e concentrei-me em tapar o meu corpo, mesmo estando vestida...

Quando o comboio parou, podia ver um grande edifício ao longe com uma grande legenda no portão.

– Fairy Tail... – Li em voz alta, apreciando a beleza do edifício.

Tentei juntar-me ao rapaz do cabelo cor de rosa, mas ele já tinha desaparecido do comboio. Boa... Perdi a chance de ter alguém conhecido a guiar-me.

Depois de percorrer a consideravelmente grande distância entre a estação de comboios e o edifício do colégio, entrei pelos grandes portões do mesmo e vi a quantidade de gente que se encontrava por todo o lado.

Colégio Fairy TailOnde histórias criam vida. Descubra agora