Colégio Fairy Tail

Capítulo 30 - Um pesadelo

Estava numa sala escura, e havia apenas uma porta castanha e de madeira.

– Michelle? – Chamei enquanto a procurava pela sala.

As minhas mãos estavam mais pequenas que o normal, e sentia-me demasiado baixa, mas continuei a procurar a Michelle.

Alguém bateu na porta castanha, e segundos depois, a mesma abriu-se.

– Papá? – Analisei bem quem se erguia ali.

– Lucy... A tua mãe... – Disse ele, escondendo a cara com uma das mãos.

– Não! – Gritei, aflita.

Outra vez não! Não queria ouvir aquelas palavras outra vez!

O meu pai desapareceu e fiquei encolhida no chão, a chorar.

– Irmã Lucy? – Ouvi uma voz chamar.

Levantei a cabeça e a Michelle estava ali, a olhar para mim.

– Eu quero a minha mamã. – Murmurei entre soluços.

– Lamento... – Disse ela, desaparecendo como por magia.

– Michelle, não vás tu também! – Chamei, começando a correr à procura dela.

Corria sem saber para onde ia, mas um pouco depois, uma imagem da minha mãe apareceu à minha frente.

– Mamã? – Disse enquanto mais lágrimas caíam dos meus olhos.

Tentei tocar naquela pessoa que era igualzinha à minha mãe, mas pouco antes de a alcançar, a mesma desapareceu.

– Não... – Murmurei.

– Não! – Gritei, saltando na cama com o braço esticado enquanto tentava alcançar a minha mãe. Mas tudo tinha desaparecido.

O quarto escuro, a minha mãe... Tinha sido apenas um sonho.

Sentia as minhas bochechas molhadas. A parte das lágrimas tinha sido real, aparentemente...

– Hey, o que se passa? – Perguntou o Natsu, levantando-se da cama logo a seguir e sentando-se comigo, ficando assim à minha beira.

– A minha mãe... – Tentei falar, mas o meu choro tomou conta de mim.

Escondi a cara entre os lençóis e o Natsu puxou-me para si, encostando-me ao seu peito nu e acariciando-me enquanto me agarrava fortemente.

– Calma... Já passou, foi só um sonho. – Ele ía dizendo enquanto limpava as minhas lágrimas.

– A minha irmã tinha-me deixado... – Contei-lhe enquanto me tentava acalmar.

– Tens uma irmã? – Perguntou ele, surpreso.

– É apenas uma boneca, mas quando era criança, era como se fosse a minha irmãzinha... – Expliquei-lhe enquanto limpava os olhos.

– Hmm... Mas não te preocupes, foi só um sonho. – Disse ele, beijando a minha cabeça.

Notava-se que ele não sabia bem o que me dizer ou fazer, mas gostei da sua atitude, por isso deitamo-nos e continuei nos seus braços.

O seu peito nu ainda estava molhado por causa das minhas lágrimas, mas a única coisa que fiz foi aprofundar a minha cabeça junto ao seu pescoço. Ele cheirava tão bem...

Casa, 11h35...

Acordei com o Sol a bater-me na cara e ao início tapei a cabeça com a almofada, mas depois vi que o Natsu não estava na cama.