Capítulo 27 - Mais um conflito?

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Acordei com uma luz forte a bater na minha cara e um barulho infernal. O meu despertador...

A minha cabeça doía como sei lá o quê. Então era a isto que chamavam de ressaca?

Levantei-me a custo e fui tomar um banho para ver se as dores passavam, e acho que de certa forma aliviaram. Depois de me pôr pronta, saí de casa e em vinte minutos a pé cheguei ao colégio, quando o meu telemóvel vibrou no meu bolso.

Uma mensagem do Sting?

Abri-a e li-a para mim.

"Hoje não vou ao colégio. Beijinhos.", dizia.

O quê? Porque é que ele não vinha ao colégio? Estará doente? E por que é que me tinha mandado mensagem a mim? Fiquei preocupada e preparava-me para lhe ligar, mas fui interrompida pelo toque de entrada para as aulas. Lá vamos nós...

O dia começava com aula com o Macao, e de seguida com o Reedus. Depois, durante a tarde, teríamos aula de físico-química com a Bisca. Eu gostava dela!

Passados alguns minutos sentada a ouvir o Reedus falar, comecei a estranhar o facto de ainda não ter levado com uma bola de papel na cabeça ou algo do género, e a sala estava mais calma do que nunca.

Olhei para trás e o Natsu não estava atrás de mim, no seu lugar, nem em outro lugar da sala. O Natsu também estava a faltar? Algo nisso deixa-me com um mau pressentimento...

Quase não tive tempo de finalizar os meus pensamentos, porque alguém abriu a porta bruscamente e assustei-me, saltando na cadeira. O rosado tinha entrado na sala como um furacão e pude ver que as suas mãos estavam vermelhas de sangue, e golpeadas, com cortes. A sua camisa tinha sido vestida à pressa, e portanto não estava nada arranjada, ao contrário dos outros dias.

O rapaz lançou-me um olhar furioso e fiquei confusa com aquela reação. Mas afinal qual era o problema dele? Num dia abraça-me, e no outro mata-me com o olhar? Eu preciso mesmo de ter paciência...

Mas não conseguia ignorar o facto de o Sting também estar a faltar, e as mãos do Natsu estarem golpeadas. Era demasiada coincidência... Será que eles tinham lutado outra vez? Tudo indicava que sim...

– Acorda. – Rosnou o Natsu para mim.

Olhei para trás e os seus olhos eram selvagens, o seu cabelo estava um pouco despenteado, e as suas mãos estavam cada vez mais vermelhas de sangue. Não sabia exatamente o que dizer. Não sabia mesmo, por isso fui direta ao que mais me intrigava.

– O que é que se passou? – Perguntei a medo.

– Nada... – Bufou ele. Claro. Claro que não se passou nada, e eu sou o Pai Natal.

– Achas mesmo que eu acredito nisso? – Perguntei.

– Mete-te na tua vida... – Disse o rosado enquanto desviava o olhar para sei lá onde. Não me esforcei para descobrir.

Pousei os meus braços sobre a minha secretária e deitei a minha cabeça sobre os mesmos.

– Bolas... Que dores... – Deixei escapar baixo por causa das dores de cabeça da ressaca, enquanto rabiscava no caderno e fazia assim um desenho estranho.

Colégio, hora de almoço, 12h40...

– Já te disse para me dares isso! – Rosnei ao Gray enquanto  ele me tentava tirar o meu garfo.

– Vocês vão-se magoar... – Suspirou a Erza enquanto enchia o seu copo com água e dava um gole.

– Essa água é das canecas? Toda a gente cospe para elas. – Disse o Gray enquanto brincava com o meu garfo como se fosse um avião e gozava comigo.

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