Capítulo 38 - O melhor Natal de sempre!

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Já eram 19h45 e estava a correr pelo quarto fora enquanto ajudava o Natsu a fazer o nó da gravata.

– O meu pai detesta quando chegamos atrasados ao jantar! Temos que estar lá embaixo às 20h00 em ponto! – Guinchei enquanto corria pelo quarto enrolada na toalha de banho.

– Calma, se chegarmos cinco minutos atrasados não tem mal... – Disse ele num tom de voz descontraído, encostando-me ao móvel mais próximo enquanto me beijava. As suas mãos levantaram um pouco a minha toalha e foram até cima da minha cocha.

– Não, nem penses nisso. Temos que nos despachar e ponto final. – Afastei-o de mim.

– Só cinco minutos aqui... – Lamentou ele enquanto me beijava o pescoço.

– Não... – Tentava resistir-lhe. Ele sabe bem como me deixar perdida nele...

O rosado sentou-me em cima do móvel e colocou-se entre as minhas pernas.

– Nem penses nisso! Depois do jantar, recompenso-te. – Beijei o seu pescoço e mordi a sua orelha. Ele esquecesse de que eu também sei como deixá-lo perdido...

– Não me vou esquecer. – Informou ele, retirando as suas mãos de dentro da minha toalha. Vesti rapidamente o meu vestido cor de rosa claro, o que deixou o Natsu colado ao meu corpo. De facto, aquele vestido deixava-me mesmo irresistível.

– Para de olhar assim para mim e vê se está tudo pronto! Eu sabia que não devíamos ter perdido tanto tempo no banho... – Lamentei-me enquanto punha alguma maquilhagem.

– Até parece que não gostaste! – Gozou ele, o que me fez corar.

– Vá, podemos ir. – Peguei no meu telemóvel e coloquei-o na minha bolsa.

Descemos as mil e uma escadas a um ritmo acelerado e conseguimos chegar cinco minutos mais cedo ao jantar.

– Estás a ver? Podíamos ter ficado aqueles cinco minutos lá em cima. – Resmungou ele.

– Para quê ter cinco minutos quando podes ter a noite inteira? – Disse-lhe num tom perverso, o que fez os seus olhos brilharem.

– Boa noite. – Sorri ao meu pai assim que ele entrou na sala. O homem preparava-se para me dizer qualquer coisa, mas a Virgem apareceu no preciso momento.

– Peço desculpa, meu senhor. Mas parece que temos mais convidados. – Disse ela com um pequeno sorriso. Tinha mudado duas vezes de expressão no mesmo dia? Wow... Mas quem seriam os tais convidados?

– Surpresa! – Gritaram várias vozes ao mesmo tempo, o que me assustou.

Surgiram então, na sala, todos os meus amigos: a Erza, o Gray, o Gajeel, o Jellal, a Wendy, a Levy, o Gray, o Sting, o Rogue... Toda a minha turma, incluído a Yukino, tinham aparecido!

– Mas o que raio fazem aqui? – Perguntei ao ver a cara estranha do meu pai.

– Bem, nós recebemos um convite para virmos cá... – O Gray disse. Tive vontade de espancar o Natsu naquele momento...

– Pai, eu... – Virei-me para ele, para me tentar explicar, mas fui interrompida.

– Deixa estar... – Disse ele num tom sério, caminhando para a mesa. Tentei ir atrás dele, mas um monte de pessoas atirou-se a mim e mal consegui respirar.

– Obrigada a todos! – Agradeci com lágrimas nos cantos dos olhos, mas as mesmas rapidamente foram secas pela Erza.

– Belo vestido! – Olhei para ela. Era um tecido simples, mas lindo. Um amarelo torrado impressionante!

Acho que todos tinham dado o seu melhor para virem vestidos a rigor. Até o Gajeel estava a usar fato e gravata!

– Adoro-vos tanto! – Guinchei. Este seria o melhor Natal de sempre!

Todos se sentaram à mesa e pensei que o meu pai fosse ficar a olhar para mim o jantar inteiro, mas não. Ele falou com alguns dos rapazes sobre negócios, principalmente com o Rogue (acho que ele gostava dessa área). Acho que, honestamente, estava a ser um jantar divertido para todos. Até as criadas estavam a comer connosco à mesa, coisa que nunca tinha acontecido.

E adivinhem quem é que chegou mais tarde? A Aquário! A vinda dela deixou o meu pai muito feliz. Afinal, ela era uma grande amiga da minha mãe.

O jantar estava animado, e a meia noite chegou num abrir e fechar de olhos. Nesse momento, todos os rapazes desapareceram com a Virgem e voltaram alguns minutos depois vestidos de Pais Natais. Foi uma atuação hilariante! Dançaram umas coisas estranhas, e foi a primeira vez que vi o meu pai rir. Aliás, era a primeira vez que me sentia feliz com o meu pai. Fairy Tail tinha sido o melhor castigo da minha vida...

Vês, mãe? Afinal, a minha relação com o pai até pode ter um futuro.

E a minha relação com o Natsu também podia ter um futuro. Era o melhor rapaz que podia estar comigo...

– Certo, queria dizer-vos algumas coisas. – O meu pai levantou-se do sofá.

– Queria agradecer-vos por terem tornado a vida da minha filha mais feliz, uma vez que eu não fui capaz de o fazer. Esta foi sem dúvida uma das melhores noites da minha vida, por isso a única coisa que posso dizer é obrigado. – Continuou ele.

– E, principalmente... Obrigado a ti, Natsu. – Ele concluiu o seu pequeno discurso, dando um sorriso ao rosado.

– Obrigada, pai. – Abracei-o sem me dar conta de o ter feito.

– Bem, vocês podem ficar aqui esta noite. Ou melhor, por que não ficam aqui alguns dias? Posso pedir às criadas para vos comprarem algumas roupas, uma vez que não trouxeram nada convosco. – Sugeriu o meu pai. Não o estava a reconhecer! De todo!

– Muito obrigada pela sua hospitalidade. – Agradeceu a Erza com um sorriso.

Todos nos despedimos e os casais foram para os seus quartos. O Natsu abriu a porta do meu, e assim que entrámos tranquei a mesma, encostando-o contra nesta.

– Onde é que nós íamos? – Perguntei com os meus lábios perto dos dele.

– Eu estava a apreciar esse teu corpo irresistível, com o vestido, mas depois fomos jantar... – Disse ele enquanto as suas mãos deslizavam até à minha cintura.

– Oh, sim. Bem, e que tal irmos... – Continuei a conversa, mas o rosado leu os meus pensamentos e conduziu-me até à cama.

Continuámos os nossos beijos enquanto as nossas roupas caíam no chão. Eu e o menino do cachecol. Quem diria, não?

A minha vida tinha mudado por completo. Tudo graças ao rapaz do cabelo cor de rosa. Obrigada, Natsu.

E obrigada, Fairy Tail!

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