Capítulo 18 - O grande dia! Parabéns, Fairy Tail!

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Corri pelos grandes corredores do colégio enquanto ia contra várias pessoas.

Era estranho. Hoje ninguém usava o uniforme, porque como o colégio fazia anos e os alunos iriam andar em grande correria, os uniformes eram dispensados.

Assim, vestia uma saia azul, com uma camisa branca, umas botas negras e o meu habitual laçarote no lado direito.

Enquanto estava preocupada em pedir desculpa às pessoas por ir sempre contra elas, acabei por chocar mesmo em cheio contra um rapaz.

– Cuidado, loirinha. – Queixou-se o Natsu enquanto me afastava do seu peito. Ele vestia um casaco em que um dos lados não tinha manga, umas calças esquisitas num tom beje claro, e calçava umas sandálias petas.

Era um conjunto estranho, mas sendo honesta, ficava-lhe lindamente. No entanto, ainda assim era estranho vê-lo sem uniforme.

– Wow. Estás mesmo... Gira... – O mesmo comentou enquanto me olhava de cima a baixo, de queixo caído.

– H-Hey! Para com isso. – Disse corada enquanto me tapava com as mãos. Parecia exatamente a cena do comboio, quando o conheci. A primeira vez que nos encontrámos, ele também me analisou de cima a baixo.

– Onde estão os outros? – Perguntei-lhe, na esperança de o fazer parar de olhar.

– Ah, sim. Vem comigo. – Disse ele, agarrando-me pela mão e fazendo-me corar ainda mais.

Não conseguia perceber porquê, mas tudo era mais intenso com o Natsu. Os beijos, as conversas, os olhares... Até simples toques, ou dar as mãos... Tudo isso era definitivamente intenso, e deixava-me completamente desorientada. Toda essa mesma intensidade e desorientação eram claramente reflectidas nas minhas bochechas vermelhas...

Depois de outra corrida, entrámos no Salão de Festas e deixei o meu queixo cair: o chão tinha desaparecido, tapado por roupas e acessórios estranhos, havia alunos por toda a parte, e ouviam-se vários gritinhos eufóricos.

O Natsu continuou o seu trajeto até ao palco, sem me largar.

Um rapaz dos mais novos passou à minha frente a correr e acabei por acidentalmente largar a mão do Natsu, perdendo-me dele. Outra pessoa qualquer foi contra mim e bati com a cabeça sei lá onde, o que me fez guinchar com dores: ainda não estava bem da pancada com o peso, e mais uma no mesmo sítio não ajudava nada...

– Oh, desculpa. – O rapaz que tinha vindo contra mim pediu apressadamente, desaparecendo por entre a multidão no mesmo instante.

– Lucy! – Ouvi o Natsu chamar enquanto aparecia por entre as pessoas.

– Bati outra vez com a cabeça. – Informei-o irritada enquanto massajava a cabeça.

– Oh, estás bem? – Perguntou ele, aproximando-se de mim.

– Claro. Estou no país das maravilhas... – a Resmunguei enquanto me tentava equilibrar. Estava um pouco tonta...

– Pois... Vamos andando. – Disse ele, basicamente ignorando o meu sarcasmo...

Chegámos ao palco e a Cana levou-me de imediato para o camarim das raparigas.

– Fiz algumas alterações ao teu vestido. – Disse ela, abrindo a porta. A minha única reação assim que vi o vestido foi deixar cair o queixo.

– Algumas alterações? – Repeti enquanto mexia no vestido. Parecia um vestido completamente diferente do outro que tinha experimentado.

– Mas não gostas? – Perguntou a Cana, nervosa, o que me fez sorrir.

– Adoro! – Festejei enquanto a abraçava.

– Posso entrar ou há alguém nu? – Ouvi uma voz perguntar, o que me fez rir. O Sting entrou no camarim com um grande sorriso e veio até mim, trocando assim um beijo longo e caloroso. Entretanto, a Cana deixou-nos a sós, e confesso que queria ficar assim com o Sting para sempre, mas obviamente não podíamos.

– Eu amo-te. – Disse ele entre um beijo.

– E eu a ti. – Retruquei enquanto massajava o seu lindo rosto.

– Lucy, vamos começar os ensaios. –'Ouvi a Levy chamar por mim.

– Não vás... – O Sting pediu baixinho.

– Oh, mas eu tenho que ir. – Disse enquanto ele me encostava à parede.

– Diz que já vais. Fica só mais um bocado... – Pediu ele enquanto mexia no meu cabelo.

– Eu tenho mesmo que ir. – Disse, afastando-o mesmo contra a minha vontade.

– Depois continuamos. – Informei-o enquanto me ria.

Abandonei o camarim e já todos estavam à minha espera. Que vergonha...

– Desculpem. – Pedi, virando-me para a Erza. Ela usava uma camisa branca com folhos e com um laço azul, com uma saia também azul mas num tom mais escuro, e umas botas que eu podia jurar que eram iguais às minhas.

O Gray usava uma camisa branca e umas calças azuis escuras, nada de especial. Já a Mira Jane estava vestida de coelhinha e cantava uma canção estúpida e sem sentido nenhum com o Elfman, o que fazia toda a gente rir. Fui para trás das cortinas com o Natsu, que era onde eu começava a peça, e iniciámos o ensaio.

Disse as minhas falas enquanto subia para a escadaria e tentava ignorar as minhas dores de cabeça horríveis.

– Quem és tu? És bem bonita. – Disse o Natsu, quase sem olhar para os papéis. Ele já sabia quase tudo de cor, o que me surpreendeu bastante.

– Sou uma raposa. – Respondeu a Erza enquanto gatinhava pelo palco.

Depois do diálogo entre aqueles dois, desci a escadaria e sentei-me ao piano. Como as músicas que tinha que tocar quase nem sequer tinham um minuto de duração, eu já as tinha memorizado. Eram bastante simples.

Os ensaios estavam a correr muito bem e sentia que a festa ia ser demais. Um sucesso! Depois de alguns ensaios, fui ajudar algumas pessoas a acabar alguns cenários e também a arranjar fatos.

Depois de tudo isso, fui mais uma vez ao camarim das raparigas contemplar o meu vestido lindo. Estava ansiosa por o usar.

Abaixei-me à frente do manequim que tinha a honra de o vestir e vi cada detalhe novo que a Cana lhe tinha acrescentado. Estavam bestial!

– Bu! – Sussurrou alguém ao meu ouvido, agarrando-me pela cintura.

A mesma pessoa encostou-me à parede e beijou-me docemente.

– Sting... – Disse entre beijos ao ver o cabelo loiro dele. A sua mão entrou dentro da minha camisa e ele beijou o meu pescoço. Senti os seus lábios descerem até ao meu peito e arrepeie-me.

– Hey, Sting... – Tentei afastá-lo daquela zona, mas com a mão que estava dentro da minha camisa ele apertou-me mais contra a parede e encostou-se o mais possível a mim, deixando-me sem me conseguir mexer.

– Eu amo-te. Sabes disso, não sabes? – Perguntou ele, aproximando o seu rosto do meu.

– Claro que sei. – Disse, beijando-o.

O loiro agarrou o meu rosto com as suas mãos e lembrei-me de quando tinha beijado o Natsu. Ele tinha feito exatamente a mesma coisa que ele...

Cortei aquele beijo e analisei bem o rosto de quem tinha beijado. De facto, não era o rosado, mas tinha agora um loiro a olhar para mim surpreendido.

– O que se passa? – Perguntou ele.

– Nada... – Menti, continuando assim aquele momento.

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