Capítulo 7 - Discussão

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Depois da aula cansativa e de um banho relaxante, sequei o máximo possível o meu cabelo com a toalha (porque o colégio não tem secadores nem tomadas para ligar-mos os nossos, se tiver-mos) e saí do balneário com as meninas. Quase ao mesmo tempo saíram o Rogue e o Sting.

Parecia que o loiro ia falar comigo, mas eu apenas passei por ele e ignorei-o.

– Bolas... – Ouvi-o rosnar para o Rogue, mas não me importei. Ele é que tinha culpa por estar-mos situação! Se ele fosse menos ciumento, nada disto estaria a acontecer...

Andamos mais um bocado e sentamo-nos na habitual mesa onde costumávamos ficar.

Apesar de este ser apenas o meu segundo dia de aulas, já tinha reparado que cada turma tinha uma espécie de ritual em relação às mesas do bar. Cada uma das turmas sentava-se sempre na mesma mesa, tal como a nossa. Era engraçado, e tornava cada mesa um espaço mais calmo, descontraído e familiar.

– Tu e o Sting chatearam-se? – A Erza perguntou-me, visto que só estavam meninas na mesa.

– Sim... – Confirmei as suas suspeitas, relembrando o quão estúpido ele tinha sido há algumas horas atrás e que consequentemente fez um fio de raiva percorrer o meu corpo.

– O que se passou? – Quis saber ela.

– Nada... Ele apenas é um grande idiota ciumento, por isso tratou-me mal e agora quer estar comigo como se nada tivesse acontecido! – Quase berrei, batendo com a mão em cima da mesa.

Sentia uma enorme vontade de continuar a bater na madeira para soltar toda a minha raiva, mas senti logo a seguir uma dor na mão por causa da pancada.

– Wow... Eu sei que não sou uma pessoa de quem gostes, mas não fales de mim assim! – Ouvi alguém gozar.

– Natsu... Sinceramente, não estou com paciência para as tuas coisas. – Tentei conter a vontade que tinha de o espancar.

– Hmm... Ok. – Ele acabou por dizer. Acho que tinha deixado bem claro que não estava para brincadeiras.

– Mas por que é que ele te tratou mal? – Quis saber a Erza num tom preocupado.

– Eu disse-lhe quem era o Natsu, e ele já queria começar a arranjar problemas por o coitado do rapaz estar a olhar para mim. Achas isto normal? – Disse baixo.

– Wow... Ele é demasiado conflituoso. Experimenta falar com ele. – Sugeriu ela.

– Para quê? Para ele ter ainda mais vontade de arranjar confusão? Acho melhor não... – Respondi-lhe, encostando-me às costas da cadeira. Ela limitou-se a encolher os ombros e ficou a olhar para mim.

Duas horas depois...

Depois de uma eternidade a ouvir o Happy a falar sobre peixe durante toda a aula, a minha irritação tinha aumentado e encontrava-me num estado em que era capaz de partir uma caneta se me dirigirem a palavra... Era por isto que tentava ao máximo não me irritar. Porque depois, quando tal acontecia, conseguia ser pior que a Erza...

Sentei-me com a mesma e com o resto do pessoal à mesa sem dizer uma única palavra.

– Lucy... Não me mates por te perguntar, mas precisas de alguma coisa? – O Gray perguntou meio medo.

A minha irritação de nível cem por cento foi substituída por vontade incontrolável de rir: a cara do coitado estava de facto completamente assustada, e era demasiado cómico!

Depois de minutos a rir sem parar e com lágrimas nos cantos dos olhos, consegui dar-lhe uma resposta.

– Desculpa... Mas estavas com uma cara demasiado emgraçada. Não, não preciso de nada, mas obrigada na mesma. – Disse-lhe com um sorriso enquanto limpava os olhos.

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