Capítulo 26 - A minha primeira bebedeira

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Depois de estar horas com a Erza ao telefone, ela acabou por me convencer a ir a uma tal festa que ia haver no casino. Ia só o pessoal mais próximo. Ou seja, eu, ela, o rosado, o cuequinhas, o metaleiro, a baixinha, a mais nova, a outra azulada da terceira pessoa, e o rapaz da tatuagem na cara.

– O que raio vou vestir? – Pensei enquanto tentava atirar pipocas ao ar e apanhá-las com a boca.

Procurei uma roupa bonita, mas confesso que não estava com paciência para me arranjar muito, por isso acabei por vestir uma saia beje com uma camisola vermelha de alças e as minhas botas negras, mas desta vez ia deixar o cabelo solto.

Voltei para o sofá e continuei a tentar apanhar as pipocas com a boca, até que alguém bateu à porta como se fosse o fim do mundo.

– Já vai! – Berrei enquanto apanhava a pipoca que tinha deixado cair ao chão. Abri a porta e encontrei uma Erza com um top branco e uma saia azul que a deixava deslumbrante!

– Quem és tu? – Brinquei com ela. De facto, parecia outra pessoa.

– Vamos? – Perguntou ela enquanto mexia no seus cabelo. Depois de uma caminhada até ao casino agitado, comecei finalmente a reconhecer algumas caras.

– Elá! As gatas chegaram! – Disse o Gray enquanto pousava as pernas em cima da mesa, depois de se sentar. A Erza desapareceu com o Jellal e foi um bocado constrangedor ficar sozinha com o stripper. Mas para minha salvação, o Gajeel, a Wendy e a Levy aparceram pouco tempo depois e começámos a falar sobre várias coisas.

– A loirinha aqui? Pensava que estavas a estudar ou a fazer qualquer coisa de nerd... – Gozou o Natsu assim que chegou.

– Cala-te. – Cuspi enquanto via o Gray beber uma cerveja. Aquilo era bom? Parecia ser, pois ele já ia na segunda, e o Natsu juntou-se rapidamente a ele.

O meu pai nunca me deixou experimentar nenhuma bebida quando era mais nova. Nunca tinha bebido nem sequer um gole na minha vida, e a curiosidade estava a matar-me.

– Queres? – Ofereceu o Gray, mas senti que se aceitasse estaria a cometer o maior erro da minha vida.

– Não, obrigada. – Acabei por dizer a custo.

Acho que toda a gente menos eu e a Wendy já tinha bebido pelo menos uma cerveja esta noite, e sentia-me excluída do grupo.

– Oh, esqueci-me completamente das horas! Tenho que ir, meninos. Beijinhos! – Guinchou a Wendy, saindo a correr pela esplanada fora. Como ela era mais nova, os pais deviam ficar preocupados se ela chegasse tarde a casa...

Algumas pessoas como a Juvia, o metaleiro e a baixinha foram-se embora mais cedo porque tinham de tratar de algumas coisas, fossem elas quais fossem, ficando assim só eu, o Natsu, o Gray, e a Erza e o Jellal, que entretanto tinham aparecido do nada.

– Lucy, já alguma vez bebeste? – Perguntou a Erza, enrolada nos braços do tatuado e com uma garrafa da qual ambos bebiam.

– N-Não... – Confessei enquanto as minhas bochechas queimavam.

– Por que não experimentas? Mas vai com calma. – Disse ela, chamando o empregado.

– Oh, ela ainda se põe para aí a vomitar... – Gozou o Natsu. Acho que o rosado já não estava na sua perfeita consciência...

– Realmente, és mesmo a coisa mais estúpida do mundo... – Ataquei-o irritada, ao qual ele respondeu com uma risada perversa. De facto, ele já tinha bebido bastante, assim como o Gray.

– Nós somos os maiores! – Berrou o mesmo do nada, assustando-me.

– Certo. Para ele fechou a loja. – Anunciou a Erza depois de beber um gole de uma bebida transparente.

O mesmo empregado que a Erza tinha chamado ao bocado apareceu com uma bebida igual à dela e o Natsu começou a rir assim que toquei na garrafa.

– Queres parar? – Levantei-me do meu lugar, já com vontade de lhe bater.

– Aposto que depois de dares o primeiro gole começas a vomitar. –!Desafiou ele, o que me deixou alterada. Ambos sabemos que o álcool não funciona assim...

Agarrei na garrafa e abri-a bruscamente, bebendo de rajada vários goles daquilo. Era estranho. Deixava a minha garganta quente e ao início o sabor não era o melhor, mas até que era agradável.

Pousei a garrafa bruscamente em cima da mesa e dirigi-me ao Natsu.

– Para ti chega? – Rosnei enquanto olhava para ele, irritada.

Toda a diversão e gozo que haviam no seu rosto há alguns segundos atrás tinham sido substituídos por irritação, e ele parecia chateado. Mau perdedor.

Sentei-me de novo no banco e encostei-me à parede enquanto bebia um pouco mais. Parecia que os meus problemas pessoais perdiam o valor que tinham. Ter acabado com o Sting parecia-me a coisa mais normal do mundo, os beijos do Natsu pareciam-me indiferentes, e interpretava tudo o que tinha que fazer com muita calma. A Erza começou a falar de coisas sem nexo e confesso que me ria só de olhar para ela.

A minha bebida estava quase no fim, e quando me preparava para beber mais um gole, alguém agarrou a minha garrafa.

– Acho que para ti já chega. – Disse o rosado, com uma expressão séria.

– Desculpa? Estou melhor do que nunca, e tu não tens nada que ver com aquilo que eu faço ou deixo de fazer. Agora deixa-me em paz. – Retruquei enquanto retirava a garrafa das mãos dele.

Rapidamente a minha bebida chegou ao fim, e a noite de copos também. Afinal, apanhar uma bebedeira era das melhores coisas que já tinha feito, principalmente quando tinha pessoal que me levasse a casa!

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