Capítulo 3 - Um rapaz bipolar...

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Depois de me recuperar daquele conflito com o Natsu, dirigi-me para a sala de aula assim que ouvi o toque de entrada.

Sentei-me na minha mesa e um homem gordo e com um chapéu estava a pintar um retrato muito bonito de uma mulher.

– Bom dia. Deves ser a aluna nova do colégio, Lucy Heartfilia. Então, estás a gostar do colégio? – O mesmo perguntou-me com uma expressão simpática.

– Sim. – Informei-o com um sorriso.

Ao que parecia, aquele homem gordo era o nosso professor de artes, Reedus.

A Erza entrou com a Juvia na sala e logo atrás vinham as outras raparigas.

– Lucy... – A representante de turma dirigiu-se a mim.

– Olha... Aquilo que o Natsu te disse ao bocado, ele não o fez por mal. Ele também já passou por muito, e pode não agir sempre da melhor maneira, mas no fundo ele é uma boa pessoa. – Confessou ela com um sorriso.

O Natsu também já passou por muito? O que é que isso queria dizer?

Se calhar tinha que ver com o cachecol que lhe tirei ao bocado? Ou então ele pintava o cabelo de rosa por causa do seu passado? Será que gostou se uma rapariga que também pintava o cabelo cor de rosa? Ou simplesmente é a sua cor favorita?

A minha cabeça estava cheia de perguntas sobre aquele rapaz tão vulgar e ao mesmo tempo tão misterioso.

O Gray entrou na sala e dirigiu-se para o seu lugar, que era na mesa ao lado da minha.

– Então? Tudo fixe? – Perguntou ele, com alguma preocupação no seu olhar. Provavelmente ele estava a referir-se à minha discussão com o Natsu...

– Claro! – Respondi com o melhor sorriso falso que encontrei. Como já disse, falar sobre a minha mãe custa-me muito, mas tentei enviar os meus pensamentos sobre ela para outro lugar distante.

– Certo. Meninos, sentem-se. – Disse calmamente o Reedus.

– Outra vez esta alminha como nosso professor? – Ouvi o rapaz dos piercings ripostar. Tinha-me esquecido do nome dele...

Depois de dez minutos à espera que todos se sentassem, o Reedus começou a aula.

– Meninos, tenho uma novidade para vos dar. – Começou ele, o que me deixou intrigada.

– Como já devem ter reparado, o vigésimo aniversário do colégio está quase a chegar. Por isso, eu e os outros professores já começámos a preparar o Salão de Festas para as apresentações que os alunos irão realizar. Fizemos um sorteio para ver o que cada turma iria fazer, e à vossa turma calhou representarem uma peça de teatro. Um romance, mais precisamente. – Informou o Reedus, o que me deixou maravilhada. Eu adoro romances!

– Agora, queiram seguir-me até ao Salão de Festas para escolher-mos os papéis que cada um irá representar. – Pediu o Reedus. Que papel é que iria eu fazer?

– Professor, qual é o romance que vamos interpretar? – Perguntei.

– Provavelmente será uma história inventada por nós. – Informou-me ele.

Fiquei maravilhada com a resposta. Eu adorava teatro!

Acho que ainda não vos tinha dito, mas eu adoro livros e teatros e essas coisas... E também adoro escrever!

Todos se levantaram e dirigimo-nos para o tal Salão de Festas. Pelo caminho, pude ver como o colégio era grande e bonito. Afinal, ainda não conhecia os cantos à casa...

Viramos num corredor e vi umas grandes portas entre-abertas. O Reedus entrou na divisão e verificou se a mesma estava vazia ou não. Logo de seguida, mandou-nos entrar.

Colégio Fairy TailOnde histórias criam vida. Descubra agora