Capítulo 21 - Depois de uma noite atribulada...

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Acordei com um barulho super irritante. Algo do género "pi, pi, pi...", e confeso que aquilo me assutou.

– Ela está a acordar? – Ouvi o Gray questionar.

O Gray? O quê?

– Está! Está mesmo! Vai chamar o médico. – Disse a Erza.

A Erza? A Erza e o Gray comigo, mal acordo?

Resolvi abrir os olhos e vi várias caras conhecidas à minha volta.

– Lucy! – Festejou a Levy. Ela estava a chorar?

Estava cheia de perguntas e queria saber o que raio se estava a passar aqui...

– Onde é que eu... – Tentei falar, mas um homem de cabelos laranjas apareceu.

– Então a menina Heartfilia já acordou? Vai ter que me dar muitas explicações para o que fez. – Disse o homem, sorrindo para a Erza.

– Lucy, este é o Guildarts, o pai da Cana. – Informou-me ela. O pai da Cana? E o que raio estou eu a fazer com o pai da Cana?!

– Então? Resolveste fechar a festa em grande, Lucy. – Disse ele.

– A festa? – Repeti, confusa.

Rapidamente me lembrei da festa da escola, da minha queda do baloiço, e do Natsu me ter garrado.

Exatamente. Onde estava o Natsu?

– O Natsu? – Quase saltei da cama.

– Calma, o teu namorado anda por aí. Acho que foi buscar água. – Respondeu o pai da Cana.

– O meu namorado é o Sting... Onde é que ele está? Ou melhor, onde é que eu estou? – Perguntei nervosa.

– Tem calma, Lucy. – Disse o Gray, com uma expressão séria.

O Guildarts puxou uma cadeira de escritório com rodas e sentou-me com as pernas viradas para as costas da mesma.

– O meu nome é Guildarts. – Disse ele.

– Eu já sei disso... – Retruquei enquanto tentava controlar a minha irritação.

A Erza suspirou. Provavelmente ela também já estava cansada daquela conversa estúpida.

– Lucy, se calhar não te lembras, mas depois da festa da escola, tu caíste do baloiço e o Natsu apanhou-te. – Começou ela a explicar. Assim que ela mencionou o Natsu, o Guildarts assobiou.

– Ai, esse rapaz... – O mesmo riu-se.

Começava a gostar do sentido de humor daquele homem, mas esta não era a melhor altura para isso...

– Depois, tu perdeste os sentidos, e por acaso o pai da Cana era o médico que estava de serviço no hospital mais próximo. A ambulância foi buscar-te à escola e nós viemos contigo. Agora, os pormenores técnicos são com o Guildarts. – Disse ela, sentando-se na ponta da cama onde eu estava.

O homem sorriu e rodou na cadeira de escritório, o que me fez rir.

– Como é que tu arranjaste isso? – Perguntou ele, apontando para a minha cabeça. Olhei para a minha testa e reparei que tinha uma ligadura à volta da cabeça.

O Guildarts pegou num palito que tinha no bolso e colocou-o na boca enquanto eu lhe explicava que tinha levado com um peso na cabeça, e que no dia seguinte tinha batido outra vez com a cabeça (quando um rapaz dos mais novos veio contra mim).

– E sentiste-te muitas vezes tonta, não foi? – Perguntou ele, como se já soubesse a minha resposta.

– Sim, especialmente quando me irritava. – Informei enquanto encostava a cabeça à almofada. A minha cabeça doía muito!

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