Capítulo 37 - Apresentações

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– Estou nervosa... — Disse baixo, o que fez o Natsu pousar a sua mão sobre a minha.

– Estás mais do que eu. Se ele gostar de mim, boa. Se não gostar, também não quero saber. Não é pela aprovação ou pelo dinheiro dele que estou contigo. Estou contigo porque gosto de ti, minha loirinha. – Encorajou-me o rosado, dando um beijinho na minha bochecha. Mesmo enjoado, ele conseguia ser um fofo...

– Tens razão. Obrigada. – Dei-lhe um sorriso forçado.

Estávamos num táxi que se dirigia a minha casa. Era dia de Natal, e nem sequer tinha dito ao meu pai que ia a casa.

– Já estamos quase a chegar! – Festejei assim que entrámos nos terrenos da minha família.

– Em dez minutos estamos lá. – Sorri para o rosado.

– Dez minutos? Então isto tudo já faz parte dos vossos terrenos? – O rosado questionou.

– Exatamente. – Sorri-lhe.

– Eu vou vomitar, senhor! Deixe-me sair daqui! – Berrou ele, inclinando-se para o assento do taxista. Já tinha esquecido completamente a parte dos terrenos.

– Acalma-te! Olha, quando chegarmos vais poder conhecer a Virgem! – Tentei acalma-lo.

– Oh, é verdade. Tu nunca me disseste quem ela é, mas até a dormir falas nela. – Disse o rosado com a sua cara de enjoo engraçada.

– Ela é uma das minhas criadas, mas sobretudo, é uma amiga minha. Tal como a Aquário. – Informei-o.

– Isso quer dizer que ela também é assim tão medonha? – Perguntou o Natsu, saltando do banco.

– Não, não. Ela é apenas muito séria, só isso. – Acalmei-o.

– A minha casa! – Exclamei ao ver o grande edifício.

– Aquilo é mais um castelo! – Comentou o Natsu. Parecia que o seu queixo ia pousar no chão.

Em pouco tempo, o taxista deixou-nos junto aos jardins em redor da casa, e apreciei a beleza dos mesmos. Pareciam ainda mais bonitos do que antes! Enquanto eu e o Natsu caminhávamos até à grande porta de entrada, olhei para o túmulo da minha mãe e um pouco de tristeza invadiu-me. Seria mais um Natal sem ela...

– Princesa? – Ouvi uma voz dizer. Só podia ser ela...

– Virgem! – Gritei, deixando as minhas malas caírem no chão. Corri até ela e abracei-a fortemente, e por incrível que pareça, ela também o fez. A sua habitual expressão séria ficou sorridente por alguns segundos.

– Tive tantas saudades tuas! – Guinchei.

– E eu suas, princesa. – Concordou ela, ainda com um sorriso no rosto.

– Virgem, este é o Natsu. – Aproximei-me do rosado e agarrei o seu braço.

– Olá, boneca. – Sorriu ele.

– Prazer. – A Virgem fez uma vénia.

– Não ligues a estas coisas... – Sussurrei ao Natsu.

– Princesa, é hora da punição? – Perguntou ela, de volta à sua expressão séria.

– Também não dês muita importância a estas coisas... – Sussurrei de novo ao Natsu, que por sua vez mostrava uma expressão estranha...

– Não, é hora de ir apresentar o Natsu ao meu pai. – Informei-a.

– Estão apaixonados? – Perguntou ela, o que nos fez corar aos dois.

– Sim, estamos. Ele é meu namorado. – O Natsu respondeu rapidamente. Ele ficava nervoso sempre que se falava nestas coisas.

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