Fachada

É que talvez eu ..

POV Ana Julia.

Eu não conseguia acreditar que David me fez aquela proposta, não, não tem lógica. Parece que ele só quer me ver sofrer, só quer o meu mal e eu não aguento mais isso, estou cansada de sofrer, estou cansada de ser humilhada, pisoteada como se eu não fosse ninguém, como se eu não tivesse ninguém ... Parece que eu nunca vou ser feliz, eu nunca consigo ser feliz e isso esta me matando aos poucos... Acordei cedo minha consulta ia ser oito horas da manhã e eu não queria atrasos, quando fui tomar banho quase vomitei no box, foi por muito pouco.. E como todas as vezes eu me senti fraca, muito fraca, me sentei na tampa da privada e respirei fundo.

- Vamos lá meu amor, ajuda a mamãe. Acariciei minha barriga.

- Ana Julia?. Levantei a cabeça e vi David na porta do banheiro.

- O que faz aqui?

- Você esta bem? Esta pálida.

- Estou. Suspirei.- Só estou um pouco zonza, mas logo passa.

- Vem, vou deitar você.

- Não precisa. Me levantei e senti tudo rodar e então não vi mais nada, só senti os braços de David me impedindo de encontrar o chão.

.....

Estava ouvindo um barulho constante, como se fosse um apito pra ser mais exata, abri meus olhos com dificuldade e a claridade incomodou meus olhos, me fazendo fechar de novo. Os abri novamente e passei meus olhos pelo quarto e deduzir que estava em um hospital.

- Que bom que acordou. Uma enfermeira entrou com uma bandeja na mão.- Como esta se sentindo?

- Fraca. Suspirei.

- É normal no seu estado.

- O que eu tenho?

- Logo a doutora vai vim falar com você. Esta sentindo alguma dor?

- Não. Neguei com a cabeça.

- Ótimo. Sorriu.- Se precisar de alguma coisa é só apertar o botão ai do lado que logo uma enfermeira vem te atender.

- Tudo bem. Mexi na cama.- Pode subir a cama um pouco?

- Claro.

Ela mexeu em uma especie de controle que fez a cama subir, ajeitou o travesseiro atrás de mim e saiu do quarto, me deixando sozinha.. Levei minha mão ate minha barriga e acariciei.

- Espero que você esteja bem meu amor.

A porta novamente se abriu e David entrou no quarto com um sorriso de canto.

- Como você esta?

- Se importa ?

- Não quero brigar. Ele se sentou ao meu lado e pegou em minha mão, puxei a mesma.

- Como meu filho esta?

- Nosso filho esta bem, logo a medica vem falar com você.

- Que bom. Comecei a acariciar minha barriga.

- Eu queria te pedir desculpa pela estupidez que eu disse ontem. Eu realmente falei sem pensar e acabei te machucando.

- Ainda bem que esta ciente disso.

- Mas eu realmente te peço desculpa. Ele colocou sua mão por cima da minha barriga. - Eu quero o melhor pra vocês dois.

- Sei..

Rolei os olhos e ele apenas suspirou, seu celular tocou o mesmo pediu licença e se retirou do quarto.

- Bom dia. Uma médica entrou no quarto.