Capítulo 42.

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POV David.

Meu filho com a Ana Julia tem me aproximado bastante dela, mas não sei o que mais me machuca, não estar com ela ou esse iceberg que ela construiu entre nos dois e pensar que tudo isso é culpa minha, que essa porra toda é culpa minha me da um ódio que não sei explicar.. Eu deveria ter corrido atrás, ter aproveitado as chances que eu tive, mas não, resolvi arriscar e continuar vivendo a vida que eu estava acostumado, isso só pode ser castigo .. Estacionei meu carro e desci do mesmo, ativando o alarme dele, fui entrando na clinica e fui direto para a sala do Robson que já me esperava.

- Beckham.

- Robson! . Apertei a mão dele.

Hoje a Dalila receberia alta e Robson disse que queria conversar comigo antes de libera-la.

- Sente-se por favor.

- obrigado. Me sentei.- O que precisa conversar comigo?

- O que eu tenho pra falar com você são duas coisas que não são diretamente ligados ao tratamento dela.

- Então o que seria.

- Dalila já me contou o que a levou a usar drogas e creio que não sabe.

- Não, eu não sei.

- Dalila me disse que a relação dela com os irmãos nunca foi uma das melhores, principalmente com você e que sempre foi acusada de matar a mãe e que assim foi durante toda a infância ate chegar na adolescência que foi aonde ela começou a usar drogas, beber.

- Aonde o senhor quer chegar?

- Dalila é uma mulher carente, que também já foi estuprada .

- Como?

- Ela tinha 18 anos. Robson suspirou e eu apertei meu punho.

Disso eu nunca soube, nem meus avos nunca chegaram a comentar comigo sobre tal ato. Dalila estuprada? Não, não pode ser.

..- Ela não contou pra ninguém! Resolveu guardar pra si e descontar toda sua raiva, vergonha, nojo nas bebidas, nas drogas! O que quero te pedir é que se aproxime de sua irmã, que passe a ter mais paciência com ela, que tire do seu dia um tempo para conversar com ela, porque ela sente falta disso.

- Sempre brigamos Robson, é algo que não da pra mudar.

- Da, se vocês quiserem da pra mudar sim e eu espero que o senhor faça isso.

- Eu vou tentar. Suspirei.

- Agradeço!

Robson sorriu e passou a mão no cabelo, em um sinal de nervosismos.

- E a outra coisa seria?

- Eu vi em sua irmã algo que jamais tinha visto em uma mulher. Ela é pura, ao mesmo tempo que é ousada, meiga e atirada, brava como uma tigresa, mas ao mesmo tempo doce! Ela é um tipo de mulher que te prende no olhar, que com um sorriso te faz apaixonar.

- Você esta apaixonado pela minha irmã? Sua paciente?

- Sei que pode parecer estanho ou doentio, ate porque ela e minha paciente. Ele suspirou.- Mas sim, eu estou apaixonado por ela.

- E ela? Ela também esta?

- Ela esta negando, esta lutando contra isso, mas sei que também sente algo, talvez não tão intenso como eu, mas sente.

- Esta me pedindo permissão, é isso?

- Talvez.

- Ela quem tem que querer algo com você, mas se isso fizer bem pra ela, por mim.

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