POV Dalila.
Eu não queria ir para clinica alguma, eu estava bem, me drogava por prazer, diversão, para fugir dos meus problemas, eu não me considero uma viciada, sou controlada e posso parar quando eu quiser ... Mas eu não tenho muita escolha, não tenho um tustão furado e não sei fazer nada para conseguir arrumar um emprego, então o jeito e ir para essa maldita clinica e pegar o que é meu de direito na herança da familia ... Ouvi uma bagunça lá embaixo e desci, então vi a minha cunhada e o meu irmão e o novo pirralho da familia, eu não tinha vocação nenhuma para ser mãe, odiava crianças, o choro, pirraça, fraldas, nem, não suporto! Ainda bem que estou indo para essa maldita clinica, assim não preciso ficar aqui, ouvindo os choros irritantes dessa criança maldita. Fui para o meu quarto e me sentei na cama, prendi meu cabelo com um coque e peguei o porta retrato que eu tinha com uma foto da mamãe. Ela estava grávida de mim e do bastardo, estava deitada em uma cama de hospital e mesmo pálida tinha um lindo sorriso no rosto, já que olhava o Daniel alisar a barriga dela! Essa foi a última foto que a mamãe tirou antes de morrer, por minha causa.. Meus olhos se encheram de lagrimas e eu abracei a foto contra o meu peito.. A porta se abriu e o David entrou.
- Vamos.
- Vamos. Limpei a lagrima rapidamente e me levantei.
- O que é isso? . Olhou para o porta retrato.
- Não é da sua conta.
Guardei o mesmo em uma das minhas malas e coloquei a alça de uma no ombro e fui arrastando a outra ... Descemos as escadas ate chegar na sala aonde todos estavam .
- Vamos Daniel.
- Vamos. Ele beijou a Roberta.- Não vai querer ver seu sobrinho Dalila?
- Não!
- Você quem sabe.
Passei por todos sem olhar para nenhum e fui em direção a porta, aonde achei o idiota do Bruno e a puta da Valesca.
- Ora, ora quem está aqui.
- Vai a merda garoto.
- Não sabia que você estava aqui priminha. Ela disse com ironia.
- Não sabia que você tinha que saber de alguma coisa Valesca.
- UI, a assassina esta brava. Bruno zombou.
- Procure mesmo um motivo pra mim quebrar os seus dentes Bruno! . David ameaçou.- Agora somem da frente.
Os dois abriram espaço e continuamos andando, fomos ate o carro e eu entrei atrás e os dois na frente .. Coloquei meus fones de ouvido e deitei a cabeça no banco, fui o caminho todo assim.
......
- Senhores Beckham, sejam bem vindos. O doutor apertou a mão dos meus irmãos..- Sentem-se por favor.
O doutor se sentou atrás de sua mesa e na frente sentou os meus irmãos, eu fiquei ao lado do Daniel, o fazendo ficar ao meio.
- Peço perdão por não ter comparecido ontem, mas é que tivemos um imprevisto!
- Não se preocupem. Ele sorriu.- A paciente será essa?
- É. Disse com desdém.
- E você pode me levar o que atrás aqui?
- Alem dos meus avós e dos idiotas aqui? Um carro. Ergui a sobrancelha e ele riu.
- Vejo que ela é um pouco nervosa. Sorriu .- Mas eu quero saber quais tipos de dependências químicas você tem?
- Todos os tipos, é isso que você quer saber né? Que tipo de drogas eu uso? Todos os tipos! Mas isso não me faz dependente, já que posso parar quando eu quiser.
- Isso é o que todos dizem. Ele disse anotando algo em seu computador.
- Ela vai ficar aqui quanto tempo mais ou menos?. Daniel perguntou.
- Vai depender muito de como ela vai reagir ao tratamento, mas no caso dela o tratamento sera mais longo, então pode ser alguns meses.
- Eu vou ficar presa aqui por meses?
- Tudo vai depender só de você.
- Ela terá um quarto só dela?
- Sim! A sua irmã também terá um acompanhamento constante, o que é preciso em casos como o dela.
- E visitas?. David perguntou.
- Como se você fosse visitar. Rolei os olhos.
- Bom, nas primeiras semanas não são permitidas visitas.
Os dois concordaram eu cruzei os braços e fiquei batendo o pé no chão já impaciente.. Os três começaram a conversar e assinar uns papeis lá.
- Não se preocupem, a irmã de vocês sairá outra daqui.
- Assim espero!. David disse apertando a mão dele. - Passarei na recepção para acertar tudo.
David saiu do sala e eu agradeci em voz alta por isso .. Daniel se despediu de mim me dando um beijo na testa e ficou só eu e o doutorzinho na sala.
- Vamos ou eu vou dormir aqui?. Ergui a sobrancelha.
- Vamos, vou leva-la ate o seu quarto.
Balancei os ombros e peguei minhas malas assim que me levantei, o mesmo passou por mim e abriu a porta, passei e ele veio logo atrás ... Fomos andando por um longo corredor que parecia ate corredor de hospital ate chegar em uma porta aonde ele abriu a mesma e me deu a visão de um quarto aonde tinha uma cama no meio, uma janela, um guarda roupa e uma mesinha e uma cadeira.
- Se você se esforçar, logo sairá daqui e poderá refazer sua vida.
- Talvez eu não queira refazer nada.
- Com o tempo você vai ver que isso não e verdade.
Ele sorriu e saiu do quarto, me deixando sozinha, deixei as malas no chão e fui ate a janela, olhando para o amplo jardim que tinha ao lado de fora.. Ate quando eu vou aguentar ficar presa nesse inferno? Ate quando?!
[....]
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Fachada
AléatoireAna Julia Beckman ou como é mais conhecida sra. Beckaman tem a vida que qualquer mulher de 20 anos gostaria de ter, rica, linda, desejada e tem o marido considerado o mais lindo da cidade, claro, essa seria a vida de qualquer gananciosa o que não é...