Capítulo 59

7.4K 645 9
                                    

POV David.

O caminho era longo e meu coração estava apertado, o medo de chegar lá e não vê-las me dominava, eu não podia perde-las, isso não! Robson roía as unhas ao meu lado enquanto batia os pés no chão, eu entendo o nervosismo dele, eu estava me sentindo assim, talvez ate mais nervoso .

- Não tem como ir mais rápido? É caso de vida ou morte!

- David, estou indo o mais rápido que posso, esta estrada é perigoso, o que vai adiantar se morrermos? Então fique calmo!

- Fácil falar. Bufei revirando os olhos.

Daniel se acomodou no banco e eu respirei fundo, só espero que tudo termine bem .. Minutos depois Bruno estacionou o carro em uma trilha de terra e descemos.

- É melhor irmos apé daqui, se realmente estiverem lá podem ouvir o barulho dos carros.

- Certo! Vocês ficam aqui.

Apontou para alguns policias e fomos andando em direção a casa .. A trilha era de terra e em suas laterais tinha apenas mato e algumas árvores.. Depois de alguns metros mandados localizamos a casa e tinha dois carros parados perto dela! A mesma era dois andares, branca e tinha algumas janelas, os policiais se espalharam em volta da casa.. Quando íamos entrar ouvimos um tiro.

- Ana.

Entrei correndo dentro da casa e a visão lá dentro me deixou aterrorizado, tinha alguns homens ensanguentados em volta de uma mesa e eu ouvi passos vindo lá de cima, subi correndo e fui em direção a porta que esta a aberta e quando entrei lá arregalei os olhos com a visão que eu tive .

POV Ana Julia.

Fui abrindo as portas de vagar enquanto tinha minhas mãos tremendo, meu coração batia rápido e minha respiração estava pesada .. Ouvi o chorinho da minha filha vindo de uma das portas, entrei rapidamente no quarto procurando minha filha e ouvi a porta sendo trancada, virei pra trás e a Valesca estava lá, rindo, com o celular na mão enquanto o som do choro da minha filha saía dele.

- Aonde está minha filha Valesca?

- A bastardinha?. Ela riu. - Talvez morta.

Todo meu corpo se arrepiou e meu coração parou, não, ela não teria feito isso .. Dalila começou a rir como aquelas loucas e eu dei um passo ora trás.

- Sabe que eu sempre me perguntei porque David escolheu você e não a mim?. Ela andava lentamente em minha direção. - Eu sou muito mais bonita, muito mais sexy e com certeza melhor na cama.

- Mas você não tem caráter e é louca! . Ela riu.

- E você esta com medo de mim, mesmo tendo duas armas em suas mãos!

- O que você quer Valesca?.

- A sua vida!. Ela apontou uma arma pra mim.- E eu vou te-la.

- Você acha que me matando David vai ficar com você? Sera que é tão burra assim?. Sorri sem humor.- David vai te odiar, vai te colocar na cadeia.

- Ele nunca saberá que tudo o que aconteceu foi culpa minha, nunca.
- Você é louca.

Joguei minhas armas no chão e ela olhou pro chão sorrindo.

- Vai desistir de lutar querida?

- Quer se esconder atrás de uma arma Valesca?

- Com arma ou sem arma eu acabo com você.

- Prove!

Valesca jogou a arma no chão e veio pra cima de mim .. Eu sabia que iria apanhar mais do que bater até porque não tenho jeito pra isso e ainda estava bastante fraca, mas eu juntaria toda a minha força pra pelo menos marcar a cara dessa vagabunda.. Antes de Valesca conseguir encostar em mim a agarrei pelo o cabelo e jogando pra longe de mim, fui pra cima dela e a mesma acertou um chute em minha barriga, fazendo assim com que eu caísse de costas no chão .. A mesma subiu em cima de mim e prendeu meus braços com os joelhos.

- Coitada, tão fraquinha.

Aceitei uma joelhada nas costas dela e a mesma gemeu, consegui tirar a mesma de cima de mim e lhe acertei com as unhas no rosto.

..- Sua vagabunda.

Ela pegou a arma e veio pra cima de mim, agarrei a mesma e começamos a lutar com a arma nas mãos e um disparo foi efetuado, me fazendo arregalar os olhos e então Valesca foi caindo lentamente ate esta totalmente desacordada no chão com um mancha de sangue que cobria quase todo o seu peitoral.. Joguei a arma no chão e dei um passo pra trás, encostando na parede!
Meu Deus eu a tinha matado, eu sou uma assassina, uma assassina!

Senti braços me envolverem e quando ia me debater pra me livrar aquela voz fez todo o meu corpo se acalmar:

- Eu estou aqui meu amor, vai ficar tudo bem!

Abracei David com o resto de forças que eu ainda tinha e comecei a chorar.

- Eu a matei amor, eu a matei!. Disse chorando.

- Você se defendeu meu amor, era você ou ela. Ele colocou suas mãos no meu rosto e eu gemi com o contato de seus dedos em minha pele. - Oh minha menina, isso tudo é culpa minha.

Eu não conseguia falar nada, apenas chorar e foi quando me lembrei.
- Vallentina, cadê a Vallentina?.

Ia correr em direção a porta quando vi Dalila segurando minha filha nos braços .. Corri ate elas e as abracei com toda minha força.

[.....]

FachadaOnde histórias criam vida. Descubra agora