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Alija.

Os meses voam e meu pai tem tido muitos problemas em londres, desde que tentou se aposentar só apareceu problemas o que pra mim é fantástico falta pouco mais de dois meses pros meus 18 tão sonhados anos e o bebê da Sarah e Lohan vai nascer perto do meu aniversário. Eu e Dean estamos cada vem mais próximos, mais unidos e sedentos um pelo outro.

—Voltei, agora sim consegui me aposentar de vez! — disse meu pai com o ar mais "Alegre"

—Ah, que bom!

—Quero que traiga sua amiga pra jantar...

—Ela não está na cidade, viajou agora a pouco.

—Que pena, quando ela volta?

—Não sei, ela tá cheia de coisas com o preparativo do casamento.

—Ela vai mesmo se casar?!

—Sim.

—Como está os preparativos pra faculdade?

—Indo bem!

Mentira nem me cocei pra isso, já tenho meu trabalho e além de estar ganhando bem, eu quero meu certificado de mecânica, e estou por um pouquinho disso. Me esforço muito e Kay não sabe, mas eu estudo muito quando estou em casa.

—Sábado darei uma festa, quero convidar os mais abastados da cidade, quase me esqueci que quero casar você, tenho que conhecer seus pretendentes.

—O quê?! —saltei. — Sabe em que século vivemos?

—Sei e por isso mesmo quero cuidar do seu futuro.

—Não quero me casar.

—Não vai morrer solteirona, e eu escolhendo a dedo com quem se casar consigo saber pra quem minha fortuna será destinada.

Eu queria mandar ele enfiar a fortuna no cu. Tentei ao máximo controlar minha raiva, lhe dei as costas para subir.

—Onde vai, não terminei de falar.

—Estou indisposta!

—Convide o noivo da sua amiga, quero ver quem é o cara com meus olhos.

—Sim. Papai.

Cheguei no meu quarto possessa, eu queria gritar de raiva de mim mesma por não me impor. Meu telefone toca eu o pego com raiva é Dean.

*Oi cherry...

—Dean, se eu quisesse fugir com você agora você iria comigo?

*Óbvio! — respondeu mais que ligeiro. Suspirei de alívio por saber que tenho alguém por mim. - Aconteceu alguma coisa?

—Meu pai vai dar uma festa no sábado e vai convidar gente rica da cidade pra escolher um pretendente pra mim.

*Tá doido ele sabe em que século estamos?

—Foi o que eu perguntei, aí que ódio Dean, eu queria ter forças pra confronta-lo.

*E por que não o faz?

—Porque as duas únicas vezes que eu fiz quase fiquei em coma de tanto que apanhei.

* Ele te bateu?! — saltou Dean.

—Na primeira vez ele me deu um tapa no rosto que me levou a um desmaio de tanta dor e a segunda ele me deu uma surra porque descobriu sobre os carros.

*Você vive um relacionamento abusivo Ali, tem que sair daí, eu vou ver algum lugar pra gente ficar escondido até você fazer maior idade, vou conversar com meus irmãos.

—Isso, faz isso, eu não preciso de nada a não ser você Dean.

*E eu de você Ali, vamos ser muito felizes nesta vida.

—Assim espero.

...

No outro dia na escola Dean me acalmou com seus beijos. Na sexta feira meu pai foi convidado pra jantar na casa daquele amigo dele, com o filho escroto. Amilton me deu um sorriso de escárnio. Estávamos jantando, eu não tirava os olhos do meu prato.

—Faria muito  gosto da união das nossas famílias-começou o Cara—Uma pena que sua filha esteja envolvida com o irmão da mecânica!

Estou morta.

—Ela o quê? — rosnou meu pai.

—Oops, você não sabia, me desculpe Hudson, como eles andam juntos em público achei que soubesse.

Isso me afunda mais fofoqueiro de merda.

—Alija não namora ninguém sem minha permissão, e faço gosto do casamento dos dois, podem começar a preparar o casório.

—O quê?! — saltei.

—Vai se casar com Arthur e vai ser uma esposa obediente, porque foi pra isso que a criei.

—Não pode fazer isso comigo.

—Posso e vou! — disse ele se levantando. — Pode ir pra casa, você tem exatos 15 minutos pra chegar em casa, vou conversar sobre os preparativos.

Eu chorava de raiva.

—Não pode fazer isso comigo!

—Posso e vou! — disse ele se levantando e eu achei que apanharia ali mesmo. — E se sumir no caminho pra casa vou com a polícia atrás de você.

Levantei meu queixo tremendo e saí porta a fora. Liguei pra Kay ao invés de Dean.

*Oi Ali...

—Kay, não aparece no sábado na tal festa do meu pai aquele Amilton deu com a língua nos dentes, o fofoqueiro do pai dele conseguiu o que queria, agora meu pai vai me obrigar a casar com o tal Arthur, não deixa o Dean vir atrás de mim até eu completar 18 anos, meu pai prometeu a polícia atrás de mim se eu sumisse, ainda sou propriedade dele...

*Você não é propriedade de ninguém Ali!

—Mas ele acha que sim, me promete que não vai deixar o Dean se arriscar agora, ele já é maior, pode ser preso...

*Vamos ver o que podemos fazer, não vamos te deixar pra trás, você já faz parte da nossa família!

—É tão bom saber disso, mas tenho medo.

*Em breve será uma Black, e os Black não deixam ninguém pra trás!

—Alija Black, eu gostei, quem sabe Dean um dia não me peça em casamento... Ele já me perguntou um dia se eu casaria com ele, eu me casaria com a família inteira, eu amo todos vocês.

* E nós a você!

—Vai ficar um tempo sem sua ajudante...

*Minha futura Mecânica, não vai demorar muito pra ganhar seu cargo na empresa.

—Obrigado Kay, quero ligar pro Dean antes de chegar em casa, tô correndo aqui.

*Se cuida Ali.

...

Depois de falar com Dean, eu não sabia o que fazer, mas comecei por excluir mensagens e o contato de todos eu tinha deixado o número da Kay anotado na agenda de uma forma que não desse a entender que era um telefone. Eu sabia o que estava por vir então tomei um remédio pra dormir. No dia seguinte acordei sem meu celular, computador, nada eletrônico.

—Ele quer que eu enlouqueça?!

Tinha uma bandeja com meu café no aparador ao lado da porta, tentei abrir e eu estava trancada, prisioneira do meu próprio quarto.

Coração MecânicoOnde histórias criam vida. Descubra agora