Kaylane Black é a melhor mecânica da oficina Black, deixada como herança por seus pais e levantada por seu irmão mais velho Lohan Black, que conseguiu manter seus irmãos unidos, Jean e Dean Black são os únicos que não guardam na lembrança a tragedia...
Idiota, eu sou uma idiota que não consegue resistir a um beijo, óbvio que estou atraída por ele, mas tenho medo que seja como foi com o Teco, perdi a virgindade com meu amigo, e ele encarnou em mim mesmo eu repetindo varias vezes que não sentia nada por ele além daquela amizade que pelos outros, ele é irmão mais velho do Tico, por isso o apelido Tico e Teco. Foi legal e tudo, transamos umas 3 vezes e ai o garoto encarnou, queria namorar e tudo mais, minha sorte é que ele foi pra faculdade este ano.
. . .
Estou na oficina arrumando uma camionete, e retirei a mangueira espirrando óleo queimado em mim, puta que pariu.
—O que é isso?—gritou Eros atrás de mim.—Vive suja, fedendo a graxa, nem parece uma mulher de verdade!
—Eu te disse que eu era assim. . .
—Você me enoja, olha suas mãos imundas, deveria ter vergonha!
—Eros?
Ele entrou no carro da minha mãe.
—Não Eros, desce dai, por favor desce?! —corri atrás do carro.—Não faz isso!
O carro bateu na traseira do outro carro arremessando ele pelo parabriza. Meu coração ficou a mil, desesperada.
—Não! Não! Não!
. . . Acordei com meu próprio grito, suando em bicas. Esfreguei o cabelo e Jean e Dean irromperam no meu quarto.
—Estamos aqui!—disse Jean.
—Foi só um sonho!—disse Dean se jogando em cima de mim.
—Eu. . .—minha voz saiu falha.—Estou bem, desta vez consegui acordar.
Jean acariciou meu rosto e me puxou pro seu colo enquanto Dean apertava minha mão e a beijava.
—Vão se deitar, eu estou bem!
—Posso ficar aqui com você se quiser?—ofereceu Dean.
—Não, eu vou tomar um banho e deito outra vez!
Os dois me beijaram as bochechas e foram pro quarto deles. Me levantei, olhei o despertador são 5:45 am.
—Fala sério!
Fui pro banheiro e abri o chuveiro no mais quente que meu corpo aguentava, eu precisava diminuir a tensão em meus músculos. Por que Eros? Por que tinha que ser ele? Que dor só de imaginar perde-lo. Teria sido mais fácil se eu não o tivesse conhecido aquele dia. No jantar eu o trataria como com o irmão dele e tudo estaria bem.
Sai do chuveiro e meu corpo estremeceu, coloquei uma regata velha, e um suéter de tricô marfim, que era do Lohan e eu catei pra mim, coloquei um short jeans, meias 3/4 e all star, desci as escadas pé por pé, peguei um cacho de uva e fui pro meu carro, o empurrei pra fora da garagem pra depois entrar e liga-lo. Fui direto pra oficina.
Quero ficar um pouco só antes de ir buscar Eros. Meu telefone tocou e revirei os olhos.
—Estou bem Lohan!
*Au, au droga, au.
—O quê ouve?
* Bati o mindinho na quina do sofá.—Choramingou.
Eu ri.
—Lohan eu quero ficar só, eu estou bem!
*Eu te conheço Kay, sei que não está. . .
—Foi diferente desta vez.
*Foi?
—Hurumm. . . eu consegui acordar sozinha, os meninos me ouviram e foram me acudir, mas eu consegui. . .
*Quê. . . bom, eu acho, sim Jean me ligou preocupado quando te ouviu sair.
—O sonho também mudou.-sussurrei.
*O que mudou?
—Não era a mamãe no carro. . .
*Quem era?—suspirei, eu não quero que ele saiba.—*Eros?
—Como sabe?
*Não. . . Não sei, eu chutei, onde você está?
—No lugar de sempre, não se preocupe, só vou soldar a lateral dos espelhos e depois vou buscar Eros quando ele acordar.
*Se cuida então e eu te amo, não esquece isso.
—Você não deixa eu esquecer!—Brinquei.—Te amo irmão!
Desliguei o telefone e liguei na rádio rock no meu escritório a todo pau. Preciso não pensar, comecei a cantar em voz alta pra limpar a mente. Liguei o soldador pra já ir aquecendo.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eros:
Acordo com meu cunhado choramingando
—Eu te conheço Kay, sei que não está. . . Foi?. . . —Ele estava falando com a Lane, limpei os olhos enquanto ele tentava por as calças pra sair e eu toquei seu ombro.—Eros? —fiz sinal de silêncio —Não. . . Não sei, eu chutei, onde você está?. . .Se cuida então e eu te amo, não esquece isso.
Lohan me olhou.
—Desculpa, te acordei acho que quebrei meu mindinho!—disse ele.
—O que ouve com a Lane?
—Lane?
—É, vamos não me enrola.
—Só teve mais um pesadelo, como sempre, mas desta vez era você no lugar da mãe dela.
—Eu?
—Ela Não ia me contar, e bem na hora falei seu nome e ela entregou o jogo.
—Onde ela está?—falei pegando a chave do meu carro, mas eu acho que eu já sábia onde ela estava.
—Não vai colocar uma roupa pelo menos?
—Ah, droga!—fui pro meu quarto coloquei uma calça moletom e uma camiseta, enfiei os tênis, fui ao banheiro, quando sai Lohan estava parado na porta.
—Tem macacões no almoxarifado, deve ter algum do seu tamanho.
—Valew!—dei um tapa no ombro dele, peguei uma pera do cesto e corri porta a fora. Tentei dar uma ajeitada no cabelo, olhei o relógio digital do elevador 6:38 am.
—Caramba, nunca acordei essa hora num sábado! —já fui dormir a essa hora, mas nunca acordei cedo assim.
Estacionei o carro ao lado do dela. Peguei minha chave, o alarme deve de estar desligado já que ela tá ai dentro. Deixei o cartão de acesso no carro e entrei. Tranquei o portão e o som de Ozzy Ozbourne tava a todo pau retumbando naquela oficina toda, fui ao almoxarifado e achei um macacão, ficou meio justo, mas foda-se. A porta do escritório dela tava aberto e ela sacudia a cabeça com um capacete de proteção e ligou o soldador parando de vez em quando pra cantar e levantava o braço com os dedos do rock. Sorri ao ver ela tentando se distrair daquela forma, soldou o espelho e soltou tudo no chão, foi a bancada onde pegou uma uva daquelas grandes com os dentes pra não tocar com as mãos sujas, pegou uma chave de boca e a música terminou, quando ela se virou tacou a chave em mim junto de um grito, me abaixei a tempo e a chave voou pela oficina atrás de mim. A olhei apavorado e ela cobriu a boca.
—Filho da puta eu podia ter te matado caralho!—ralhou ela vindo em minha direção furiosa e eu sorri ao vê-la furiosa, pronta pra me socar e eu a peguei no colo a beijando, achei uma semente de uva na boca dela, soltei seus lábios e cuspi a semente a fazendo rir e mesmo assim ela socou meu abdômen, como eu não esperava por àquilo, me pegou de jeito.-Isso é pra aprender a não estrar como um fantasma.
