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Kaylane:

Céus, eu também quero, mas é . . . injusto com você Eros. E fora o medo de me prender a alguém. Me espreguicei e senti a maldita cólica me encolhendo com um gemido.

—Humpf. . .

—O que foi meu amor?

—Cólica!—gemi.-Não. . . precisa ficar comigo hoje, estou acostumada a ficar só.

—Garota eu não te deixaria nem que você arrancasse minha cabeça.—disse ele se levantando.

Ele beijou minha cabeça e foi ao banheiro, depois abriu a porta do quarto pra sair. 

—Onde vai?

—Trazer seu café da manhã!

Revirei os olhos. Me levantei dobrada de dor pra ir ao banheiro, hoje é aquele dia que tenho vontade de morder o travesseiro. Voltei pra cama de arrasto. Deitei de bunda pra cima curvada sob os joelhos pra aliviar a dor, me ajuda muito ficar nesta posição até meu pescoço começar a doer, já estava quase chorando de dor e raiva de sentir essa fraqueza miseráveis que me derruba. 

—Consegue sentar?

—Não!—murmurei sentando igual, abracei meus joelhos.

—Olha eu sei que você não gosta de remédios então, eu te trouxe isso aqui!—ele me deu um vidrinho escuro com um conta-gotas na ponta.

—O quê é?

—Um floral que mandei fazer pra você tomar, isso vai começar a aliviar essas dores que você sente. . . não é remédio.

—Eu sei o que é um floral!—falei irritada.

Eros engoliu em seco então tirou o vidro da minha mão e me ofereceu o conta-gotas, abri a boca mostrando a língua e ele pingou 5 gotinhas. Baixei a cabeça e a encostei nos joelhos. Eros limpou a garganta e me irritou com isso.

—O quê foi?—rosnei.

—Hãmm. . . consegue deitar?

—Não!—falei me deitando e um sorriso repuxou o canto de sua boca o que me deixou mais irritada ainda.

—Não se mexa!—disse ele montando em mim, nas minhas coxas pra falar a verdade. Eros tinha uma bolsa de água quente nas mãos e a deixou do meu lado, esfregou uma mão na outra e começou a massagear na borda do cós da minha roupa, suas mãos quentes faziam movimentos suaves o que causou um alívio principalmente na minha irritação.

—Um pouco mais em baixo!—falei puxando a roupa um pouco mais pra baixo, não baixo que ele pudesse ver minhas partes, mas o suficiente pra alcançar o ponto onde estava mais dolorido.

—Sabe. . . —Começou ele massageando aquela parte.—Pode tirar a roupa se quiser. . .

Tive que rir.

—E manchar minha cama e sua língua de sangue?—acrescentei.—Não, valeu.

Ele riu.

—Eu não falei em língua. . . mas. . .

—Cala a boca Eros!

Ele apertou a boca e seguiu massageando aquecendo as mãos na bolsa de água quente de vez em quando.

—Se eu fosse um gato eu estaria ronronando!—murmurei.

—Se eu fosse um gato. . . estaria te lambendo!—disse ele sorrindo.—Melhorou?

—Muito!—suspirei.

Eros colocou a bolsa de água quente no lugar de suas mãos e depois arrumou os 3 travesseiros atrás de mim. Fiquei inclinada, mas não sentada. Então começou a por comida na minha boca.

Coração MecânicoOnde histórias criam vida. Descubra agora